Hoje, Dia dos Namorados, é dia da chamada D. R., "discussão de relação".
Ela envolve o presidente Michel Temer. Não, não estamos falando da relação dele com Marcela, mas do casamento político com o PSDB.
Sabe-se que o PSDB é mentor do governo Temer, que traiu Dilma para ficar com seus rivais.
Criou-se uma grande comédia de erros, com vários contornos trágicos, por causa do estranho afastamento da presidenta, expulsa do poder por causa de boatos.
O PSDB mandava mais no governo Temer que o próprio PMDB, pois o temeroso presidente era apenas um serviçal de um projeto mais radical de neoliberalismo, o ultraliberalismo.
Hoje o partido dos tucanos se reunirá na sede do partido, em Brasília, à tarde.
A reunião é decisiva, porque tratará do controverso tema do apoio do PSDB ao governo Temer.
Embora líderes tucanos como Aloísio Nunes Ferreira, ministro das Relações Exteriores do próprio governo temeroso, além do senador afastado Aécio Neves, sinalizem a fidelidade ao presidente, há no partido quem queira romper com o governo.
Bruno Araújo, ministro das Cidades, também havia dito sobre a possibilidade de entregar o cargo, desembarcando do governo.
O partido sinaliza que vai manter o apoio, até porque Aécio se encontra em situação tão frágil que a de Temer, ambos as maiores vítimas das denúncias de Joesley Batista, da JBS.
Mas, se o partido deixar o governo, será praticamente a morte política de Temer.
Isso porque, sendo Temer, na verdade, o cumpridor de um receituário do PSDB e tendo Aécio Neves como articulador maior do governo, a saída dos tucanos deixará o mandato do presidente acéfalo.
Temer perderia um de seus maiores braços de apoio, será como uma amputação política.
Se o PSDB sair do governo, praticamente Temer ficará apenas com seus colegas do PMDB, porque outros partidos também estariam estimulados a deixar, puxados pelo influente tucanato.
O próprio DEM, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que vive uma relação de cumplicidade com o PSDB, teria que acompanhar o voo dos tucanos.
Diante de tanta complicação, a reunião pode não se finalizar amanhã, e há rumores de que a própria reunião será adiada.
É possível que seja uma primeira reunião, sem que se decida alguma coisa, até para tentar acalmar os ânimos dos que querem abandonar Temer de qualquer jeito.
Mesmo assim, o que se percebe é que, mesmo que o PSDB mantenha o apoio ao governo, o isolamento político de Temer é inevitável.
Conta-se que a agonia do governo chegou ao ponto do irreversível. Temer apenas se segura para manter no poder, e o apoio dos aliados que lhe acompanharão até o fim será insuficiente para fazê-lo sobreviver como governante até o fim de 2018.
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