Vai desculpando, Jimi Hendrix, mas eu não vou celebrar os 45 anos de sua partida ouvindo o seu som. Ficarei apenas refletindo em respeito ao seu grandioso talento, mas por uns dias me recusarei a ouvir rock.
Isso porque me recuso a fazer parte desse rebanho de não-roqueiros que passou a fingir que é roqueiro de carteirinha, como quem se fantasia nos bailes de carnaval. Me recuso a fazer papel de palhaço do circo roqueiro a mostrar linguinha para fora e fazer o sinal do demo com as mãos.
Me recuso até mesmo a escutar aquela ridícula rádio do "rock de verdade" que, por sinal, tem equipe de não-roqueiros. Os locutores, com aquela fala enjoada e afetada de animadores de festinhas infantis, achando que podem falar do Iron Maiden sem entenderem por que Bruce Dickinson não é considerado fundador do Iron (ele entrou depois, ora!) e com aquela desenvoltura de quem pode falar de heavy metal como se falasse de boys bands, mostram o quanto não-roqueiros acham que podem tomar as rédeas da cultura rock.
Se o rock voltou a ser coisa de não-roqueiro, de gente que até pouco tempo atrás queria que a Zona Sul carioca elegesse como sua música o "sertanejo" mofado de Zezé di Camargo & Luciano, e chorava a morte de Cristiano Araújo como se fosse a "música tivesse acabado", então vou dar um tempo de ouvir rock, porque dá uma má lembrança de idiotas botando linguinha para fora e mostrando o sinal do demo com as mãos, fazendo o tal "rock de mãozinha".
Vou ouvir pop dançante, música eletrônica e deixar a cabeça arejar. Talvez fique lendo alguns livros. Sei que você, Jimi, vai me entender, porque não quero fazer o papel de mais uma ovelha no rebanho, não quero fazer o papel de "rebelde de comercial de fast food", e é em respeito ao rock que decidi deixar de ouvi-lo durante alguns dias.
Lembrarei do seu legado, Jimi, que certamente não será bem compreendido pelos roqueirinhos de ocasião. Para eles, você nunca passou de um doido varrido, toxicômano, bêbado e piromaníaco. Coitados, não sabem um por cento de sua valiosa contribuição para a música. Certamente, Jimi, o "rock" que está na moda não é a cultura em que você acreditou em toda sua vida.
Isso porque me recuso a fazer parte desse rebanho de não-roqueiros que passou a fingir que é roqueiro de carteirinha, como quem se fantasia nos bailes de carnaval. Me recuso a fazer papel de palhaço do circo roqueiro a mostrar linguinha para fora e fazer o sinal do demo com as mãos.
Me recuso até mesmo a escutar aquela ridícula rádio do "rock de verdade" que, por sinal, tem equipe de não-roqueiros. Os locutores, com aquela fala enjoada e afetada de animadores de festinhas infantis, achando que podem falar do Iron Maiden sem entenderem por que Bruce Dickinson não é considerado fundador do Iron (ele entrou depois, ora!) e com aquela desenvoltura de quem pode falar de heavy metal como se falasse de boys bands, mostram o quanto não-roqueiros acham que podem tomar as rédeas da cultura rock.
Se o rock voltou a ser coisa de não-roqueiro, de gente que até pouco tempo atrás queria que a Zona Sul carioca elegesse como sua música o "sertanejo" mofado de Zezé di Camargo & Luciano, e chorava a morte de Cristiano Araújo como se fosse a "música tivesse acabado", então vou dar um tempo de ouvir rock, porque dá uma má lembrança de idiotas botando linguinha para fora e mostrando o sinal do demo com as mãos, fazendo o tal "rock de mãozinha".
Vou ouvir pop dançante, música eletrônica e deixar a cabeça arejar. Talvez fique lendo alguns livros. Sei que você, Jimi, vai me entender, porque não quero fazer o papel de mais uma ovelha no rebanho, não quero fazer o papel de "rebelde de comercial de fast food", e é em respeito ao rock que decidi deixar de ouvi-lo durante alguns dias.
Lembrarei do seu legado, Jimi, que certamente não será bem compreendido pelos roqueirinhos de ocasião. Para eles, você nunca passou de um doido varrido, toxicômano, bêbado e piromaníaco. Coitados, não sabem um por cento de sua valiosa contribuição para a música. Certamente, Jimi, o "rock" que está na moda não é a cultura em que você acreditou em toda sua vida.
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