A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, o desastrado e nocivo ex-presidente da República, sem dúvida alguma é uma página a ser virada na História do Brasil. Parecia ontem, mas eram há sete anos quando, num supermercado de Niterói, via uma senhora defender a eleição de Bolsonaro, sob a desculpa de "experimentá-lo" como presidente da República.
Jair Bolsonaro não é o mentor do golpe político de 2016. Ele foi um ator, mas estava cumprindo um roteiro alheio, e se destacou apenas na performance. Difícil dizer isso quando o público médio das redes sociais confunde ator com roteirista e apresentador de telejornal com jornalista. São funções diferentes, nem todo performático é autor daquilo que interpreta.
Sim, Bolsonaro é uma figura abominável. Se bem que o filho Eduardo Bolsonaro demonstra ser mais perigoso. Em todo caso, a família Bolsonaro, seus amigos, parentes e aliados, são uma grande escória política, ridículos e patéticos que não trouxeram uma única contribuição positiva para os brasileiros.
Na verdade, esse período todo pós-2016 tornou-se uma grande bagunça. Os retrocessos de Michel Temer, este sim um dos mentores do golpe de 2016, deixaram um triste legado para o país, sobretudo no âmbito trabalhista. Bolsonaro pegou o caminho asfaltado pelo antecessor e se manteve na sua arrogante, esnobe e preguiçosa omissão em socorrer os brasileiros diante da pandemia da Covid-19.
A prisão de Bolsonaro ocorreu dias depois de, na Itália, a ex-deputada Carla Zambelli foi presa. E, dentro desse reacionarismo atroz, temos o deputado Nikolas Ferreira como articulador da juventude reaça que, no último domingo, 03 de agosto, se reuniu em várias capitais brasileiras para tentar salvar Bolsonaro e bradar contra o Supremo Tribunal Federal e o governo Lula (que merece críticas, mas estas deveriam sair do lugar comum das narrativas bolsonaristas).
Bolsonaro tornou-se tão ridículo que seu apelido era "Bozo", por ele estar mais para um palhaço animador de reaças nas redes sociais. É até surreal que Bolsonaro tenha conseguido virar presidente da República, pois não há motivo algum para tamanha desventura. Só mesmo um país infantilizado para aceitar encarar quatro anos com essa nulidade humana.
A polarização está fazendo mal ao Brasil. Tivemos o pesadelo de Bolsonaro e agora temos o sonho de Lula. O Domingo Maior contra a Sessão da Tarde. À margem disso, a realidade que grita, mas esse grito é abafado pela rinha política entre lulistas e bolsonaristas, que fazem o Brasil ficar na zona de conforto desta verdadeira bipolaridade sociopolítica. Triste.

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