NO RIO DE JANEIRO, PESSOAS SOBEM EM UM MURO PARA FUGIR DO ALAGAMENTO NO JARDIM BOTÂNICO. Depois do temporal que atingiu o Grande Rio, o prefeito da ex-Cidade Maravilhosa, Marcello Crivella, passou a ser o culpado do momento. Sem querer defender a figura do prefeito, mas ele tornou-se o bode expiatório da ocasião. Afinal, o problema é longo e vem do descaso que o Rio de Janeiro tem com seu ambiente. Vem de muitas décadas, mas que piorou consideravelmente após a onda de pragmatismo que arrasou o Rio de Janeiro, na década de 1990. Foi aí que cariocas e fluminenses passaram a ter o hábito de se contentar com pouco e esquecer seus próprios problemas. Passou a ter uma inclinação para baixar a qualidade de sua cultura, de seu urbanismo, de sua mobilidade urbana, e até do comportamento padrão da rapaziada, por vezes conformista, por outros agressivo. É aquela utopia pragmática: menos qualidade, mais resultado. Como se, piorando as coisas, se mantém apenas o básico, para traze...