O último fim de semana mostrou as esquerdas surtando como tantos outros forçados a ficar em quarentena.
E isso não é muito diferente dos terraplanistas que riam dos mortos da Covid-19 nas ruas de São Paulo, fazendo dancinha ao som de pop eletrônico enquanto carregavam um túmulo de mentirinha.
Com toda a certeza, esses sádicos que riem do coronavírus e pedem a abertura total do comércio e a volta das aglomerações, são exemplos da falta de humanidade e de profundo desrespeito à vida, até deles mesmos, os mais expostos ao vírus que ridicularizam em gargalhadas.
Mas as esquerdas também mostram atitudes que fazem uma pessoa mais sensata passear a mão na cabeça, da testa para o queixo, pasma de tamanho ridículo.
Afinal, paciência, ficar impaciente com a quarentena não envolve ideologia. Enlouquece qualquer um. Menos eu, que, ao menos, sempre fui mais caseiro.
Uma matéria foi ingenuamente produzida na Revista Fórum, complacente a um reacionário "médium de peruca" que havia sido defensor e até colaborador da ditadura militar.
Em outro contexto, um ingênuo e patético Franklin Félix (tolo e incompetente tanto quanto "espírita" quanto como "esquerdista"), um dos que MENOS entendem de Espiritismo no Brasil, escreveu outro texto exaltando o "médium" que dizia que a ditadura faria do Brasil um "reino de amor".
Caindo em contradição, Félix falava mal de outros fariseus que se disfarçavam de vestes "mal arrumadas, barba e cabelos em desalinho, expressão dolorida. Hipócritas!", mencionando uma antiga queixa de Cristo.
Mas Félix exaltou as frases falsamente amorosas do "médium", exaltado até no título, se esquecendo que ele, sim, era um fariseu moderno, à maneira contemporânea de se fantasiar com peruca cafona, óculos antiquados e ternos velhos. O "médium" que fez do Espiritismo um chiqueiro. Hipócrita!
Como farsante, o "médium" defendia que todos deveriam sofrer em silêncio, mesmo a mais traumatizante desgraça, porque "tudo passa", desde que cheguemos ao pico do pior infortúnio.
Aí, depois de nos darmos mal na vida, aí quem sabe vêm a "bonança", quando talvez nossos cadáveres já começarem a se desfigurar pelos banquetes vorazes dos micróbios e vermes.
Claro, para os "espíritas", pimenta que arde nos olhos dos outros é veneno e, depois de contrair cegueira, a "bondosa" doutrina do "médium de peruca" diz que "tudo passa", e aí, depois de perder a visão, os caminhos bloqueados para alguém sejam liberados, após este ficar cego.
Quanto ao artigo de Fórum, a alusão ao "médium" trata-se da risível "profecia da data-limite", que já se tornou um fiasco quando chegou à tal "data-limite" de 20 de julho de 2019.
Uma suposta profecia, pretensamente espírita, mas que equivale a uma prática condenada por Allan Kardec, mas que o "médium de peruca" gostava de fazer por pura diversão.
O que muita gente esquece é que esse "médium" era um reacionário arrivista, uma espécie de Jair Bolsonaro do Cristianismo, e sua tão alardeada "caridade" é defendida com unhas e dentes sem que qualquer embasamento minimamente racional fosse levado em conta.
Só que, observando bem, a "corajosa e brilhante caridade" desse infeliz do Triângulo Mineiro não foi mais do que a mesma manobra das duplas "sertanejas" e outros ídolos popularescos.
Era aquela coisa: pedir aos outros para ajudar com donativos. A "caridade" era duplamente ruim, pois não passava de Assistencialismo fajuto e o "benfeitor" não coçava sequer seu bolso para ajudar o próximo, mas se promovia às custas da doação alheia.
O que o "médium" fazia eram somente caravanas espalhafatosas nas quais se levavam apenas donativos medíocres, a maioria com roupas rasgadas e mofadas, mantimentos de marcas ruins, remédios com validade vencida e outras coisas que tratam o povo pobre como se fosse lixo.
O fato de que o nome do infeliz esteve nos TT do Twitter e a Revista Fórum, que já encalhou nas bancas por colocar o tecnobrega na capa, há dez anos, pegou carona nessa palhaçada.
A revista sacrificou sua versão impressa após publicar as campanhas bregalizadoras do "filho da Folha", o quinta-colunista Pedro Alexandre Sanches.
Sabiamente, o internauta Eduardo Ribeiro respondeu, de sua conta no Faceboook: "isso é notícia ? achava que aqui fossem mais sérios. Isso não saiu nem no SBesTeira...".
Não é a primeira vez. É só a grande mídia acumular notícias trágicas e ameaçadoras, para que os bolsomínions do espiritualismo jogassem a "data-limite" e o nome do pioneiro da literatura fake entre os temas mais vistos no Twitter.
Sujei um pouco meu perfil do Twitter questionando esse sujeito, replicando aos internautas (robôs?) que exaltavam o "médium", postagem por postagem.
Teve idiota até publicando "poema de amor" em prol desse sujeito que usurpou criminosamente a memória do grande Humberto de Campos.
Sumi temporariamente do Twitter porque creio que devo ser alvo de campanhas de ódio vindas daqueles que dizem "não aprovar o ódio" ao endeusarem esse "homem de bem".
Paciência, até a tal federação "espírita" também tem um Carluxo para chamar de seu e acionar o nome do falso profeta que envergonharia Jesus Cristo e Allan Kardec.
A cada acúmulo de notícias trágicas, o "Carluxo" espiritualista despeja a palavra-chave e os "robôs" vão logo falando que o "médium fez caridade", assim de maneira solta, como quem diz fofoca.
Ver a mídia esquerdista passando pano nisso é vergonhoso.
Tem mais: o Instituto Lula novamente evocando esse movimento de quinta-coluna chamado "funk".
Foi Valesca Popozuda relançar, no seu perfil, um vídeo de 2009 com uma música "homenageando" Lula (claro, o "funk" precisava de verbas da Lei Rouanet), e a "sincera homenagem" foi reproduzida no perfil do Instituto Lula.
Há até dúvidas se a funqueira não seria uma "coxinha" que confortavelmente ia divulgar seu trabalho (?!) nos programas Caldeirão do Huck, de Luciano Huck, e The Noite, do Danilo Gentili.
Um amigo e cabeleireiro dela se manifestou, depois, ser bolsonarista e ela apenas se absteve, evitando fazer críticas. Mas isso é outra história.
Afinal, estou na espera de algum comunicado oficial sobre o quinta-colunista Rômulo Costa, que promoveu a "festa das galinhas comandada pela raposa" que foi o "baile funk" supostamente contra o impeachment, há quase quatro anos.
São coisas mais cavernosas do que acusar simplesmente o "baile funk" de ter anestesiado os partidários de Dilma Rousseff (e anestesiou mesmo).
Fatos concretos e não meras opiniões comprovam que Rômulo Costa estava associado à direita fluminense e era um golpista fingindo ser "contra o golpe".
Notem o farto cardápio sobre o dono da Furacão 2000:
- Promoveu Luciano Huck embaixador nacional do "funk";
- Filiado ao PSL por volta de 2016;
- Sogro de socialite golpista (e hoje bolsonarista) na época;
- Aliado de jornalista (Luís Erlanger, ex-Globo) ligado a Michel Temer;
- Após o "baile funk" de 2016, reunião muito amistosa e parceira do funqueiro empresário com o senador golpista Eduardo Lopes, depois bolsonarista, do Republicanos;
Partido de Marcello Crivella, Republicanos já está acolhendo os filhos de Jair Bolsonaro, justamente os parlamentares fluminenses Carlos (Carluxo) e Flávio, o "parça" do Fabrício Queiroz.
Voltando à Valesca, ela tentou recentemente fazer uma live, fazendo toda aquela performance pornográfica e cantando "proibidões", mas se esqueceu de uma coisa.
Ela deveria ter definido seu vídeo como restrito para maiores de 18 anos, e ela, em vez disso, tornou sua apresentação disponível até para o público infantil.
O resultado: o Instagram, provedor da apresentação, cortou a transmissão, o que deixou a funqueira desnorteada e aflita. Bem feito para ela.
Agora retomando o caso do "baile funk de Copacabana", não dá, com todo o pano de fundo do dono da Furacão 2000, para os esquerdistas fazerem cara feia e fingir para si mesmos, por meio do pensamento desejoso, que Rômulo Costa é "marxista desde criancinha".
Por que as esquerdas ficam tão presas com os "brinquedos" culturais da centro-direita, exaltando pretensos heróis patrocinados pela mídia empresarial?
Por que fica-se nesse papo furado, que repete como um disco de vinil arranhado, de que "o médium tal simboliza a paz e a caridade" e que o "funk é a revolução popular nas favelas".
Ainda mais quando se fala em favelas como o "habitat definitivo" das classes populares, numa clara demonstração de elitismo oculto.
As esquerdas brasileiras ficam presas a esses "brinquedos" porque ela é refém da sociedade do espetáculo, vista como problema pelos mais respeitados intelectuais europeus (e, quase todos, de esquerda).
Para piorar, essa "sociedade do espetáculo", no seu núcleo mais duro (e mais brega), é transmitido pelo que há de mais reacionário na mídia venal, sejam canais como SBT e Record, seja a mídia sensacionalista não muito diferente dos José Luiz Datena, Sikêra Jr. e Marcão do Povo da vida.
São eles que jogaram no imaginário popular o entulho cultural do populismo reacionário da ditadura militar: "médiuns espíritas", craques de futebol milionários, mulheres siliconadas, ídolos cafonas, junto a um combo ideológico no qual cabia tanto pornografia quanto fanatismo religioso.
E ver as esquerdas passando pano por tudo isso causa constrangimento.
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