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POR QUE EU ABANDONEI O ESPIRITISMO BRASILEIRO?


Com base no texto que a cantora Duffy escreveu sobre a triste experiência dela ter sido dopada, sequestrada e estuprada, resolvi escrever um texto sobre uma experiência terrível que tive.

Fui "espírita" durante muitos anos, entre 1984 e 2012, e só pude enfrentar pioras na minha vida pessoal.

Não vou dar detalhes, porque são coisas muito particulares. Mas foi como se eu, usando uma metáfora bíblica, eu havia pedido pão e a religião "espírita" só me deu serpentes.

Abandonei a religião depois que tive incidentes pessoais muito graves, envolvendo valentonismo digital (cyberbullying) que beirava a ser presencial.

Tive adversidades sem controle, não podia decidir pelo meu destino, mesmo se me sacrificasse por isso. Minha individualidade não tinha espaço nas situações que envolvem conquistas estratégicas na vida humana.

São coisas muito pessoais, que não quero detalhar, mas que representaram situações de muito azar ao longo de minha vida.

Eu estranhava isso quando, envolvido com o Espiritismo brasileiro, eu sempre contraía azar, situações de mau agouro, com adversidades chegando sem controle e sem que eu pudesse agir para combatê-las.

Eu até errei muito na vida, mas, em vez de me levantar, o Espiritismo brasileiro me empurrava para perto do abismo.

O Espiritismo brasileiro me expôs a energias muito negativas. E olha que não era eu quem vibrava mal. Eu tentava desenvolver boas vibrações, mas as circunstâncias me levavam a situações adversas muito perigosas.

Resolvi relatar tudo e sobre o que passei a entender de Espiritismo brasileiro, após consultar bastante a Internet. Fiquei chocado com a desonestidade e a canalhice que a religião representa no Brasil.

Tive coragem para dizer por que rompi com uma religião na qual, infelizmente, nove entre dez pessoas consideram confiável, mas que é pior do que as seitas "evangélicas" como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Assembleia de Deus.

Afinal, essas seitas vivem de extorquir dinheiro dos fiéis, os valores que defendem são retrógrados e sua influência na sociedade como um todo é bastante perigosa - como o desprezo pelas recomendações de prevenção da Covid-19 - e isso é indiscutível.

Não há como questionar o caráter nefasto de Edir Macedo, Eduardo Cunha, Jair Bolsonaro, R. R. Soares, Silas Malafaia, Guilherme de Pádua e tantos outros "cristãos evangélicos".

Só que o Espiritismo brasileiro é pior, pela desonestidade doutrinária que representou pelas atitudes e posições de seus envolvidos, movidos pela ganância arrivista.

Pelo menos, sendo fiel da Igreja Universal, a pessoa doa uma quantia financeira para o dízimo.

No Espiritismo, pelas energias macabras de quem não administra bem as teorias do além-túmulo, o fiel "sacrifica" seus entes queridos, pessoas mais valiosas que a tragédia rouba de suas mãos.

Li vários exemplos de mau agouro, na Internet, que vão de Juscelino Kubitschek perdendo benefícios um a um até o ator Guilherme Fontes, depois de fazer um personagem "espírita", viu os infortúnios lhe impedirem de concluir rapidamente seu primeiro (e único) filme como diretor.

Famosos e não-famosos que perdiam filhos em tragédias vindas do nada.

Até Dilma Rousseff, depois de ganhar um livro sobre a tal "pátria do Evangelho", atraiu energias negativas que fizeram o poder lhe sair das mãos, como um sabão escorregadio que das mãos escapa para se perder no ralo do esgoto.

O texto que escrevi é forte e muito longo. Quem é corajoso vai lê-lo até o fim e refletir muito, antes de dar qualquer parecer.

Afinal, a primeira impressão é que o texto é de um ressentido que "não entendeu o recado da religião do bem" e suas "adversidades que educam (sic) a alma".

Ressentidos são os "espíritas", uma religião formada por intelectuais fracassados, cientistas fracassados, novelistas fracassados que montam "romances espíritas" emendando, talvez, rascunhos ruins de um romance moderno e outro épico engavetados há muito tempo.

O ressentimento se estende a noções de "beleza", que misturam sentimentos masoquistas de aceitação do sofrimento até a conformação com uma vida só de beatitudes e tarefas medievais.

É como se o mundo, segundo os "espíritas", não passasse de uma zona rural na qual só temos que trabalhar na servidão, na submissão e no igrejismo mais retrógrado.

A certeza é que não voltarei ao "meio espírita" e prefiro ficar sem religião.

Daí que o texto que indico, e cujo linque está no começo desta postagem, é amargo e indigesto.

Para quem acredita nos "contos de fadas de gente grande" dos romances e palestras "espíritas" e cai no "canto de sereia" de "médiuns" nada atrativos, o texto que indico é simplesmente repulsivo.

Mas, diante de uma mentira que dura quase 90 anos, desde que foi lançado um livro de poemas fake de 1932 (descrito no meu texto), mas que não é eterna, muita gente vai ler e se esclarecer das coisas.

A estas pessoas, desejo boa sorte na desafiadora leitura.

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