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EXPLICANDO POR QUE O BRASIL NÃO VAI PARA O PRIMEIRO MUNDO

O LUXO DE DUBAI NÃO FAZ DOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS UM PAÍS PRÓSPERO.

Devemos parar de tanta criancice. É vergonhoso ver os lulistas, com mais de 50, 60 ou 70 anos de idade, com seu sonho de Cinderela na ânsia de ver o Brasil atingir o Primeiro Mundo, apenas por relativos sucessos econômicos, que fizeram o nosso país subir na avaliação da agência de crédito Fitch, que mede os desempenhos econômicos dos países. O Brasil subiu de BB- para BB enquanto os EUA caíra de AAA para AA+.

A ideia do Brasil se tornar país desenvolvido é tão ilusória quanto o papo da "nova classe média" brasileira. O governo Lula, com seus inúmeros erros - como a ênfase exagerada do nosso país em se ostentar ao mundo, enquanto países mais prósperos como Andorra e Liechtenstein estão quietos e discretos na sua - , dificilmente colocará o Brasil como potência mundial, por ais que se esforce para chegar a um quinto dessa meta.

O Brasil ainda precisa ser reconstruído, e os entulhos socioculturais que existem não se limitam ao bolsonarismo, mas incluem também muita "coisa boa" que erroneamente virou relíquia nostálgica. Chegamos ao ponto de cultuar até religiosos medievais, como os tais "médiuns espíritas", só porque seguram crianças pobres no colo, e tão tolas são as pessoas em aceitar como "progressistas" recomendações próprias do século XII como a de aceitar calado as adversidades da vida.

A trilha sonora musical brega-popularesca também é outra vergonha, e é constrangedor ver que setores da opinião pública agora espinafram a música brasileira de qualidade, sendo agora a Bossa Nova e o Rock Brasil, que buscaram transmitir vida inteligente na música brasileira, as "vidraças" dos ressentidos vira-latas de plantão, que vestem a capa de "progressistas triunfantes" surfando no lulismo de hoje.

Temos uma sociedade ainda marcada por muito arrivismo, ganância, descaso e sobretudo uma grande falta de sinceridade e de honestidade. Isso tem no Primeiro Mundo? Tem, sim, mas não da forma "consolidada" que existe no Brasil, pelo menos oficialmente falando. Isso porque aqui esses vícios são temperados com o pretexto do "jeitinho brasileiro" e possuem um lobby social muito maior do que o já notável lobby que há em países como os EUA.

A dependência obsessiva do poder midiático - capaz de influir no modo de pensar, nos gostos pessoais e até nas gírias (a gíria "balada", da Jovem Pan, é um claro exemplo disso) - cria um cenário cultural deteriorado, em que o lazer dos brasileiros é praticamente conduzido por empresas de entretenimento e comunicação que, praticamente, guiam e manipulam as emoções do grande público, como e o caso do emocionalmente tóxico futebol brasileiro.

Pelo menos no exterior, as "bolhas culturais" de qualidade são muito mais expressivas e sólidas que as do Brasil, onde a cultura de qualidade tem, sim, um público cativo, mas ele, além de ser pequeno, exagera na sua valorização solipsista, como se umas 100 pessoas que gostam de um estilo musical relevante pudessem afirmar que o cenário cultural existente no Brasil fosse próspero e excelente.

Para um país como o Brasil, que "ressignificou" a noção de pobreza, convertendo-a de sério problema social para um pretenso ideal de vida, não há como negar que o cenário está deteriorado. Mas como a precarização social movimenta um mercado altamente lucrativo, a ideia dos setores dominantes da opinião pública é justamente passar o pano. Gera dinheiro, atrai mais público, então está bom como está.

O que temos são pequenos nichos de alguma prosperidade e aprimoramento cultural. Pequenas Europas ou mesmo os pequenos Brasis do tempo em que nosso país buscou aprimorar sua cultura, entre a Semana de Arte Moderna de 1922 e os movimentos artísticos de 1968. Muito diferente da bregalização gourmetizada pela hipocrisia de uns e pelacomplacência de outros.

O Brasil, como países até mais pobres que o nosso, tem seus "pedaços" de Primeiro Mundo, apenas maquetes sociais para elites ricas e alienadas de um lado, e outras elites esclarecidas, socialmente conscientes e críticas de outro. Uns consumindo mais, outros estudando soluções para os problemas de cada país. Mas isso não coloca esses países em posição próspera nem os eleva a Primeiro Mundo, até porque os detentores do poder se enriquecem às custas de um povo alienado, submisso e obediente.

Nos Emirados Árabes Unidos, temos o luxo urbano de Dubai e Abu-Dabi, mas as duas cidades são apenas redutos elitistas de um país pobre. Em países miseráveis da África, da América Central e Ásia, também existem "pedaços de Primeiro Mundo" que não permitem, no entanto, qualquer pretensão de desenvolvimento. Um país emergente como a Índia, da mesma forma, mostra índices preocupantes de deterioração sociocultural e miséria extrema, além da prevalência de valores socioculturais retrógrados e até nocivos.

Não podemos fingir que a precarização social que predomina no Brasil é algo maravilhoso, como manifestam muitos pretensos esclarecidos dotados de um etnocentrismo paternalista que aceita o "mau gosto" como um suposto "bom gosto" do outro, como se estivesse surgido do seio do povo e não de escritórios de empresas de entretenimento. É um etnocentrismo hipócrita, porque muito do que essa visão falsamente generosa quer dizer é que o povo "é melhor naquilo que ele tem de pior". Apenas se finge que esse "pior" é o "melhor" dos outros, disfarçando preconceitos cruéis.

Nosso país mantém entulhos culturais que remetem ao "milagre brasileiro", e que viram "preciosidade vintage", juntamente com os derivados do lixo cultural gerados nos anos 1980 e 1990, só porque não se identifica, na aparência, a cosmética do raivismo que visou negativamente o bolsonarismo. Mas há muito viralatismo na bregalização, no obscurantismo religioso "espiritualista", no fanatismo tóxico do futebol, na própria visão paternalista que trata as favelas como se fossem "paraísos pós-modernos".

A prevalência dessas visões, marcada pelo discurso "científico", mas às vezes temperado de porralouquice panfletária, do intelectuais pró-brega, além do arrogante respaldo de internautas nas redes sociais, a comandar linchamentos digitais contra quem discorda do "estabelecido", ocorre em função de um sistema de valores retrógrado e viciado, do qual o lulismo, mesmo nos seus melhores momentos, nunca quis romper, e isso prejudicou tanto o país que esses "bons" entulhos culturais influíram, e muito, para o golpismo de 2016-2022.

Os entulhos culturais do "milagre brasileiro", fontes dos "brinquedos culturais" que transformam o Brasil numa "novela das oito ou nove" da vida real, causam vergonha e preocupação pela forma com que esses valores decadentes, obsoletos e conservadores são acolhidos pela memória afetiva de muitas pessoas. Não é a ausência de um discurso de ódio ou a suposição de que tais fenômenos fazem o pobre sorrir que eles sejam válidos e aproveitáveis até mesmo pelas esquerdas.

Não. Esses valores, mesmo parecendo "positivos", eles são símbolo de um tempo tão nefasto quanto o bolsonarismo. Manter esses valores e atribuir a eles uma serventia futura só fazem com que o Brasil comprometa seu progresso social, afinal os entulhos culturais do "milagre brasileiro" podem soar menos brutais e mais organizados do que os valores bolsonaristas.

Só que esse valores sempre foram reflexo de um conservadorismo que, na essência, é tão perverso quanto o bolsolavajatismo de hoje, embora soem agradáveis e bondosos para quem se acostumou com os "novos normais" dos retrocessos sociais dos últimos 60 anos. Descartar esses valores velhos "embalsamados" pela "nostalgia de resultados" de hoje pode não fazer do Brasil um país desenvolvido, mas ajudará a destravar um caminho que possa buscar progressos futuros.

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