O prefeito de São Paulo, João Dória Jr., desistiu de implantar a "farinata", alimento feito com restos de comida, que ele chegou a lançar há pouco mais de um mês.
Ele havia refletido sobre a situação, depois de vários problemas causados.
A repercussão foi tão devastadora que, se não fosse a blindagem da grande mídia, teria derrubado uma religião tida como espiritualista e seu conhecido paranormal orador.
Isso porque o orador ofereceu seu evento "pacifista" para o lançamento oficial da "farinata" e deixou que Dória Jr. exibisse a camiseta do evento e o nome do paranormal como divulgação.
O paranormal, baiano, foi muito criticado pelos questionadores dessa religião, que chamaram a atenção ao "silêncio da imprensa".
Isso porque o paranormal não agiu com a firmeza e o critério caraterísticos do pedagogo francês, que o orador alega ser seu "mestre".
Ele nem sequer exigiu que o alimento tivesse informações nutricionais e comprovante de perícias técnicas que autorizassem o lançamento do produto.
A coisa tornou-se tão séria que o Ministério Público de São Paulo exigiu do prefeito explicações sobre a "farinata", também conhecida como "ração humana".
Diante da confusão causada, o prefeito cancelou a distribuição do produto e o substituiu por outra medida social.
Dória Jr. implantou, então, o programa "Alimentação Saudável", que investirá na compra de alimentos orgânicos das fazendas visando a distribuição dos mesmos para as escolas públicas.
São alimentos como frutas, legumes, verduras, leite, bebida láctea e suco de uva, em condições próximas ao estado natural e dotadas de reconhecida qualidade nutricional.
São previstos R$ 15 milhões de verbas para o programa, que pretende valorizar a produção das propriedades de agricultura familiar.
A medida é inspirada em programa semelhante que havia sido feito na gestão do petista Fernando Haddad.
Menos mal. Ainda que seja um programa copiado de um político ideologicamente oposto ao prefeito Dória Jr., pelo menos o novo programa respeita melhor a fome dos mais necessitados.
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