MARCELA TEMER E SEU AVÔ...QUER DIZER, MARIDO.
A patética votação do Congresso Nacional pelo impeachment de Dilma Rousseff é um fato peculiar.
Não pelo seu valor histórico de resgate da democracia.
Mas pelo poder de pressão de uma patética elite reacionária, que não conseguiu eleger o candidato de sua preferência em 2014.
Tinha todo o tempo para dizer que Marina Silva ou Aécio Neves seriam melhores que Dilma Rousseff.
Aí fizeram toda a malcriação que conhecemos e Dilma Rousseff corre o risco de ficar fora do poder.
Vamos dispensar o caso político e focalizar na futura primeira-dama, Marcela Temer.
Que tem idade para ser neta do futuro titular da República, Michel Temer.
A situação mudou bastante em relação ao modo das esquerdas médias verem o casal.
Marcela Temer tinha uma reputação de "emancipada" como se fosse uma Jacqueline Kennedy da centro-esquerda brasileira.
De graça, o marido Michel era tratado como se fosse um novo Juscelino Kubitschek apenas pelo atrativo da bela e jovem esposa.
Não dava para entender por que, mas era isso que se expressava.
Hoje, como Michel Temer virou traidor, não da esposa, mas da parceira Dilma Rousseff (que por sua vez está solteira, mas isso não vem ao caso), as esquerdas mudaram o enfoque.
E o gancho da vez é a reportagem de Veja sobre Marcela, intitulada "Bela, recatada e do lar".
Marcela é descrita como uma mulher que quase não aparece, vive à sombra do marido, usa saias na altura do joelho e se submete aos compromissos de mãe e de esposa de um líder político.
A Veja foi duramente atacada por esse texto, classificado como machista e retrógrado.
Em se tratando de um veículo como Veja, isso é esperado. Veja é retrógrada, reacionária e sua maior frustração é não viver nos tempos da República Velha.
A revista queria contrapor à figura valente de Dilma Rousseff uma jovem moça, casada com um homem mais velho e sisudo e cumpridora dos estereótipos da mulher submissa.
Evidentemente, reações vieram e uma série de memes irônicos foram lançadas por mulheres famosas que ironicamente puseram o título "Bela, recatada e do lar".
O problema é que o "funk", o "Cabo Anselmo" do momento, também pegou carona nesses protestos.
As mulheres-frutas e funqueiras em geral também se autopromoveram no protesto.
Mas o "funk" é machista e essas mulheres ficam felizes em fazer o papel de objetos sexuais.
Algumas mulheres-frutas chegam mesmo a exibir seus corpos como se fossem carne de rua ou mercadoria em promoção.
E, pasmem, se acham feministas. O que é um grande equívoco.
Elas são machistas, apenas cometem misandria, tentando desvincular-se da sombra de um namorado ou marido.
A diferença é que elas representam o machismo recreativo, não o machismo doméstico.
Só o fato das funqueiras, mulheres-frutas e similares não representarem a imagem de "recatadas rainhas do lar" não significa que elas sejam feministas.
Elas não vão dizer que são machistas.
Mas fazem o jogo machista de se exporem como mercadorias em liquidação.
Com corpos exagerados mostrados até sob temperaturas frias ou em contextos mais comportados.
Vemos um Brasil ainda patriarcalista, de um machismo em dois sabores.
Um machismo comportado, que doma mulheres que poderiam ser emancipadas.
Um machismo mais atrevido, que libera mulheres que seguem a receita da coisificação e do erotismo troglodita.
E será esse Brasil a ser governado por um sinistro advogado e cúmplice do tenebroso presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ambos envolvidos nas tramas para derrubar Dilma.
Michel Temer, com sua esposa-neta forçadamente reduzida a uma princesa recatada e submissa de velhas novelas aristocráticas.
Eduardo Cunha, o vice do futuro governo Temer, com sua esposa Cláudia Cruz, outrora uma jornalista atraente de olhares impactuantes, hoje mulher de um delinquente político que adora rasurar e rasgar a Constituição de 1988.
Um país patriarcalista em que a emancipação feminina tem que ser feita sob a sombra de um marido que controle a esposa quando ela "avança demais" no seu perfil intelectualizado e independente.
Um país que só libera as mulheres a serem "solteiríssimas" quando elas seguem o roteiro machista, exibindo seus corpos como produtos em "queima de estoque" e cometendo gafes quando falam de alguma figura intelectual conhecida.
Um Brasil conservador e retrógrado, que está em crise.
Uma crise que uma considerável parcela de brasileiros não percebe que existe. E arruma desculpas para "provar" essa "inexistência".
O consolo é ver Marcela Temer virando o "colírio dos olhos" durante as cerimônias com a participação do futuro presidente. Só que não dá para transformar Marcela Temer na "namoradinha do Brasil". Afinal, ela é casada, e seu marido, poderoso.
A patética votação do Congresso Nacional pelo impeachment de Dilma Rousseff é um fato peculiar.
Não pelo seu valor histórico de resgate da democracia.
Mas pelo poder de pressão de uma patética elite reacionária, que não conseguiu eleger o candidato de sua preferência em 2014.
Tinha todo o tempo para dizer que Marina Silva ou Aécio Neves seriam melhores que Dilma Rousseff.
Aí fizeram toda a malcriação que conhecemos e Dilma Rousseff corre o risco de ficar fora do poder.
Vamos dispensar o caso político e focalizar na futura primeira-dama, Marcela Temer.
Que tem idade para ser neta do futuro titular da República, Michel Temer.
A situação mudou bastante em relação ao modo das esquerdas médias verem o casal.
Marcela Temer tinha uma reputação de "emancipada" como se fosse uma Jacqueline Kennedy da centro-esquerda brasileira.
De graça, o marido Michel era tratado como se fosse um novo Juscelino Kubitschek apenas pelo atrativo da bela e jovem esposa.
Não dava para entender por que, mas era isso que se expressava.
Hoje, como Michel Temer virou traidor, não da esposa, mas da parceira Dilma Rousseff (que por sua vez está solteira, mas isso não vem ao caso), as esquerdas mudaram o enfoque.
E o gancho da vez é a reportagem de Veja sobre Marcela, intitulada "Bela, recatada e do lar".
Marcela é descrita como uma mulher que quase não aparece, vive à sombra do marido, usa saias na altura do joelho e se submete aos compromissos de mãe e de esposa de um líder político.
A Veja foi duramente atacada por esse texto, classificado como machista e retrógrado.
Em se tratando de um veículo como Veja, isso é esperado. Veja é retrógrada, reacionária e sua maior frustração é não viver nos tempos da República Velha.
A revista queria contrapor à figura valente de Dilma Rousseff uma jovem moça, casada com um homem mais velho e sisudo e cumpridora dos estereótipos da mulher submissa.
Evidentemente, reações vieram e uma série de memes irônicos foram lançadas por mulheres famosas que ironicamente puseram o título "Bela, recatada e do lar".
O problema é que o "funk", o "Cabo Anselmo" do momento, também pegou carona nesses protestos.
As mulheres-frutas e funqueiras em geral também se autopromoveram no protesto.
Mas o "funk" é machista e essas mulheres ficam felizes em fazer o papel de objetos sexuais.
Algumas mulheres-frutas chegam mesmo a exibir seus corpos como se fossem carne de rua ou mercadoria em promoção.
E, pasmem, se acham feministas. O que é um grande equívoco.
Elas são machistas, apenas cometem misandria, tentando desvincular-se da sombra de um namorado ou marido.
A diferença é que elas representam o machismo recreativo, não o machismo doméstico.
Só o fato das funqueiras, mulheres-frutas e similares não representarem a imagem de "recatadas rainhas do lar" não significa que elas sejam feministas.
Elas não vão dizer que são machistas.
Mas fazem o jogo machista de se exporem como mercadorias em liquidação.
Com corpos exagerados mostrados até sob temperaturas frias ou em contextos mais comportados.
Vemos um Brasil ainda patriarcalista, de um machismo em dois sabores.
Um machismo comportado, que doma mulheres que poderiam ser emancipadas.
Um machismo mais atrevido, que libera mulheres que seguem a receita da coisificação e do erotismo troglodita.
E será esse Brasil a ser governado por um sinistro advogado e cúmplice do tenebroso presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ambos envolvidos nas tramas para derrubar Dilma.
Michel Temer, com sua esposa-neta forçadamente reduzida a uma princesa recatada e submissa de velhas novelas aristocráticas.
Eduardo Cunha, o vice do futuro governo Temer, com sua esposa Cláudia Cruz, outrora uma jornalista atraente de olhares impactuantes, hoje mulher de um delinquente político que adora rasurar e rasgar a Constituição de 1988.
Um país patriarcalista em que a emancipação feminina tem que ser feita sob a sombra de um marido que controle a esposa quando ela "avança demais" no seu perfil intelectualizado e independente.
Um país que só libera as mulheres a serem "solteiríssimas" quando elas seguem o roteiro machista, exibindo seus corpos como produtos em "queima de estoque" e cometendo gafes quando falam de alguma figura intelectual conhecida.
Um Brasil conservador e retrógrado, que está em crise.
Uma crise que uma considerável parcela de brasileiros não percebe que existe. E arruma desculpas para "provar" essa "inexistência".
O consolo é ver Marcela Temer virando o "colírio dos olhos" durante as cerimônias com a participação do futuro presidente. Só que não dá para transformar Marcela Temer na "namoradinha do Brasil". Afinal, ela é casada, e seu marido, poderoso.
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