O PSDB decidiu, na noite de ontem, manter seu apoio ao governo Temer.
Portanto, continua fazendo dobradinha com o PMDB no comando desse governo plutocrata.
Os ministros tucanos do governo Temer permanecem no governo, como Aloysio Nunes, das Relações Exteriores e o ex-prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy, na Secretaria de Governo.
Apesar das divergências, os tucanos se reuniram em clima de confraternização.
O discurso adotado era que o partido deveria "trabalhar pelo Brasil".
A reunião contou com vários astros do partido, como José Serra, Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo, João Dória Jr..
O senador mineiro Antônio Anastasia e os governadores Marconi Perillo, de Goiás, Simão Jatene, do Pará e Beto Richa, do Paraná, também estavam lá.
Todos os ministros tucanos de Temer estavam lá: Aloísio, Imbassahy, Bruno Araújo, das Cidades, e Luislinda Valois, ministra dos Direitos Humanos.
Fernando Henrique Cardoso e o senador afastado Aécio Neves estavam ausentes.
A pauta da reunião era motivada pelas denúncias contra Michel Temer por crimes de corrupção, organização criminosa e obstrução de Justiça.
O senador capixaba Ricardo Ferraço, relator da reforma trabalhista, começou defendendo o desembarque do partido, diante das denúncias graves contra Temer.
Mas o debate fluiu para que houvesse um consenso entre os tucanos, numa reunião em que se cogitava não fechar uma posição sobre o temeroso governo.
Com a posição de se manter aliado, o presidente nacional do partido, o cearense Tasso Jereissati, enviou comunicado oficial pedindo aos ministros que permaneçam no governo Temer.
O apoio foi decidido num acordo, mas sob condições.
Se houver mais denúncias contra Temer, nova reunião será feita para rever a posição dos tucanos como aliados do governo.
Se o PSDB deixar a base aliada, o governo Temer se torna praticamente acéfalo, porque o partido tucano estabeleceu as diretrizes políticas do atual presidente.
Mas a saída representaria também o agravamento do isolamento político de Temer.
Quando a crise é com os plutocratas políticos, há um máximo de cautela, coisa que não houve com Dilma Rousseff, expulsa do poder na base do empurra jurídico-legislativo.
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