Aécio Neves, o todo-protegido pela mídia venal, depôs hoje na Polícia Federal, no inquérito do Supremo Tribunal Federal que analisa a CPI dos Correios.
O senador e presidente nacional do PSDB é acusado de, quando era governador de Minas Gerais, em 2005, de ter maquiado dados da CPI dos Correios.
Ele tentava barrar a quebra de sigilo nas contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas.
A acusação veio do ex-senador Delcídio do Amaral, que perdeu o mandato parlamentar e os direitos políticos por 11 anos depois que se tornou um dos acusados do esquema de corrupção da Petrobras ("petrolão") investigado pela Operação Lava Jato.
Aécio, que também é um dos suspeitos de envolvimento no "petrolão", teria barrado a quebra de sigilos para evitar a investigação do Banco Rural no esquema do "mensalão" mineiro.
Sabe-se que, antes do "mensalão" ser confusamente associado ao PT, ele rolava solto em Minas Gerais, com Marcos Valério entrosado com Eduardo Azeredo e Aécio Neves.
Daí a paranoia de Eduardo Azeredo de querer censurar a Internet.
O depoimento de Aécio Neves foi pouco noticiado.
Pela imprensa escrita, aparece mais, e mesmo assim com o mesmo melindre que se dá ao senador mineiro, que a mídia venal queria ver eleito presidente da República em 2014.
Mas, na TV e no rádio, as aparições, quando há, ficam sempre as mais discretas e cautelosas.
Além disso, não há plantão, cobertura massiva, não há muito alarde.
Além do mais, Aécio Neves recebe vista grossa de Sérgio Moro, que não investiga políticos do PSDB pela desculpa deles terem sido "oposição", logo "não vem ao caso".
Se depender da mídia, o depoimento fica por aí e não se fala mais nisso.
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