Pular para o conteúdo principal

BRASILEIROS ENDEUSARAM UM OUTRO "JAIR BOLSONARO"


Por que Jair Bolsonaro continua no poder, com sua figura política piorando e cometendo desastres em pouco mais de um ano?

De repente os brasileiros possuem, em seu consciente, um grande sentimento de apego.

Apego a arrivistas, a facínoras etc.

Digo isso porque penso em várias coisas e, no caso do feminicídio, pintou um pressentimento que um velho feminicida morreu sob o silêncio da imprensa.

Era um membro da alta sociedade de São Paulo, destaque nos noticiários dos anos 1970 e 1980, e que, estando, em tese, com 85 anos no ano passado, teria tido idade elevada demais para continuar vivo, visto que ele levou a masculinidade tóxica às últimas consequências.

Não estou autorizado a dizer o nome dele, para evitar problemas jurídicos. Mas ele pode ter morrido entre 2017 e 2019 ou talvez antes, se meus pressentimentos acertarem.

Num país em que pessoas têm medo de verem feminicidas morrerem um dia - é aquela visão extrema da "ressocialização", que faz as pessoas manterem apego doentio aos algozes, mais até do que os entes queridos - , idolatra-se também arrivistas.

É o "complexo de vira-lata": queremos que arrivistas e criminosos virem "pessoas legais" e sejam bem sucedidos no alpinismo social. Passamos pano em quem erra demais, enquanto se manifesta desdém em quem age de maneira certa, criativa e inteligente.

Houve um outro "Jair Bolsonaro", que seu "gado" hoje festeja seu nascimento, e que pouca gente percebeu. Mesmo as esquerdas.

Foi um outro arrivista que causou muito escândalo entre os anos 1930 e 1970, até que a ditadura militar e a Rede Globo, importando um método publicitário do inglês Malcolm Muggeridge, o transformaram em "símbolo de paz, amor e caridade".

Ficamos mal acostumados com esta imagem e até eu acreditava nela durante anos. Era de um "médium espírita" que, através da Internet e de pesquisas bibliográficas sérias, escondeu seu passado de vergonhoso arrivista.

E aí vejo paralelos dele com Jair Bolsonaro. Ambos se ascenderam de maneira mesquinha e, depois, meteórica, usando meios nada éticos de projeção pessoal.

O "médium" se ascendeu lançando literatura fake, como um constrangedor livro de poemas, supostamente atribuído a autores diversos, lançado em 1932, mas que, em sucessivas edições, foram feitos estranhos reparos editoriais.

Aí o escritor Humberto de Campos, hoje injustiçado, fez uma resenha irônica sobre este livro. O "médium" não gostou e, aí, o escritor morreu e o "médium" resolveu se apossar de seu nome, para publicar obras de puro igrejismo medieval e moralismo ultraconservador.

Era uma das pseudo-identidades que o "médium espírita" fazia, com nível psicográfico muito pior do que muita gente insiste em acreditar.

Afinal, até Chico Anysio, David Bowie e Fernando Pessoa foram mais psicográficos do que o "médium".

Pelo menos, os personagens do humorista brasileiro, do músico inglês e do poeta português tinham uma personalidade mais diferenciada do que seus respectivos autores.

Já o "médium", lamentavelmente, eram iguais, seja um padre jesuíta, uma professorinha de Belo Horizonte ou um suposto médico que ninguém decide se foi Oswaldo Cruz ou Carlos Chagas. Todo mundo falando a mesma coisa, dando as mesmas opiniões do "médium".

Muitos se revoltam ao comparar o "médium" com Jair Bolsonaro, só por causa do tal "discurso de ódio" que o "médium", supostamente, não defendia. Mas os seguidores dele sempre foram muito odiosos. Um sobrinho foi ameaçado de morte e suspeita-se que morreu envenenado.

Além do mais, o Espiritismo feito no Brasil é acusado de passar pano nos homicidas, ao classificar o suicídio como "crime mais grave" e o homicídio como "acerto de contas de faltas passadas".

Além do mais, os dois, "capitão" e "médium", sempre foram muito reacionários, só divergindo da questão do porte de armas.

Mas a obra do "médium" sempre foi reacionária.

Um exemplo é a reforma trabalhista: da redução salarial, sob a desculpa do desapego à matéria, ao "livre acordo" de patrões e empregados, sob a desculpa da fraternidade (o patrão é um "irmão" como nós), que está todo nas "psicografias" publicadas em mais de 400 obras.

Isso é uma defesa da servidão, do trabalho exaustivo, fora outras coisas como a apologia ao sofrimento humano, a rejeição à individualidade, e outras coisas que lembram igrejismo da Idade Média.

As esquerdas acham o "médium" uma pessoa "moderna e progressista" porque o viram em fotos com criança pobre no colo, leram frases dele falando em paz e interpretou-se mal a falácia de que a "Pátria do Evangelho" se daria com a volta do PT ao Governo Federal.

Grande lorota: a "Pátria do Evangelho" seria um projeto traiçoeiro de uma teocracia, pois se fundamentava na perigosíssima fórmula da fusão de Estado com Religião, que não raro gera carnificinas e torturas aos hereges.

Os "espíritas" negam, mas como eles falam em "reajustes espirituais", isso será usado para justificar futuros holocaustos.

E o "médium" defendeu a ditadura militar, foi premiado pela Escola Superior de Guerra e armou as "cartas mediúnicas" não só para dizer aos brasileiros que "morrer cedo é bom" (apesar do "médium" ter morrido em idade avançada), mas criar contentamento com as mortes das vítimas do regime.

Era aquela ideia de "vida melhor", feita sem embasamento científico algum. Se um Zezinho da Escola morre cedo e "está feliz" no além, então um Vladimir Herzog, um Carlos Lamarca, uma Iara Iavelberg, um Carlos Marighella e um Manuel Fiel Filho estão "mais felizes ainda".

Ou seja, se alguém é vítima fatal da tortura militar, é porque "chegou seu caminho para um mundo melhor". Quanto cinismo!

A literatura fake projetou o "médium de peruca". As fake news elegeram o "capitão".

O "médium de peruca" está associado a uma suposta caridade.

Um Assistencialismo muito fajuto que nem foi ele quem fez, mas seus seguidores, e cuja única realização foi dar protagonismo ao "médium", porque o Triângulo Mineiro, onde encerrou seus dias, nunca progrediu de forma profunda.

O "mito" e "capitão" prometeu um progresso brasileiro que também nunca ocorreu. De janeiro de 2019 para cá, só tivemos desastres.

O "médium" até é comparado, em Assistencialismo, a Luciano Huck, e, em esperteza, a Aécio Neves.

Mas Huck inicialmente apoiou Bolsonaro em 2018 e disse que o "mito" iria "amadurecer", e Aécio foi parceiro do "capitão" no esquema de propinas de Furnas, em Minas Gerais.

Não há como fugir das comparações do "médium espírita" (que fez o Espiritismo, desenvolvido com o suor de Allan Kardec, virar um "chiqueiro") com Jair Bolsonaro.

Até o ultraconservador Roberto Carlos, sob a mesma perspectiva, exaltou o "médium" cantando "Homem Bom", e, duas décadas depois, elogiou Bolsonaro dizendo que ele é "bem intencionado".

Até o lema do Brasil como um "coração do mundo" e uma "pátria do Evangelho" lembra muito o lema de Bolsonaro: "Brasil, acima de tudo, Deus, acima de todos", como se esta frase fosse uma tradução literal da outra, bem ao gosto rasteiro do "gado" bolsomínion e da "família buraco".

E isso fora as acusações de ter problemas mentais, com fortes indícios tanto no "médium" quanto no "capitão".

Os adeptos do "médium" falam tanto em desapego, mas muitos deles, e da mesma forma os seguidores "leigos", são os mais apegados à figura do "bondoso homem".

Um apego desesperado, invertem o que Allan Kardec disse: "mais vale cair um homem do que cair uma multidão".

A idolatria ao "homem bom" e sua reputação artificialmente montada continuam intatas. Por outro lado, a multidão no Brasil é que está caindo.

Se nada for feito para romper esse apego, talvez nos restem as baratas, o urso d´água, os coliformes fecais e o coronavírus para exercerem a "fraternidade" na tal "pátria do Evangelho".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESQUISISMO E RELATORISMO

As mais recentes queixas a respeito do governo Lula ficam por conta do “pesquisismo”, a mania de fazer avaliações precipitadas do atual mandato do presidente brasileiro, toda quinzena, por vários institutos amigos do petista. O pesquisismo são avaliações constantes, frequentes e que servem mais de propaganda do governo do que de diagnóstico. Pesquisas de avaliação a todo momento, em muitos casos antecipando prematuramente a reeleição de Lula, com projeções de concorrentes aqui e ali, indo de Michelle Bolsonaro a Ciro Gomes. Somente de um mês para cá, as supostas pesquisas de opinião apontavam queda de popularidade de Lula, e isso se deu porque os próprios institutos foram criticados por serem “chapa branca” e deles se foi cobrada alguma objetividade na abordagem, mesmo diante de métodos e processos de pesquisa bastante duvidosos. Mas temos também outro vício do governo Lula, que ninguém fala: o “relatorismo”. Chama-se de relatorismo essa mania de divulgar relatórios fantásticos sobre s...

BRASIL PASSOU POR SEIS DÉCADAS DE RETROCESSOS SOCIOCULTURAIS

ANTES RECONHECIDA COMO SÉRIO PROBLEMA HABITACIONAL, A FAVELA (NA FOTO, A ROCINHA NO RIO DE JANEIRO) TORNOU-SE OBJETO DA GLAMOURIZAÇÃO DA POBREZA FEITA PELAS ELITES INTELECTUAIS BRASILEIRAS. A ideia, desagradável para muitos, de que o Brasil não tem condições para se tornar um país desenvolvido está na deterioração sociocultural que atingiu o Brasil a partir de 1964. O próprio fato de muitos brasileiros se sentirem mal acostumados com essa deterioração de valores não significa que possamos entrar no clube de países prósperos diante dessa resignação compartilhada por milhares de pessoas. Não existe essa tese de o Brasil primeiro chegar ao Primeiro Mundo e depois “arrumar a casa”, como também se tornou inútil gourmetizar a decadência cultural sob a desculpa de “combater o preconceito”. Botar a sujeira debaixo do tapete não limpa o ambiente. Nosso país discrimina o senso crítico, abrindo caminho para os “novos normais” que acumulamos, precarizando nosso cotidiano na medida em que nos resig...

“GALERA”: OUTRA GÍRIA BEM AO GOSTO DA FARIA LIMA

Além da gíria “balada” - uma gíria que é uma droga, tanto no sentido literal como no sentido figurado - , outra gíria estúpida com pretensões de ser “acima dos tempos e das tribos” é “galera”, uma expressão que chega a complicar até a nossa língua coloquial. A origem da palavra “galera” está no pavimento principal de um navio. Em seguida, tornou-se um termo ligado à tripulação de um navio, geralmente gente que, entre outras atividades, faz a faxina no convés. Em seguida, o termo passou a ser adotado pelo jornalismo esportivo porque o formato dos estádios se assemelhava ao de navios. A expressão passou a ser usada, também no jornalismo esportivo, para definir o conjunto de torcedores de futebol, sendo praticamente sinônimo de “torcida”. Depois o termo passou a ser usado pelo vocabulário bicho-grilo brasileiro, numa época em que havia, também, as sessões de cinema mostrando notícias do futebol pelo Canal 100 e também a espetacularização dos campeonatos regionais de futebol que preparavam...

“ROCK PADRÃO 89 FM” PERMITE CULTUAR BANDAS FICTÍCIAS COMO O VELVET SUNDOWN

Antes de irmos a este texto, um aviso. Esqueçamos os Archies e os Monkees, bandas de proveta que, no fundo, eram muito boas. Principalmente os Monkees, dos quais resta vivo o baterista e cantor Micky Dolenz, também dublador de desenhos animados da Hanna-Barbera (também função original de Mark Hamill, antes da saga Guerra nas Estrelas).  Essa parcela do suposto “rock de mentira” até que é admirável, despretensiosa e suas músicas são muito legais e bem feitas. E esqueçamos também o eclético grupo Gorillaz, influenciado por hip hop, dub e funk autêntico, porque na prática é um projeto solo de Damon Albarn, do Blur, com vários convidados. Aqui falaremos de bandas farsantes mesmo, sejam bandas de empresários da Faria Lima, como havíamos descrito antes, seja o recente fenômeno do Velvet Sundown, grupo de hard rock gerado totalmente pela Inteligência Artificial.  O Velvet Sundown é um quarteto imaginário que foi gerado pela combinação de algoritmos que produziram todos os elementos d...

LULA DEVERIA SE APOSENTAR E DESISTIR DA REELEIÇÃO

Com o anúncio recente do ator estadunidense Michael Douglas de que iria se aposentar, com quase 81 anos de idade, eu fico imaginando se não seria a hora do presidente Lula também parar. O marido de Catherine Zeta-Jones ainda está na sua boa saúde física e mental, melhor do que Lula, mas o astro do filme Dia de Fúria (Falling Down) , de 1993, decidiu que só vai voltar a atuar se o roteiro do filme valer realmente a pena  Lula, que apresenta sérios problemas de saúde, com suspeitas de estar enfrentando um câncer, enlouqueceu de vez. Sério. Persegue a consagração pessoal e pensa que o mundo é uma pequena esfera a seus pés. Seu governo parece brincadeira de criança e Lula dá sinais de senilidade quando, ao opinar, comete gafes grotescas. No fim da vida, o empresário e animador Sílvio Santos também cometeu gafes similares. Lula ao menos deveria saber a hora de parar. O atual mandato de Lula foi uma decepção sem fim. Lula apenas vive à sombra dos mandatos anteriores e transforma o seu at...

ATÉ PARECE BRIGUINHA DE ESCOLA

A guerra do tarifaço, o conflito fiscal movido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, leva ao paroxismo a polarização política que aflige principalmente o Brasil e que acaba envolvendo algumas autoridades estrangeiras, diante desse cenário marcado por profundo sensacionalismo ideológico. Com o "ativismo de resultados" pop das esquerdas woke  sequestrando a agenda esquerdista, refém do vício procrastinador das esquerdas médias, que deixam as verdadeiras rupturas para depois - vide a má vontade em protestar contra Michel Temer e Jair Bolsonaro, acreditando que as instituições, em si, iriam tirá-los de cena - , e agora esperam a escala 6x1 desgastar as mentes e os corpos das classes trabalhadoras para depois encerrar com essa triste rotina de trabalho. A procrastinação atinge tanto as esquerdas médias que contagiaram o Lula, ele mesmo pouco agindo no terceiro mandato, a não ser na produção de meros fatos políticos, tão tendenciosos que parecem mais factoides. Lula transforma seu...

NEM SEMPRE OS BACANINHAS TÊM RAZÃO

Nesta suposta recuperação da popularidade de Lula, alimentada pelo pesquisismo e sustentada pelos “pobres de novela” - a parcela “limpinha” de pessoas oriundas de subúrbios, roças e sertões - , o faz-de-conta é o que impera, com o lulismo se demonstrando um absolutismo marcado pela “democracia de um homem só”. Se impondo como candidato único, Lula quer exercer monopólio no jogo político, se recusando a aceitar que a democracia não está dentro dele, mas acima dele. Em um discurso recente, Lula demoniza os concorrentes, dizendo para a população “se preparar” porque “tem um monte de candidato na praça”. Tão “democrático”, o presidente Lula demoniza a concorrência, humilhando e depreciando os rivais. Os lulistas fazem o jogo sujo do valentonismo ( bullying ), agredindo e esnobando os outros, sem respeitar a diversidade democrática. Lula e seus seguidores deixam bem claro que o petista se acha dono da democracia. Não podemos ser reféns do lulismo. Lula decepcionou muito, mas não podemos ape...

A FALSA RECUPERAÇÃO DA POPULARIDADE DE LULA

LULA EMPOLGA A BURGUESIA FANTASIADA DE POVO QUE DITA AS NARRATIVAS NAS REDES SOCIAIS. O título faz ficar revoltado o negacionista factual, voando em nuvens de sonhos do lulismo nas redes sociais. Mas a verdade é que a aparente recuperação da popularidade de Lula foi somente uma jogada de marketing , sem reflexão na realidade concreta do povo brasileiro. A suposta pesquisa Atlas-Bloomberg apontou um crescimento para 49,7%, considerado a "melhor" aprovação do presidente desde outubro de 2024. Vamos questionar as coisas, saindo da euforia do pesquisismo. Em primeiro lugar, devemos pensar nas supostas pesquisas de opinião, levantamentos que parecem objetivos e técnicos e que juram trazer um recorte preciso da sociedade, com pequenas margens de erros. Alguém de fato foi entrevistado por alguma dessas pesquisas? Em segundo lugar, a motivação soa superficial, mais voltada ao espetáculo do que ao realismo. A recuperação da popularidade soa uma farsa por apenas envolver a bolha lulist...

RADIALISMO ROCK: FOMOS ENGANADOS DURANTE 35 ANOS!!

LOCUTORES MAURICINHOS, SEM VIVÊNCIA COM ROCK, DOMINAVAM A PROGRAMAÇÃO DAS DITAS "RÁDIOS ROCK" A PARTIR DOS ANOS 1990. Como o público jovem foi enganado durante três décadas e meia. A onda das “rádios rock” lançada no fim dos anos 1980 e fortalecida nos anos 1990 e 2000, não passou de um grande blefe, de uma grande conversa para búfalos e cavalos doidos dormirem. O que se vendeu durante muito tempo como “rádios rock” não passavam de rádios pop comuns e convencionais, que apenas selecionavam o que havia de rock nas paradas de sucesso e jogavam na programação diária. O estilo de locução, a linguagem e a mentalidade eram iguaizinhos a qualquer rádio que tocasse o mais tolo pop adolescente e o mais gosmento pop dançante. Só mudava o som que era tocado. Não adiantava boa parte dos locutores pop que atuavam nas “rádios rock” ficarem presos aos textos, como era inútil eles terem uma boa pronúncia de inglês. O ranço pop era notório e eles continuavam anunciando bandas como Pearl Jam e...

LÓGICA DAS "PSICOGRAFIAS" É A MESMA DOS ABUSOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

HUMBERTO DE CAMPOS, OLAVO BILAC E RAUL SEIXAS - Exemplos mais vergonhosos do que oficialmente se define como "psicografias". É vergonhosa a tentativa de reabilitação do Espiritismo brasileiro, a pior religião de todas mas que se deixa prevalecer pelo pretenso sabor melífluo de suas pregações, tal qual uma mancenilheira institucional. Além da patética novela A Viagem  - amaldiçoada tanto na versão da TV Tupi quanto da Rede Globo - , temos mais um filme da franquia "Nosso Lar" que só agrada mesmo a setores místicos e paternalistas da elite do bom atraso, a "bolha" que impulsiona o sucesso "fogo de palha" dos filmes "espíritas". Pois bem, eu, que fui "espírita" durante 28 anos, entre 1984 e 2012, tendo que largar a religião durante um fase terrível de minha vida particular, posso garantir que o Espiritismo brasileiro é muito pior do que as seitas neopentecostais no sentido de que, pelo menos, os "neopentecostais" possue...