JOVENS DESPERDIÇANDO SEU DIREITO DE ESCOLHA APOSTANDO NA "DEMOCRACIA DE UM HOMEM SÓ" DE LULA.
Um levantamento do Índice Datrix dos Presidenciáveis divulgou dados de agosto último, apontando a liderança do presidente Lula no engajamento das redes sociais. Lula teve um aumento de 55% em relação a julho e ocupa o primeiro lugar, com 24,39 pontos. Já Michelle Bolsonaro, um dos nomes da direita brasileira, cai 53%< estando com 18,80 pontos. Ciro Gomes foi um dos que mais cresceram, indo do sexto para o segundo lugar (verificar os pontos).
Lula tornou-se o candidato predileto da “nação Instagram/Tik Tok”. Virou o político preferido da elite “legal” que domina as narrativas nas redes sociais. E isso acontece num contexto bastante complicado em que uma parcela abastada da sociedade aposta em Lula como fiador de um desejo insano de dominar o mundo.
Vemos começar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de envolvimento em um plano de golpe junto a outros militares. E tem também o inquérito que apura o envolvimento de empresários da Faria Lima com o crime organizado, através do PCC. Só que temos o culturalismo da Era Geisel, com bregalização cultural, obscurantismo religioso, viralatismo e também o fanatismo futebolístico, que tentam se “ressignificar” para o contexto formalmente democrático dos últimos anos.
Não são as classes populares que têm acesso pleno às redes sociais, por dois motivos: falta de dinheiro e falta de tempo. Por isso as narrativas “populares” remetem mais a uma elite abastada fingida, que mesmo com muito dinheiro e acesso pleno a bens de consumo, se faz de pobre para conquistar seguidores. E faz isso usando artifícios tão simples quanto falar português errado, “caprichando” em usar no plural os substantivos do singular.
Nosso país vive uma crise de princípios e, também, o conflito entre uma realidade que as redes sociais não querem mostrar e um mundo paralelo que se impõe em narrativas dominantes, aparentemente em consenso geral entre público e mídia empresarial. Uma narrativa bem construída que não pode ser contrariada, mesmo que através de argumentação consistente.
Estamos tendo problemas em transmitir a realidade, diante do domínio, nas redes sociais, de uma narrativa sonhadora demais, que atende apenas a um interesse de uma classe relativamente grande e variada, mas que demonstra ser uma elite, situada entre o "pobre de novela" ao famoso milionário, passando pela esquerda festiva (woke ou identitária), pela pequena burguesia e por setores da alta burguesia.
Essas narrativas se impõem como se a fantasia exercesse a supremacia sobre o realismo. Um Brasil infantilizado que se autoproclama "amadurecido" e quer mandar no mundo. Uma histeria bastante perigosa, movida pela positividade tóxica e pela euforia sem limites. Uma sensação de uma parcela de brasileiros que acham que podem tudo, sem medir contextos nem condições.
É lamentável que o Brasil esteja se afundando nesse monopólio e fantasia e encantamento. Um país ainda imaturo, se ostentando para o mundo, culturalmente degradado e sem resolver os problemas orgânicos e estruturais. Ver que as narrativas das redes sociais são impostas, brigando com os fatos, é assustador. Uma euforia sem freios, sem limites, tomada de profunda cegueira, de terrível intransigência.
Ser "legal" a qualquer preço e se achar o "dono do mundo". Esse é o contexto, que parece agradável mas é tóxico e muito perigoso, que ilustra o Brasil da fantasia de Lula 3.0 e sua esquerda chapeuzinho vermelho.
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