A justiça está investigando um vídeo de uma música do funqueiro midiático Mr. Catra.
É um proibidão que soa estranho para um nome que anda aparecendo nos veículos midiáticos mais acessíveis à família e ao publico infanto-juvenil.
A letra exalta a facção Família do Norte, responsável pela rebelião que causou 60 mortes de detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus.
Segundo reportagem do jornal O Dia, o delegado geral adjunto da Polícia Civil de Manaus, Ivo Martins, vê indícios de apologia ao crime na letra do "funk".
Ele cita alguns membros da facção Família do Norte, conhecidos como "Ronny" e "Coquinho" e ainda incentiva as jovens moças da periferia a se relacionarem com os membros da quadrilha.
"Gatinha, se tu tem sorte, vai ganhar moral com a Família do Norte. Ela é responsa. Ela é presença. Senta devagar com os ‘trafica’ da Compensa (sic)", diz o trecho.
Que Mr. Catra não é lá uma figura muito progressista, isso é verdade, apesar da campanha intelectual em prol do "funk" tentar convencer o contrário.
Que Catra foi apadrinhado por Luciano Huck e Lobão, e é figurinha fácil nas Organizações Globo, isso é verdade.
Como todo "funk" é, tendo acesso até a um programa como The Noite de Danilo Gentili.
Mas se esperava um Mr. Catra "polêmico", mas comportado, sem sucumbir a essa atitude de interpretar uma letra de apologia ao crime.
Esperava-se até que fosse até machista, falando palavrão ou sendo fanático por futebol, mas não participando dessa atitude extrema e bastante arriscada.
A assessoria do funqueiro disse que Catra gravou a letra a pedido de uma pessoa, que não foi identificada.
Também afirma que Catra não sabia que os nomes citados na letra eram de criminosos.
A facção exaltada, a Família do Norte, é conhecida pela forma excessivamente cruel com que age para eliminar rivais e desafetos.
A facção é associada ao Comando Vermelho, famosa organização criminosa do Rio de Janeiro.
O caso está sob investigação e os advogados do funqueiro só irão falar em juízo, para evitar complicações.
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