Um incidente envolveu há poucos dias a jornalista das Organizações Globo, Miriam Leitão.
A comentarista do Bom Dia Brasil e apresentadora de um programa da Globo News, entre outras tarefas nos veículos da famiglia Marinho, Miriam narrou um episódio de agressões verbais contra ela na coluna de hoje do jornal O Globo.
Foi num voo, entre Brasília e Rio de Janeiro, num avião da empresa Avianca.
Segundo Miriam, ela passou duas horas constrangida diante de protestos de um grupo de passageiros que dispararam ataques a ela e a Rede Globo.
"Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo", inicia a jornalista, em sua coluna.
Ela prossegue: "Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos".
Ela vai adiante, narrando a agressão: "Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo...".
E mais: "Por coincidência, estavam todos, talvez uns 20, em cadeiras próximas de mim. Alguns à minha frente, outros do lado, outros atrás. Alguns mais silenciosos me dirigiram olhares de ódio ou risos debochados, outros lançavam ofensas".
A grande mídia esteve em solidariedade a ela. Mas tudo indica que ela exagerou.
Não foram duas horas de xingamentos ou palavras de ordem contra ela. Mas um breve momento de protestos contra a Globo e contra a jornalista.
Evidentemente, não é hora de ficar protestando contra um membro da grande mídia, pelo menos da maneira que Miriam narrou.
Mas, segundo o advogado e membro da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego, eram apenas "manifestações ocorridas antes da decolagem e no momento do pouso".
Ele era um dos passageiros do voo em questão.
As manifestações, segundo ele, foram pacíficas e ninguém dirigiu palavras diretamente a Miriam para evitar que ela explorasse a situação com vitimismo.
As "palavras de ordem" não dependiam da presença da jornalista, e aparecem em qualquer protesto contra a Globo, sem destinatários pessoais: "A realidade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura".
O episódio repercutiu na Internet e, no Twitter, o nome de Miriam Leitão apareceu nos trend topics.
Em todo caso, foi um incidente que desgastou a Rede Globo, nesses tempos temerosos em que vivemos.
Revela a crise da plutocracia e do maior império midiático que melhor a representa.
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