Pular para o conteúdo principal

POR QUE O BRASIL NÃO MERECE ALCANÇAR O PRIMEIRO MUNDO?

NÃO, MEUS CAROS, MÁRIO FRIAS NÃO INVENTOU A CRISE CULTURAL BRASILEIRA.

O Brasil não merece alcançar o Primeiro Mundo, diante de todos os vícios de uma classe média alienada, atrasada, ensimesmada e que julga a realidade de acordo com o Tribunal do Umbigo.

Não tenho pressa em ver o Brasil melhorar de vez, porque é necessário passar por crises diante de tanta gente prisioneira na areia movediça das zonas de conforto.

Esse também é um outro fator de por que eu NÃO vou votar em Lula, porque ele simplesmente fez errado e tende a fazer um governo muito fraco, associado às alianças conservadoras que, com a certeza do nascer e do pôr do Sol, irão castrar o seu governo.

Já vimos esse "filme" político com Getúlio Vargas, João Goulart e Dilma Rousseff.

Geraldo Alckmin "não é igual" a Michel Temer? Bem, Temer ao menos não realizou uma operação violenta como a que destruiu o bairro de Pinheirinho, em São José dos Campos.

Não confio em falatório, e é fácil Lula dizer que vai preservar todo o seu projeto político, mesmo conversando com quem se opõe severamente a ele.

Estamos num Brasil sofrendo uma crise cultural, uma crise tão forte que faz a nossa classe média, tão "cheia de razão", dizer que essa crise não existe.

E aí criam-se desculpas esfarrapadas. Vejamos:

1) "Muitas vozes, muitas narrativas" - Essa desculpa não vale porque as vozes e as narrativas que prevalecem não são as melhores. É a mediocridade e a estupidez que obtém maior visibilidade, as vozes mais sensatas apenas "existem" e, quando se expressam, repercutem pouco ou de forma negativa;

2) "Há muita diversidade cultural" - Definir esse quadro, como se a cultura fosse um grande megastore onde se pode escolher "tudo de tudo", é uma ilusão, pois o que prevalece é justamente o que há de medíocre, de manjado, ou o que era genial e já foi consagrado no passado.

3) "Há muita gente nova fazendo coisa boa" - Certo, mas esse pessoal nem aparece sequer na segunda nem na terceira ou quarta divisões do mainstream, porque hoje o realmente alternativo virou coisa de alternativo, não aparece sequer na "Isenta Press" dos "imparcialíssimos especialistas" de hoje.

Se existe gente boa, essa gente boa não aparece sequer nas brechas de uma mídia mainstream enrustida, que brinca de ser "alternativa" ou "vanguardista", destas que fala que a "renovação da música brasileira" está nos cantores carneirinhos pós-tropicalistas ou no hip hop mais asséptico.

E o mercado literário? Se temos uma aberração que Franz Kafka não viveu para ver, que é ver nossos jornais impressos serem extintos e nossas editoras desperdiçando papel com "livros para colorir", então a coisa é feia.

Temos que ler o Jornal do Brasil na Internet, perdendo o prazer de ver sua versão impressa.

Em compensação, se a gente falar que "livro para colorir" tem que ser só digital, com serviço de assinatura para baixar arquivo PDF mediante pagamento, a classe média "culta" e "consciente" dá um piripaque.

Permite-se a publicação de livros farsantes, usando os nomes dos mortos ao bel prazer, desde que enfie mensagens cristãs em suas páginas, como se isso aliviasse ou até anulasse o tom hediondo da mentira e da fraude.

Pode-se botar na boca do morto ideias que ele nunca defenderia - como Raul Seixas, em relação ao moralismo medieval do "inimigo de si mesmo" - e o autor farsante pode se esconder numa instituição "espírita" de suposta caridade, naqueles padrões "heroicos" do astro da TV Luciano Huck.

Aí tudo se mantém sob o âmbito da mais absoluta, da mais implacável impunidade.

Culturalmente o Brasil está horrível, e não foi o secretário da Cultura de Jair Bolsonaro, Mário Frias, que inventou a crise cultural.

Quem inventou foi o culturalismo brega-popularesco, que defendeu um modelo de "cultura popular" baseado no viralatismo, na resignação com a pobreza, com as adversidades e com a falta de talento, e fazer uma cultura "qualquer nota", sobretudo musical e comportamental.

E temos que aceitar qualquer porcaria popularesca sob o pretexto do "combate ao preconceito" (ver Esses Intelectuais Pertinentes...).

É assustador que, na campanha presidencial, parte das pessoas que queriam Jair Bolsonaro "na marra", em 2018, agora quer Lula "na marra" em 2022.

Antes era a obsessão pela moralidade, pela eficiência, pela austeridade. Sem saber realmente o que são tais qualidades.

Hoje essas pessoas estão com pressa para o Brasil alcançar o Terceiro Mundo sem passar por estágios que envolvem, por exemplo, o fim da mediocrização e até da imbecilização cultural.

Todos vivem na ilusão do Brasil-Instagram, enquanto há uma "minoria" de brasileiros sofrendo tragédias de todo tipo, dos feminicídios e da violência no campo até tiroteios em favelas e quedas de casas em uma cidade como Petrópolis.

O Brasil-Instagram que publica frases do pavoroso "médium de peruca" sobre "como é maravilhoso sofrer desgraças em toda a vida" - claro, não é a classe média que as sofre - e, nos restaurantes das cidades, joga fora um monte de comida, vai continuar precário e atrasado.

Não há como chegarmos ao Primeiro Mundo, diante da pressa de "querer Lula de qualquer jeito", mesmo que o petista desfile, feito Luma de Oliveira no passado, exibindo uma coleira com o nome de "Geraldo Alckmin" escrito.

O Brasil não merece alcançar o Primeiro Mundo porque está socialmente atrasado.

E, por incrível que pareça, não parte do povo pobre que percebe na carne os problemas orgânicos das adversidades da vida, mas da classe média-medíocre que vive uma vida "cor-de-rosa" nas redes sociais.

É um pessoal que passa pano nos próprios erros - "todo mundo erra, todo mundo tem defeitos" - , constituindo numa "nação de Quenuncas" ("Quenunca" vem de "Quem nunca errou na vida?") e sua carteirada por baixo da mediocridade consentida.

O pessoal preso no entretenimento vazio do Big Brother Brasil, na mediocridade viciada na música popularesca onde até o tal "samba da melhor qualidade" é eufemismo para aquelas rodas de sambrega politicamente correto, mais para "samburguês" e "pagode mauricinho" do que para o samba original.

A mediocridade está em todos os cantos, não há como melhorar isso em quatro anos.

Não dá para implantar o padrão ISO 9000 para "melhorar" a música popularesca ou aumentar as vezes em que as palavras "Jesus", "paz" e "fraternidade" aparecem nas tais psicografakes para tentar dar o tom de "honestidade" e "positivismo" a essas obras farsantes do "Espiritismo de chiqueiro".

Não dá para disfarçar o Brasil-Instagram com a falsa solidariedade lacradora das postagens sobre notícias violentas, arrotando o falso humanismo que não contribui para a real consciência social, pois, uma vez conquistada a lacração, todos vão dormir tranquilos no ilusionismo de sempre.

É tanta hipocrisia, tanta canastrice, tanta mediocridade, tanto vazio intelectual, tanta música popularesca, literatura anestesiante, entretenimento televisivo idiotizado, redes sociais preocupadas com tolices, que não há como desenvolver o Brasil no âmbito meramente econômico.

Ver que, mesmo nas esquerdas, a sociedade da lacração prefere bancar dublê de humorista, atuando na memecracia, em vez de lutar contra a opressão e contra governos como o de Jair Bolsonaro e, antes dele, o de Michel Temer, é assustador.

Ver que um blogue esquerdista como O Ornitorrinco age com grosseria, fazendo coro aos defensores de Lula na obsessão cega de sua vitória, sem o caminho democrático das eleições, é de causar horror.

As esquerdas lulistas minam todo o processo democrático. Declaram Lula previamente eleito enquanto humilham e ofendem os opositores, minando a competição eleitoral antes dela mesma ocorrer.

Isso me envergonha e me fará apagar o número "13" quando eu estiver na cabine de votação.

É tanto horror nesse Brasil que as pessoas deveriam sentir vexame de si próprias.

Talvez se tivéssemos uma sequência de três governos de João Dória Jr. e similares, os brasileiros se despertem da sua mediocridade, diante de um governante medíocre.

Os moradores de rua aumentam, as tragédias ambientais matam mais pessoas, e os feminicídios mostram o quanto arrumar namorados (as) em bares e boates só dá em porcaria, porque o verdadeiro amor conjugal não vale um copo de cerveja.

A sociedade de classe média, "ilustrada" e "conhecedora da verdade", agora se abraça a um Lula rebaixado a um "ursinho de pelúcia do neoliberalismo", dizendo defender o combate à fome, mas jogando um monte de comida no lixo, ao fazer as refeições nos restaurantes.

É preciso alertar para esse Brasil ter um pouco de semancol, conhecer um pouco a miséria que não está nos pobres que vivem nas favelas e nas ruas, mas na "boa sociedade" que vive seu paraíso pessoal e solipsista no Brasil-Instagram das várias plataformas das redes sociais.

Queriam Bolsonaro na pressa de combater a corrupção. Não conseguiram. Agora querem Lula na pressa de obter o progresso. Não conseguirão.

Isso porque a miséria humana está naqueles que cultuam a positividade tóxica, das mensagens de "motivação" e "espiritualismo", da falsa solidariedade aos sofredores da moda, da falsa caridade feita mais para promover o "benfeitor" da hora, enquanto os pobres "são só um detalhe".

E isso discriminando o senso crítico, transformando ambientes acadêmicos, jornalísticos e jurídicos em redutos de passagem de pano, como se aqueles que pudessem avaliar nossa realidade de forma crítica fossem rebaixados a flanelinhas culturais.

Diante de tantos desastres, o Brasil não merece alcançar o Primeiro Mundo e participar do concerto das nações prósperas, porque a "prosperidade" brasileira é apenas um faz-de-conta produzido em série e de maneira incessante no ambiente ilusório das redes sociais.

O Brasil tem que, primeiro, conhecer a sua real miséria existencial, para, assim, pensar em sair dela. Fingir que tudo vai bem ou vai melhorar só deixará nosso país mais miserável.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESQUISISMO E RELATORISMO

As mais recentes queixas a respeito do governo Lula ficam por conta do “pesquisismo”, a mania de fazer avaliações precipitadas do atual mandato do presidente brasileiro, toda quinzena, por vários institutos amigos do petista. O pesquisismo são avaliações constantes, frequentes e que servem mais de propaganda do governo do que de diagnóstico. Pesquisas de avaliação a todo momento, em muitos casos antecipando prematuramente a reeleição de Lula, com projeções de concorrentes aqui e ali, indo de Michelle Bolsonaro a Ciro Gomes. Somente de um mês para cá, as supostas pesquisas de opinião apontavam queda de popularidade de Lula, e isso se deu porque os próprios institutos foram criticados por serem “chapa branca” e deles se foi cobrada alguma objetividade na abordagem, mesmo diante de métodos e processos de pesquisa bastante duvidosos. Mas temos também outro vício do governo Lula, que ninguém fala: o “relatorismo”. Chama-se de relatorismo essa mania de divulgar relatórios fantásticos sobre s...

SIMBOLOGIA IRÔNICA

  ACIMA, A REVOLTA DE OITO DE JANEIRO EM 2023, E, ABAIXO, O MOVIMENTO DIRETAS JÁ EM 1984. Nos últimos tempos, o Brasil vive um período surreal. Uma democracia nas mãos de um único homem, o futuro de nosso país nas mãos de um idoso de 80 anos. Uma reconstrução em que se festeja antes de trabalhar. Muita gente dormindo tranquila com isso tudo e os negacionistas factuais pedindo boicote ao pensamento crítico. Duas simbologias irônicas vêm à tona para ilustraresse país surrealista onde a pobreza deixou de ser vista como um problema para ser vista como identidade sociocultural. Uma dessas simbologias está no governo Lula, que representa o ideal do “milagre brasileiro” de 1969-1974, mas em um contexto formalmente democrático, no sentido de ninguém ser punido por discordar do governo, em que pese a pressão dos negacionistas factuais nas redes sociais. Outra é a simbologia do vandalismo do Oito de Janeiro, em 2023, em que a presença de uma multidão nos edifícios da Praça dos Três Poderes, ...

A PRISÃO DE MC POZE E O VELHO VITIMISMO DO “FUNK”

A prisão do funqueiro e um dos precursores do trap brasileiro, o carioca MC Poze do Rodo, na madrugada de ontem no Rio de Janeiro, reativou mais uma vez o discurso vitimista que o “funk” utiliza para se promover. O funqueiro, cujo nome de batismo é Marlon Brandon Coelho Couto Silva, e que já deixou a Delegacia de Repressão a Entorpecentes para ir a um presídio no bairro carioca de Benfica, tem entre o público da Geração Z e das esquerdas identitárias a reputação que Renato Russo teve entre o público de rock dos anos 1980, embora o MC não tenha 0,000001% do talento, pois se envolve em um ritmo marcado pela mais profunda precarização artístico-cultural. No entanto, MC Poze do Rodo foi detido por acusações de apologia ao crime organizado, ao porte ilegal de armas e à violência. Em várias vezes, Poze aparecia com armas nas fotos das redes sociais, o que poderia sugerir um funqueiro bolsonarista em potencial. A polícia do Rio de Janeiro enviou o seguinte comunicado:: “De acordo com as inves...

O ATRASO CULTURAL OCULTO DA GERAÇÃO Z

Fico pasmo quando leio pessoas passando pano no culturalismo pós-1989, em maioria confuso e extremamente pragmático, como se alguém pudesse ver uma espessa cabeleira em uma casca de um ovo. Não me considero careta e, apesar dos meus 54 anos de idade, prefiro ir a um Lollapalooza do que a um baile de gala. Tenho uma bagagem cultural maior do que mimha idade sugere, pelas visões de mundo que tenho, até parece que sou um cidadão mediano de 66 anos. Mas minha jovialidade, por incrível que pareça, está mais para um rapazinho de 26 anos. Dito isso, me preocupa a existência de ídolos musicais confusos, que atiram para todos os lados, entre um roquinho mais pop e um som dançante mais eroticamente provocativo, e no meio do caminho entre guitarras elétricas e sintetizadores, há momentos pretensamente acústicos. Nem preciso dizer nomes, mas a atual cena pop é confusa, pois é feita por uma geração que ouviu ao mesmo tempo Madonna e AC/DC, Britney Spears e Nirvana, Backstreet Boys e Soundgarden. Da...

LÉO LINS E A DECADÊNCIA DE HUMORISTAS E INFLUENCIADORES

LÉO LINS, CONDENADO A OITO ANOS DE PRISÃO E MULTA DE MAIS DE R$ 300 MIL POR CONTA DE PIADAS OFENSIVAS. Na semana passada, a Justiça Federal, através da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, condenou o humorista Léo Lins a oito anos de prisão, três deles em regime inicialmente fechado, e multa no valor de R$ 306 mil por fazer piadas ofensivas contra grupos minoritários.  Só para sentir a gravidade do caso, uma das piadas sugere uma sutil apologia ao feminicídio: "Feminista boa é feminista calada. Ou morta". Em outra piada machista, Léo disse: "Às vezes, a mulher só entende no tapa. E se não entender, é porque apanhou pouco". Léo também fez piadas agredindo negros, a comunidade LGBTQIA+, pessoas com HIV, indígenas, evangélicos, pessoas com deficiência, obesos e nordestinos, entre outros. O vídeo que inspirou a elaboração da sentença foi o espetáculo Perturbador, um vídeo gravado em 2022 no qual Léo faz uma série de comentários ofensivos. Os defensores de Léo dizem qu...

ELITE DO BOM ATRASO PIROU NAS REDES SOCIAIS

A BURGUESIA DE CHINELOS NÃO QUER OUTRO CANDIDATO EM 2026. SÓ QUER LULA. A elite do bom atraso, a “frente ampla” social que vai do “pobre de novela” - tipo que explicaremos em outra postagem - ao famoso muito rico, mas que inclui também a pequena burguesia e a parcela “legal” da alta burguesia, enlouqueceu nas redes sociais, exaltando o medíocre governo Lula e somente desejando ele para a Presidência da República na próxima eleição. Preso a estereótipos que deixaram de fazer sentido na realidade, como governar para os pobres e deixar a classe média abastada em segundo plano, Lula na prática expressa um peleguismo que é facilmente reconhecido por proletários, camponeses, sem-teto e servidores públicos, que veem o quanto o presidente “quer, mas não quer muito” trabalhar para o bem-estar dos brasileiros. Lula tem como o maior de seus inúmeros erros o de tratar a reconstrução do Brasil como se fosse uma festa. Esse problema, é claro, não é percebido pela delirante elite do bom atraso que, h...

GOVERNO LULA AGRAVA SUA CRISE

INDICADO POR LULA PARA O BANCO CENTRAL, GABRIEL GALÍPOLO PREFERIU MANTER OS JUROS ALTOS "POR MUITO TEMPO". Enquanto o governo Lula limita gastos mensais com universidades federais, a farra das ONGs nas ditas “emendas parlamentares” é de R$ 274 milhões. Na viagem para a China, Lula é acusado de gastar café com valor equivalente a R$ 56 e de conprar um terno no valor equivalente a R$ 850. Quanto às universidades públicas, a renomada Academia Brasileira de Ciências acusa o governo Lula de desmontar as instituições de ensino superior público através desses cortes financeiros. Lulistas blindam Janja quando ela quebrou o protocolo da conversa entre o marido e o presidente chinês Xi Jinping, para falar de sua preocupação com o Tik Tok. Em compensação, Lula não cumpriu a promessa de implantar o Plano Nacional de Transição Energética, que iria tirar o Brasil da dependência de combustível fóssil. Mas o presidente ainda quer devastar a Amazônia Equatorial para extrair mais petróleo. Lul...

QUANDO A CAPRICHO QUER PARECER A ROCK BRIGADE

Até se admite que o departamento de Jornalismo das rádios comerciais ditas “de rock” é esforçado e tenta mostrar serviço. Mas nem de longe isso pode representar um diferencial para as tais “rádios rock”, por mais que haja alguma competência no trabalho de seus repórteres. A gente vê o contraste que existe nessas rádios. Na programação diária, que ocupa a manhã, a tarde e o começo da noite, elas operam como rádios pop convencionais, por mais que a vinheta estilo “voz de sapo” tente coaxar a palavra “rock”. O repertório é hit-parade, com medalhões ou nomes comerciais, e nem de longe oferecem o básico para o público iniciante de rock. Para piorar, tem aquele papo furado de que as “rádios rock” não tocam só os “clássicos”, mas também as “novidades”. Papo puramente imbecil. É aquela coisa da padaria dizer que não vende somente salgados, mas também os doces. Que diferença isso faz? O endeusamento, ou mesmo as passagens de pano, da imprensa especializada às rádios comerciais “de rock” se deve...

A ILUSÃO DE QUERER PARECER O “MAIS LEGAL DO PLANETA”

Um dos legados do Brasil de Lula 3.0 está na felicidade tóxica de uma parcela de privilegiados. A obsessão de uns poucos bem-nascidos em parecer “gente legal”, em atrair apoio social, os faz até manipular a carteirada para cima e para baixo, entre um sentimento de orgulho aqui e uma falsa modéstia ali, sempre procurando mascarar a hipocrisia que não consegue se ocultar nas mentes dessas pessoas. Com a patrulha dos negacionistas factuais, “isentões” designados para promover o boicote ao pensamento crítico nas redes sociais, a “boa” sociedade que é a elite do bom atraso precisa parecer, aos olhos dos outros, as mais positivas possíveis, daí o esforço desesperado para criar um ambiente de conformidade e até de conformismo, sobretudo pela perigosa ilusão de acreditar que o futuro do Brasil será conduzido por um idoso de 80 anos. Quando ouvimos falar de períodos de supostas regeneração e glorificação do “povo brasileiro”, nos animamos no primeiro momento, achando que agora o Brasil será a n...

APOIO DAS ESQUERDAS AO "FUNK" ABRIU CAMINHO PARA O GOLPE DE 2016

MC POZE DO RODO, COM SEU CARRO LAMBORGHINI AVALIADO EM TRÊS MILHÕES DE REAIS. A choradeira das esquerdas médias diante da prisão de MC Poze do Rodo tenta reviver um hábito contraído há 20 anos, quando o esquerdismo passou a endossar o discurso fabricado pela Rede Globo e pela Folha de São Paulo para "socializar" o "funk", um dos ritmos do comercialismo brega-popularesco que passou a blindar por uma elite de intelectuais sob inspiração do antigo IPES-IBAD, só que sob uma retórica "pós-tropicalista". A revolta contra a prisão do funqueiro e alegações clichês como "criminalização da cultura" e "realidade da favela" feita por parlamentares e jornalistas da mídia esquerdista se tornam bastante vergonhosas e, em muitos casos, descontextualizada com a real preocupação com as classes pobres da vida real, que em nenhum momento são representadas ou se identificam com o "funk" ou o trap. O "funk" e o trap apenas falam sobre o ...