Pular para o conteúdo principal

A DISCUSSÃO SOBRE O PL DAS FAKE NEWS


O PL das Fake News está em discussão no Congresso Nacional e provoca a maior polêmica. Até o fechamento deste texto, o relator, deputado e ex-ministro dos Esportes dos primeiros governos Lula, Orlando Silva (PC do B-SP), teve que tirar duas propostas do projeto de lei, devido à pressão da bancada evangélica e de outros setores conservadores na Câmara dos Deputados.

Uma é a criação de uma agência reguladora de supervisão das plataformas digitais, vista pela oposição ao governo Lula como uma forma de censura. Outra é descartar restrições para os cultos religiosos, que estão liberados para pregar seus dogmas como quiserem, garantindo imunidade da lei.

O PL das Fake News foi motivado por denúncias de que atos que vão dos movimentos fascistas de Oito de Janeiro aos atentados escolares recentemente ocorridos na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo, e em Blumenau, interior de Santa Catarina, teriam ocorrido por influência das mentiras compartilhadas nas redes sociais e pelos manifestos de ódio expressos pelos internautas nestes espaços digitais.

Ontem, o relator Orlando concluiu o texto que será levado à votação no Congresso Nacional, criando regras para criminalizar a divulgação de conteúdo falso e responsabilizar as redes sociais pelas irregularidades que forem cometidas em seus espaços virtuais. A votação tem previsão para começar na semana que vem.

Entre os pontos principais do projeto de lei, estão: a responsabilidade das empresas provedoras de redes sociais e de aplicativos de mensagens pelos danos causados por conteúdos falsos, a transparência de identificar os anunciantes de publicidade das plataformas e do impulsionamento dos algoritmos, a remuneração a jornalistas que tiverem conteúdo divulgado nas plataformas digitais, o direito à liberdade de expressão, garantindo o direito à crítica e até à sátira humorística e a obrigação das plataformas de origem estrangeira terem representação jurídica no Brasil.

O PL das Fake News também determina a retirada de conteúdos que violem direitos de crianças e adolescentes, além de criminalizar conteúdos falsos e mentirosos produzidos pelas chamadas "contas-robôs", usuários fictícios criados para impulsionar algoritmos e fazer repercutir tais conteúdos.

Tanto as plataformas das redes sociais como os setores conservadores do Poder Legislativo pedem para que haja um debate maior sobre as tais fake news, um tema bastante complexo. O ex-ministro da Justiça da presidenta Dilma Rousseff, o jurista Eugênio Aragão, vê risco do PL das Fake News ser deturpado e suavizar as consequências para quem produz fake news.

Aqui vai outra preocupação. A das chamadas "psicografias", feitas sem um pingo de cuidado e com os supostos autores mortos apresentarem problemas de estilos ou aspectos pessoais diversos, por mais que haja semelhanças com os estilos originais. Afinal, é como um produto pirata que tenta parecer igual ao original, mas só mostra alguns aspectos similares, enquanto em outros apresenta diferenças bastante grotescas.

No mundo inteiro, estabelecer contatos com os mortos ainda é um enigma que não foi resolvido nos países desenvolvidos, havendo casos de eventuais charlatanismos. Mas no Brasil, o país do "jeitinho", lugar onde as pessoas são incapazes de se concentrar para ouvir uma música ou ler uma bula de remédios, quanto mais para acolher mensagens de gente falecida, aqui o charlatanismo é impune, engana fácil as multidões e se protege pela carteirada da pretensa caridade, aquela que distribui poucos mantimentos para famílias pobres numerosas e o "filantropo" fica logo se achando.

Essa permissividade irresponsável foi iniciada por um dito "médium espírita" de Uberaba, de triste lembrança, apesar dele ser adorado ainda por muitos incautos. 

Esse farsante se tornou ídolo religioso e pretenso símbolo da caridade, quase unânime, por conta de uma narrativa glamourizada plantada pela Globo durante a ditadura militar. O que esse charlatão de Uberaba fez, por exemplo, com Humberto de Campos, nem o pior inimigo teria coragem de fazer. Outros nomes, como Olavo Bilac e Auta de Souza, foram usados pelo "médium" que dizia "viver só de caridade" (desculpa tão fajuta quanto jogar milho aos pombos) sem que apresentassem a integridade dos estilos originais.

Aqui, essas mensagens fake, as psicografakes que no YouTube e nas demais redes sociais se multiplicam feito aranhas venenosas na região da Casa Verde, aqui em São Paulo, são impunemente produzidas sob a desculpa de "garantirem o pão dos famintos, a casa dos desabrigados e o remédio dos enfermos", como se a caridade fosse uma moeda que pudesse comprar a mentira e transformá-la numa pretensa verdade.

Essas psicografakes, cujas disparidades de estilos em relação ao que os alegados mortos nos deixaram quando eram vivos, são mensagens de puro mershandising religioso e apresentam valores ultraconservadores, por trás de pretensas "mensagens consoladoras" que fazem as pessoas masturbarem com os olhos, ou seja, transformarem comoção em puro divertimento, num fútil e banal êxtase religioso.

A apropriação de nomes dos mortos é uma preocupação antiga, que no passado remoto causava indignação a escritores conceituados como Malba Tahan e Osório Borba e, num passado nem tão distante assim, os renomados jornalistas José Hamilton Ribeiro (conhecido pelo trabalho na revista Realidade e no Globo Rural da Rede Globo) e Léo Gilson Ribeiro (Realidade e Caros Amigos), que havia dito, com indignada ironia, que "o espírito sobe, o talento desce".

A pretensa qualidade de promover a "paz entre povos", o "amor" e a "misericórdia", não garante que as mensagens psicografakes sejam válidas. Houve acadêmicos que disseram que essas mensagens "dependem de estudos", mas além delas claramente fugirem dos aspectos pessoais dos alegados autores mortos, elas são impunemente divulgadas, com livros disponibilizados até gratuitamente pela Internet.

O Espiritismo brasileiro tem mais apetite por fake news do que as seitas neopentecostais, mas a religião comandada pelo "médium" que mais apoiou a ditadura militar é blindada por evitar apresentar uma retórica raivista, conhecida pelos bolsonaristas e pelos neopentecostais. Por isso, há a ilusão de que as práticas "espíritas" não ofendem nem agridem, mesmo que seja um ato grave como se apropriar de um morto, o que pode ser entendido como um crime de falsidade ideológica.

Afinal, essas "psicografias" soam como um grande estelionato da fé. São atos comparáveis ao de trotes telefônicos dados por criminosos que, se passando por familiares das vítimas, tentam convencê-las a arrumar dinheiro. No caso dos "médiuns", isso configura um grave charlatanismo, pelo qual esses farsantes usam os mortos diversos como "degraus" para sua "escadaria para o céu". Se promovem às custas desse sensacionalismo barato, grotesco, que só serve para dar cartaz para revistas de fofocas e para a imprensa policialesca, que se servem de farsas religiosas como as tais "psicografias".

O "médium da peruca" alimentou a mídia popularesca por conta de suas psicografakes e, infelizmente, passou a ser respeitado por isso. Pior: falam o tempo todo que ele "só fez caridade", mas nem Uberaba nem Uberlândia se tornaram cidades com boa qualidade de vida, não saindo dos padrões de cidades da Baixada Fluminense, apesar da propaganda enganosa de que tais cidades viraram "bons lugares para viver", artifício obtido através de uma relativa arrumação no Centro e nos bairros de classe média destas duas cidades, que escondem a miséria que cresce como praga fora dessa publicidade fake.

Temos que discutir as fake news em todos os aspectos. Utilizar nomes de mortos de maneira irresponsável, mesmo que se consiga enganar até os parentes de um falecido, também são crimes ligados a fake news, por mais que "só divulguem mensagens positivas em prol da paz e fraternidade". Afinal, isso tudo é mentira, pois se coloca na responsabilidade de um morto algo que ele não escreveu. Isso é um crime contra a memória de um falecido. 

Mentiras que usam a "caridade" como carteirada são mentira do mesmo jeito. São fake news de qualquer maneira, mesmo que falem de "coisas boas". Porque, mesmo que apresentem coisas agradáveis, essas mensagens são enganadoras do mesmo jeito.
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESQUISISMO E RELATORISMO

As mais recentes queixas a respeito do governo Lula ficam por conta do “pesquisismo”, a mania de fazer avaliações precipitadas do atual mandato do presidente brasileiro, toda quinzena, por vários institutos amigos do petista. O pesquisismo são avaliações constantes, frequentes e que servem mais de propaganda do governo do que de diagnóstico. Pesquisas de avaliação a todo momento, em muitos casos antecipando prematuramente a reeleição de Lula, com projeções de concorrentes aqui e ali, indo de Michelle Bolsonaro a Ciro Gomes. Somente de um mês para cá, as supostas pesquisas de opinião apontavam queda de popularidade de Lula, e isso se deu porque os próprios institutos foram criticados por serem “chapa branca” e deles se foi cobrada alguma objetividade na abordagem, mesmo diante de métodos e processos de pesquisa bastante duvidosos. Mas temos também outro vício do governo Lula, que ninguém fala: o “relatorismo”. Chama-se de relatorismo essa mania de divulgar relatórios fantásticos sobre s...

BRASIL PASSOU POR SEIS DÉCADAS DE RETROCESSOS SOCIOCULTURAIS

ANTES RECONHECIDA COMO SÉRIO PROBLEMA HABITACIONAL, A FAVELA (NA FOTO, A ROCINHA NO RIO DE JANEIRO) TORNOU-SE OBJETO DA GLAMOURIZAÇÃO DA POBREZA FEITA PELAS ELITES INTELECTUAIS BRASILEIRAS. A ideia, desagradável para muitos, de que o Brasil não tem condições para se tornar um país desenvolvido está na deterioração sociocultural que atingiu o Brasil a partir de 1964. O próprio fato de muitos brasileiros se sentirem mal acostumados com essa deterioração de valores não significa que possamos entrar no clube de países prósperos diante dessa resignação compartilhada por milhares de pessoas. Não existe essa tese de o Brasil primeiro chegar ao Primeiro Mundo e depois “arrumar a casa”, como também se tornou inútil gourmetizar a decadência cultural sob a desculpa de “combater o preconceito”. Botar a sujeira debaixo do tapete não limpa o ambiente. Nosso país discrimina o senso crítico, abrindo caminho para os “novos normais” que acumulamos, precarizando nosso cotidiano na medida em que nos resig...

“ROCK PADRÃO 89 FM” PERMITE CULTUAR BANDAS FICTÍCIAS COMO O VELVET SUNDOWN

Antes de irmos a este texto, um aviso. Esqueçamos os Archies e os Monkees, bandas de proveta que, no fundo, eram muito boas. Principalmente os Monkees, dos quais resta vivo o baterista e cantor Micky Dolenz, também dublador de desenhos animados da Hanna-Barbera (também função original de Mark Hamill, antes da saga Guerra nas Estrelas).  Essa parcela do suposto “rock de mentira” até que é admirável, despretensiosa e suas músicas são muito legais e bem feitas. E esqueçamos também o eclético grupo Gorillaz, influenciado por hip hop, dub e funk autêntico, porque na prática é um projeto solo de Damon Albarn, do Blur, com vários convidados. Aqui falaremos de bandas farsantes mesmo, sejam bandas de empresários da Faria Lima, como havíamos descrito antes, seja o recente fenômeno do Velvet Sundown, grupo de hard rock gerado totalmente pela Inteligência Artificial.  O Velvet Sundown é um quarteto imaginário que foi gerado pela combinação de algoritmos que produziram todos os elementos d...

“GALERA”: OUTRA GÍRIA BEM AO GOSTO DA FARIA LIMA

Além da gíria “balada” - uma gíria que é uma droga, tanto no sentido literal como no sentido figurado - , outra gíria estúpida com pretensões de ser “acima dos tempos e das tribos” é “galera”, uma expressão que chega a complicar até a nossa língua coloquial. A origem da palavra “galera” está no pavimento principal de um navio. Em seguida, tornou-se um termo ligado à tripulação de um navio, geralmente gente que, entre outras atividades, faz a faxina no convés. Em seguida, o termo passou a ser adotado pelo jornalismo esportivo porque o formato dos estádios se assemelhava ao de navios. A expressão passou a ser usada, também no jornalismo esportivo, para definir o conjunto de torcedores de futebol, sendo praticamente sinônimo de “torcida”. Depois o termo passou a ser usado pelo vocabulário bicho-grilo brasileiro, numa época em que havia, também, as sessões de cinema mostrando notícias do futebol pelo Canal 100 e também a espetacularização dos campeonatos regionais de futebol que preparavam...

LULA DEVERIA SE APOSENTAR E DESISTIR DA REELEIÇÃO

Com o anúncio recente do ator estadunidense Michael Douglas de que iria se aposentar, com quase 81 anos de idade, eu fico imaginando se não seria a hora do presidente Lula também parar. O marido de Catherine Zeta-Jones ainda está na sua boa saúde física e mental, melhor do que Lula, mas o astro do filme Dia de Fúria (Falling Down) , de 1993, decidiu que só vai voltar a atuar se o roteiro do filme valer realmente a pena  Lula, que apresenta sérios problemas de saúde, com suspeitas de estar enfrentando um câncer, enlouqueceu de vez. Sério. Persegue a consagração pessoal e pensa que o mundo é uma pequena esfera a seus pés. Seu governo parece brincadeira de criança e Lula dá sinais de senilidade quando, ao opinar, comete gafes grotescas. No fim da vida, o empresário e animador Sílvio Santos também cometeu gafes similares. Lula ao menos deveria saber a hora de parar. O atual mandato de Lula foi uma decepção sem fim. Lula apenas vive à sombra dos mandatos anteriores e transforma o seu at...

A FALSA RECUPERAÇÃO DA POPULARIDADE DE LULA

LULA EMPOLGA A BURGUESIA FANTASIADA DE POVO QUE DITA AS NARRATIVAS NAS REDES SOCIAIS. O título faz ficar revoltado o negacionista factual, voando em nuvens de sonhos do lulismo nas redes sociais. Mas a verdade é que a aparente recuperação da popularidade de Lula foi somente uma jogada de marketing , sem reflexão na realidade concreta do povo brasileiro. A suposta pesquisa Atlas-Bloomberg apontou um crescimento para 49,7%, considerado a "melhor" aprovação do presidente desde outubro de 2024. Vamos questionar as coisas, saindo da euforia do pesquisismo. Em primeiro lugar, devemos pensar nas supostas pesquisas de opinião, levantamentos que parecem objetivos e técnicos e que juram trazer um recorte preciso da sociedade, com pequenas margens de erros. Alguém de fato foi entrevistado por alguma dessas pesquisas? Em segundo lugar, a motivação soa superficial, mais voltada ao espetáculo do que ao realismo. A recuperação da popularidade soa uma farsa por apenas envolver a bolha lulist...

ATÉ PARECE BRIGUINHA DE ESCOLA

A guerra do tarifaço, o conflito fiscal movido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, leva ao paroxismo a polarização política que aflige principalmente o Brasil e que acaba envolvendo algumas autoridades estrangeiras, diante desse cenário marcado por profundo sensacionalismo ideológico. Com o "ativismo de resultados" pop das esquerdas woke  sequestrando a agenda esquerdista, refém do vício procrastinador das esquerdas médias, que deixam as verdadeiras rupturas para depois - vide a má vontade em protestar contra Michel Temer e Jair Bolsonaro, acreditando que as instituições, em si, iriam tirá-los de cena - , e agora esperam a escala 6x1 desgastar as mentes e os corpos das classes trabalhadoras para depois encerrar com essa triste rotina de trabalho. A procrastinação atinge tanto as esquerdas médias que contagiaram o Lula, ele mesmo pouco agindo no terceiro mandato, a não ser na produção de meros fatos políticos, tão tendenciosos que parecem mais factoides. Lula transforma seu...

NEM SEMPRE OS BACANINHAS TÊM RAZÃO

Nesta suposta recuperação da popularidade de Lula, alimentada pelo pesquisismo e sustentada pelos “pobres de novela” - a parcela “limpinha” de pessoas oriundas de subúrbios, roças e sertões - , o faz-de-conta é o que impera, com o lulismo se demonstrando um absolutismo marcado pela “democracia de um homem só”. Se impondo como candidato único, Lula quer exercer monopólio no jogo político, se recusando a aceitar que a democracia não está dentro dele, mas acima dele. Em um discurso recente, Lula demoniza os concorrentes, dizendo para a população “se preparar” porque “tem um monte de candidato na praça”. Tão “democrático”, o presidente Lula demoniza a concorrência, humilhando e depreciando os rivais. Os lulistas fazem o jogo sujo do valentonismo ( bullying ), agredindo e esnobando os outros, sem respeitar a diversidade democrática. Lula e seus seguidores deixam bem claro que o petista se acha dono da democracia. Não podemos ser reféns do lulismo. Lula decepcionou muito, mas não podemos ape...

RADIALISMO ROCK: FOMOS ENGANADOS DURANTE 35 ANOS!!

LOCUTORES MAURICINHOS, SEM VIVÊNCIA COM ROCK, DOMINAVAM A PROGRAMAÇÃO DAS DITAS "RÁDIOS ROCK" A PARTIR DOS ANOS 1990. Como o público jovem foi enganado durante três décadas e meia. A onda das “rádios rock” lançada no fim dos anos 1980 e fortalecida nos anos 1990 e 2000, não passou de um grande blefe, de uma grande conversa para búfalos e cavalos doidos dormirem. O que se vendeu durante muito tempo como “rádios rock” não passavam de rádios pop comuns e convencionais, que apenas selecionavam o que havia de rock nas paradas de sucesso e jogavam na programação diária. O estilo de locução, a linguagem e a mentalidade eram iguaizinhos a qualquer rádio que tocasse o mais tolo pop adolescente e o mais gosmento pop dançante. Só mudava o som que era tocado. Não adiantava boa parte dos locutores pop que atuavam nas “rádios rock” ficarem presos aos textos, como era inútil eles terem uma boa pronúncia de inglês. O ranço pop era notório e eles continuavam anunciando bandas como Pearl Jam e...

LÓGICA DAS "PSICOGRAFIAS" É A MESMA DOS ABUSOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

HUMBERTO DE CAMPOS, OLAVO BILAC E RAUL SEIXAS - Exemplos mais vergonhosos do que oficialmente se define como "psicografias". É vergonhosa a tentativa de reabilitação do Espiritismo brasileiro, a pior religião de todas mas que se deixa prevalecer pelo pretenso sabor melífluo de suas pregações, tal qual uma mancenilheira institucional. Além da patética novela A Viagem  - amaldiçoada tanto na versão da TV Tupi quanto da Rede Globo - , temos mais um filme da franquia "Nosso Lar" que só agrada mesmo a setores místicos e paternalistas da elite do bom atraso, a "bolha" que impulsiona o sucesso "fogo de palha" dos filmes "espíritas". Pois bem, eu, que fui "espírita" durante 28 anos, entre 1984 e 2012, tendo que largar a religião durante um fase terrível de minha vida particular, posso garantir que o Espiritismo brasileiro é muito pior do que as seitas neopentecostais no sentido de que, pelo menos, os "neopentecostais" possue...