JABACULÊ - Sintonia em estabelecimentos comerciais faz aumentar artificialmente os índices de audiência de rádios e TVs.
Anunciou-se que a Rede Globo de Televisão aumentou seus índices de audiência de maneira satisfatória.
Seus noticiários alcançaram quatro pontos acima da média.
A audiência registrada é em São Paulo, que serve de termômetro para a audiência nacional das grandes redes.
Jornal Nacional e Fantástico, aparentemente, vivem seus melhores desempenhos, segundo os institutos de pesquisa.
Mas tudo isso esconde uma realidade: a "grande audiência" é um blefe.
Você não sente isso se refletir nas ruas, na realidade.
É como nas emissoras FM, e é notório, por exemplo, o caso de Salvador, na Bahia.
Lá, rádios como Metrópole, Salvador, Transamérica, Tudo e CBN maquiam baixíssimos índices de audiência com sintonias compradas em estabelecimentos comerciais.
A coisa funciona desta forma.
Primeiro, a iniciativa de sintonizar a rádio parte do gerente de um estabelecimento.
Segundo, calcula-se o número de fregueses do estabelecimento e os contabiliza.
Terceiro, entrega para o Ibope o número desses fregueses e, pronto, a rádio da noite para o dia está "bombando no Ibope".
Só que essa armação, um típico jabaculê no qual produtores de rádio chegam a pagar o fornecimento de bebidas em bares ou a conta de luz das lojas para elas sintonizarem a emissora, sobretudo durante partidas esportivas, nem de longe empolga os ouvintes.
Todos saem indiferentes. Em muitos estabelecimentos, nem o gerente ouve a rádio.
Em lojas com uma média diária de 4 mil fregueses, por exemplo, a audiência de uma emissora, atribuída a esses quatro milhares, na verdade pode ser, simplesmente, nula.
É um rádio sintonizado...para ninguém. Apenas como um "jabá" para favorecer a loja, aumentar artificialmente a audiência da emissora de rádio e enganar os anunciantes.
Há também casos de audiências "compradas" de porteiros de prédios, taxistas e frentistas de postos de gasolina, através de sindicatos.
Para não irritar os anunciantes, há casos de papelarias e livrarias pagas pelas rádios para sintonizar emissoras durante partidas de futebol, visando um abatimento no horário publicitário.
Algo aparentemente mais justo, mas que irrita as pessoas. Afinal, livrarias e papelarias não são arquibancadas de estádios, e tem gente que vai para uma livraria para estudar para concurso e a transmissão esportiva atrapalha.
A armação já começa a vingar também no Rio de Janeiro. Um dos focos mais visados são as bancas de jornais, mas recentemente farmácias também foram beneficiadas com a sintonia comprada.
E agora chega à televisão.
A Globo influi sobretudo em bares, salões de beleza, consultórios, clínicas e barbearias.
Sintonias assim podem ser apenas apreciadas por uns "gatos pingados".
Mas todo mundo acaba sendo responsabilizado pela audiência.
Segundo esse raciocínio, se um pai-de-santo estiver almoçando num restaurante sintonizado na Rede Record, mesmo indiferente à emissora ele é responsabilizado pela audiência.
E olha que a Igreja Universal do Reino de Deus, dona da emissora, hostiliza os cultos afro-religiosos.
A Rede Globo armou esse blefe para ficar bem na fita nesses tempos de Brasil temeroso.
Mas a verdade é que o império midiático se desgasta e, em certos casos, como o programa Caldeirão do Huck, do "filantropo" Luciano Huck, não dá para esconder a queda de audiência.
A maioria dos programas da Globo é de uma mesmice debiloide, com todo o respeito que possamos dar à parcela de profissionais competentes que têm que compactuar com tudo aquilo, para o interesse dos patrões.
O que se sabe é que a velha mídia não podia ter mesmo grande audiência.
Até porque o Brasil temeroso não é o Brasil da maioria.
É uma minoria mesmo que gosta da Rede Globo.
Anunciou-se que a Rede Globo de Televisão aumentou seus índices de audiência de maneira satisfatória.
Seus noticiários alcançaram quatro pontos acima da média.
A audiência registrada é em São Paulo, que serve de termômetro para a audiência nacional das grandes redes.
Jornal Nacional e Fantástico, aparentemente, vivem seus melhores desempenhos, segundo os institutos de pesquisa.
Mas tudo isso esconde uma realidade: a "grande audiência" é um blefe.
Você não sente isso se refletir nas ruas, na realidade.
É como nas emissoras FM, e é notório, por exemplo, o caso de Salvador, na Bahia.
Lá, rádios como Metrópole, Salvador, Transamérica, Tudo e CBN maquiam baixíssimos índices de audiência com sintonias compradas em estabelecimentos comerciais.
A coisa funciona desta forma.
Primeiro, a iniciativa de sintonizar a rádio parte do gerente de um estabelecimento.
Segundo, calcula-se o número de fregueses do estabelecimento e os contabiliza.
Terceiro, entrega para o Ibope o número desses fregueses e, pronto, a rádio da noite para o dia está "bombando no Ibope".
Só que essa armação, um típico jabaculê no qual produtores de rádio chegam a pagar o fornecimento de bebidas em bares ou a conta de luz das lojas para elas sintonizarem a emissora, sobretudo durante partidas esportivas, nem de longe empolga os ouvintes.
Todos saem indiferentes. Em muitos estabelecimentos, nem o gerente ouve a rádio.
Em lojas com uma média diária de 4 mil fregueses, por exemplo, a audiência de uma emissora, atribuída a esses quatro milhares, na verdade pode ser, simplesmente, nula.
É um rádio sintonizado...para ninguém. Apenas como um "jabá" para favorecer a loja, aumentar artificialmente a audiência da emissora de rádio e enganar os anunciantes.
Há também casos de audiências "compradas" de porteiros de prédios, taxistas e frentistas de postos de gasolina, através de sindicatos.
Para não irritar os anunciantes, há casos de papelarias e livrarias pagas pelas rádios para sintonizar emissoras durante partidas de futebol, visando um abatimento no horário publicitário.
Algo aparentemente mais justo, mas que irrita as pessoas. Afinal, livrarias e papelarias não são arquibancadas de estádios, e tem gente que vai para uma livraria para estudar para concurso e a transmissão esportiva atrapalha.
A armação já começa a vingar também no Rio de Janeiro. Um dos focos mais visados são as bancas de jornais, mas recentemente farmácias também foram beneficiadas com a sintonia comprada.
E agora chega à televisão.
A Globo influi sobretudo em bares, salões de beleza, consultórios, clínicas e barbearias.
Sintonias assim podem ser apenas apreciadas por uns "gatos pingados".
Mas todo mundo acaba sendo responsabilizado pela audiência.
Segundo esse raciocínio, se um pai-de-santo estiver almoçando num restaurante sintonizado na Rede Record, mesmo indiferente à emissora ele é responsabilizado pela audiência.
E olha que a Igreja Universal do Reino de Deus, dona da emissora, hostiliza os cultos afro-religiosos.
A Rede Globo armou esse blefe para ficar bem na fita nesses tempos de Brasil temeroso.
Mas a verdade é que o império midiático se desgasta e, em certos casos, como o programa Caldeirão do Huck, do "filantropo" Luciano Huck, não dá para esconder a queda de audiência.
A maioria dos programas da Globo é de uma mesmice debiloide, com todo o respeito que possamos dar à parcela de profissionais competentes que têm que compactuar com tudo aquilo, para o interesse dos patrões.
O que se sabe é que a velha mídia não podia ter mesmo grande audiência.
Até porque o Brasil temeroso não é o Brasil da maioria.
É uma minoria mesmo que gosta da Rede Globo.
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