GLENN GREENWALD, JORNALISTA E ADVOGADO ESTADUNIDENSE.
A grande mídia brasileira é patética.
Ela se acha mais informada que a imprensa estrangeira.
Seus panfletários comentaristas, dotados de histeria descomunal, acusam os jornalistas estrangeiros de promoverem uma "péssima imagem" para o Brasil, suas leis e suas instituições.
Sim, uma categoria que tem uma Eliane Cantanhede festejando com euforia a votação pelo impeachment de Dilma Rousseff se acha com a razão das razões.
Se sentem ofendidos quando se fala que o impeachment é um golpe. Um golpe jurídico-midiático.
Acham que o impedimento é "constitucional";
O impeachment é previsto pela Constituição. Mas não da forma como a turma de Gilmar Mendes, Michel Temer e Eduardo Cunha quer que seja feito, baseada em fofocas de gente que faz oposição rancorosa a Dilma.
Da forma como se quer fazer, é golpe, sim.
Na imprensa estrangeira, profissionais conceituados estranharam a realização da votação e a abertura do processo.
Eles, que ainda praticam o jornalismo investigativo, atividade em extinção no Brasil, não conseguem ver motivos sólidos para Dilma Rousseff ser expulsa do poder.
Glenn Greenwald é um deles, famoso por entrevistar Edward Snowden, ex-colaborador da CIA que revelou os bastidores do órgão.
Glenn tem passagens no Washington Post e no britânico The Guardian, e é também um advogado especializado em Direito Constitucional.
Portanto, não é um moleque despejando opiniões enfurecidas sob o pretexto de "liberdade de informação".
Trata-se de um jornalista sério, que está comprometido tão somente com a honestidade e precisão da informação, questionando fatos e rumores visando atingir tal finalidade.
É vergonhoso ver que, na imprensa brasileira, "jornalista mesmo" é um Kim Kataguiri, que escreve mal e informa pior ainda. Quer dizer, deforma e desinforma.
Vindos de fora, jornalistas estrangeiros sérios perguntam que critérios foram feitos para permitir que se abra um processo contra uma presidenta, sem que supostas acusações fossem realmente apuradas.
E aí a mídia brasileira não gosta.
Diz que os jornalistas estão "desmoralizando o país", promovendo "uma imagem negativa do Brasil".
Não, não estão.
Jornalistas sérios apuram os fatos, observam, perguntam, questionam.
Os jornalistas brasileiros, em sua maioria, querem apenas "vender notícia".
Um exemplo aberrante foi o "desencontro" noticioso entre a premiação do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, como "prefeito empreendedor", e as lojas fechadas na mesma cidade fluminense.
Os mesmos veículos noticiosos publicavam as duas notícias sem estabelecer uma conexão entre elas.
Ninguém questiona.
As lojas de Niterói se fecham aos montes, transformando a antiga capital do Estado do Rio de Janeiro numa "cidade-fantasma".
Depois, o prefeito é premiado por um suposto projeto de empreendedorismo, feito para "aquecer a economia" e "estimular os negócios" e ninguém questiona.
Sob a desculpa da objetividade, veicula-se notícias de forma "neutra", mas sem analisar nem questionar.
E, mesmo sendo jornalistas diferentes, não há sequer um diálogo crítico entre as diferentes notícias.
As lojas se fecham em Niterói, o prefeito ganha prêmio de empreendedorismo e todos vão dormir tranquilos ignorando o abismo de coerência fatual entre as duas notícias.
Esse é o jornalismo que se faz no país. E que berra aos brasileiros que a imprensa estrangeira, questionadora e investigativa, está "acabando com a imagem do Brasil".
É típico no Brasil. Aqui, a grande mídia lança mentiras e as promove como verdades absolutas, mesmo que elas sejam válidas somente em território nacional.
Vide o suposto sucesso de Wesley Safadão no exterior. Aqui ele virou "cidadão do mundo", mas lá fora ele apenas se apresentou em inexpressivas casas noturnas para um bando de imigrantes e turistas brasileiros.
A mentira foi tal que a "façanha histórica" morreu na praia e ninguém mais falou no assunto.
Como Michel Teló, que foi dormir como pretenso cidadão do mundo e acordou como um ídolo exclusivamente brasileiro que teve que cancelar apresentações por falta de público.
A grande mídia brasileira olha para o umbigo. E pensa que está sintonizada com o mundo.
Na verdade, é ela que promove a má imagem do Brasil. E da própria imprensa.
É a má imagem do ódio, da bravata, do opinionismo irresponsável, do denuncismo barato.
Daí que essa grande imprensa decai, se desgasta, perde público.
Mesmo diante de um contexto de intensa e violenta oposição ao PT, Lula e Dilma.
Mesmo que os petistas caiam para valer, a grande mídia não poderá comemorar direito.
Ela será derrotada como algoz, antes da festa acabar.
Tudo por conta de seu modo rancoroso e desonesto de fazer jornalismo.
Se é que pode-se chamar isso de jornalismo.
A grande mídia brasileira é patética.
Ela se acha mais informada que a imprensa estrangeira.
Seus panfletários comentaristas, dotados de histeria descomunal, acusam os jornalistas estrangeiros de promoverem uma "péssima imagem" para o Brasil, suas leis e suas instituições.
Sim, uma categoria que tem uma Eliane Cantanhede festejando com euforia a votação pelo impeachment de Dilma Rousseff se acha com a razão das razões.
Se sentem ofendidos quando se fala que o impeachment é um golpe. Um golpe jurídico-midiático.
Acham que o impedimento é "constitucional";
O impeachment é previsto pela Constituição. Mas não da forma como a turma de Gilmar Mendes, Michel Temer e Eduardo Cunha quer que seja feito, baseada em fofocas de gente que faz oposição rancorosa a Dilma.
Da forma como se quer fazer, é golpe, sim.
Na imprensa estrangeira, profissionais conceituados estranharam a realização da votação e a abertura do processo.
Eles, que ainda praticam o jornalismo investigativo, atividade em extinção no Brasil, não conseguem ver motivos sólidos para Dilma Rousseff ser expulsa do poder.
Glenn Greenwald é um deles, famoso por entrevistar Edward Snowden, ex-colaborador da CIA que revelou os bastidores do órgão.
Glenn tem passagens no Washington Post e no britânico The Guardian, e é também um advogado especializado em Direito Constitucional.
Portanto, não é um moleque despejando opiniões enfurecidas sob o pretexto de "liberdade de informação".
Trata-se de um jornalista sério, que está comprometido tão somente com a honestidade e precisão da informação, questionando fatos e rumores visando atingir tal finalidade.
É vergonhoso ver que, na imprensa brasileira, "jornalista mesmo" é um Kim Kataguiri, que escreve mal e informa pior ainda. Quer dizer, deforma e desinforma.
Vindos de fora, jornalistas estrangeiros sérios perguntam que critérios foram feitos para permitir que se abra um processo contra uma presidenta, sem que supostas acusações fossem realmente apuradas.
E aí a mídia brasileira não gosta.
Diz que os jornalistas estão "desmoralizando o país", promovendo "uma imagem negativa do Brasil".
Não, não estão.
Jornalistas sérios apuram os fatos, observam, perguntam, questionam.
Os jornalistas brasileiros, em sua maioria, querem apenas "vender notícia".
Um exemplo aberrante foi o "desencontro" noticioso entre a premiação do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, como "prefeito empreendedor", e as lojas fechadas na mesma cidade fluminense.
Os mesmos veículos noticiosos publicavam as duas notícias sem estabelecer uma conexão entre elas.
Ninguém questiona.
As lojas de Niterói se fecham aos montes, transformando a antiga capital do Estado do Rio de Janeiro numa "cidade-fantasma".
Depois, o prefeito é premiado por um suposto projeto de empreendedorismo, feito para "aquecer a economia" e "estimular os negócios" e ninguém questiona.
Sob a desculpa da objetividade, veicula-se notícias de forma "neutra", mas sem analisar nem questionar.
E, mesmo sendo jornalistas diferentes, não há sequer um diálogo crítico entre as diferentes notícias.
As lojas se fecham em Niterói, o prefeito ganha prêmio de empreendedorismo e todos vão dormir tranquilos ignorando o abismo de coerência fatual entre as duas notícias.
Esse é o jornalismo que se faz no país. E que berra aos brasileiros que a imprensa estrangeira, questionadora e investigativa, está "acabando com a imagem do Brasil".
É típico no Brasil. Aqui, a grande mídia lança mentiras e as promove como verdades absolutas, mesmo que elas sejam válidas somente em território nacional.
Vide o suposto sucesso de Wesley Safadão no exterior. Aqui ele virou "cidadão do mundo", mas lá fora ele apenas se apresentou em inexpressivas casas noturnas para um bando de imigrantes e turistas brasileiros.
A mentira foi tal que a "façanha histórica" morreu na praia e ninguém mais falou no assunto.
Como Michel Teló, que foi dormir como pretenso cidadão do mundo e acordou como um ídolo exclusivamente brasileiro que teve que cancelar apresentações por falta de público.
A grande mídia brasileira olha para o umbigo. E pensa que está sintonizada com o mundo.
Na verdade, é ela que promove a má imagem do Brasil. E da própria imprensa.
É a má imagem do ódio, da bravata, do opinionismo irresponsável, do denuncismo barato.
Daí que essa grande imprensa decai, se desgasta, perde público.
Mesmo diante de um contexto de intensa e violenta oposição ao PT, Lula e Dilma.
Mesmo que os petistas caiam para valer, a grande mídia não poderá comemorar direito.
Ela será derrotada como algoz, antes da festa acabar.
Tudo por conta de seu modo rancoroso e desonesto de fazer jornalismo.
Se é que pode-se chamar isso de jornalismo.
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