CRECHE ONDE OCORREU UM MASSACRE DE CRIANÇAS EM BLUMENAU, SANTA CATARINA.
Pânico em Blumenau, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Massacre escolar e passaralho (demissão em massa de jornalistas) causando tristeza e revolta no nosso país. No caso de Blumenau, em Santa Catarina, uma chacina foi praticada ontem de manhã por um jovem de 25 anos comoveu o Brasil, com a crueldade do rapaz, que pulou o muro de uma creche e, armado de um machado, matou três meninos, dois de quatro anos e um de cinco, e uma menina de sete anos. O massacre só não foi maior porque uma professora trancou vários alunos num banheiro, protegendo-os dos ataques.
Identificado como Luís Henrique de Lima, o sujeito foi preso e apresenta, além dos homicídios qualificados, cometidos quando ele sentiu um surto psicótico, uma significativa ficha criminal. Ele já foi detido por agressões e danos materiais numa briga em um bar. Ele esfaqueou o pai durante uma discussão e também esfaqueou um cachorro. Ele também foi detido por uso de drogas.
Para completar as coisas, o criminoso votou em Jair Bolsonaro em 2018 e, após a chacina, ainda teve tempo de escrever uma mensagem enigmática exaltando um policial militar. "Policial Fábio Matos que comandou o ataque, resistência manda um salve". Luís escrevia artigos rancorosos nas redes sociais.
Os massacres nas escolas, uma realidade infelizmente constante nos EUA, tornou-se também um fenômeno em perigosa ascensão no Brasil. Há discussões sobre a influência das redes sociais, que se tornaram trincheiras de gente reacionária, na disseminação de mensagens de ódio que impulsionam atos de vingança. Mas também existe um sistema de valores que obrigou adultos a se concentrarem demais no trabalho, deixando de cuidar afetivamente das crianças e orientá-las para uma vida mentalmente mais saudável.
Claro, os "tribunais de Internet" também são ninhos de explosões de ódio que, mais tarde, resultam em ações de sociopatas que vão de stalkers até assassinos em série. E tudo isso vem sob um aparato de "alegria e diversão", o que, nos tempos do Orkut, fez muita gente se enganar com os "inocentes" ataques coletivos contra quem discordava do "estabelecido".
Como nessa época os reaças digitais fingiam ser esquerdistas e evitavam atacar personalidades de esquerda, a mídia progressista achava que o Orkut era uma "ilha de paz". Mas eu já vi intelectuais brutamontes "patrulhando" quem não gostava da dupla Zezé di Camargo & Luciano para agredir e humilhar dentro dos espaços orkuteiros.
Além da violência na escola - que fez o presidente Lula e os ministros da Justiça, Direitos Humanos e Segurança Pública, Educação e Secretaria-Geral da Presidência a fazer uma reunião urgente para discutir planos de combater esses crimes - , temos também a brutal realidade do desemprego, com a demissão em massa de jornalistas da Rede Globo.
Diversos jornalistas veteranos foram demitidos da Rede Globo, que anda perdendo vários profissionais do ramo do entretenimento, da dramaturgia e do jornalismo, incluindo o esportivo. Nos últimos dias, figuras conhecidas como Flávia Jannuzzi, Marcelo Canellas, Fábio Turci, Fábio William, Eduardo Tchao, Mônica Sanches, Giuliana Morrone, Leila Sterenberg foram demitidas ou tiveram futura demissão anunciada, o que causou um clima de horror nas redações jornalísticas da Rede Globo e Globo News. O chato é que esses profissionais irão comemorar o Dia do Jornalista, a ser celebrado amanhã, no olho da rua.
E isso é irônico, num tempo em que gente que nem jornalista é, como Caio Coppolla e Janaína Paschoal, porta-vozes do golpismo ideológico que floresceu em 2015-2016, foram contratados pela franquia brasileira da CNN, cujo um dos atuais sócios é o empresário José Camargo, dono da Esfera Brasil, grupo que inclui a "Jovem Pan com guitarras" 89 FM, A Rádio Rockefeller, rádio preferida dos rebeldes sem causa da Faria Lima.
Essas são tensões que mostram o quanto nosso país está terrível, com o bolsonarismo inspirando atos criminosos de pretensos "cidadãos do bem" e com a mídia corporativa pegando pesado, seja adotando posturas reacionárias, como a Folha de São Paulo, e demitindo gente talentosa, como a Globo. São tempos difíceis que continuam desafiando a fantasia dos que imaginam que o Brasil se tornará potência de Primeiro Mundo. Estamos muito distantes dessa chance, que soa terrivelmente impossível.
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