HUMILHADO PELAS ELITES BRASILEIRAS, LULA É UM LÍDER POLÍTICO MUITO RESPEITADO NO MUNDO INTEIRO.
A notícia de que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva recebeu, na quinta-feira passada (03 de outubro), o título de Cidadão Honorário de Paris, é uma digna homenagem ao grande líder político.
Lula realizou progressos bastante promissores para os brasileiros. Esses progressos estavam no começo, mas se tivessem tido continuidade, teriam colocado o Brasil no time dos desenvolvidos.
Mas aí tivemos o golpe político e sabemos como aconteceu.
A semana em que Lula recebeu o título e alguns dias anteriores e posteriores mostram a crise desse golpe que, no entanto, soa como uma comédia Balança Mas Não Cai da política brasileira.
É crise atrás de crise, mas os políticos golpistas não caem.
Mas há incidentes que mostram que a decadência é uma realidade.
No último 25 de setembro, apoiadores de Jair Bolsonaro pediram a CPI da Lava Toga, indignados com os rumos das investigações do Supremo Tribunal Federal sobre as suspeitas da Operação Lava Jato.
Os bolsomínions se reuniram em Brasília, em quantidade pequena, e pediam intervenção militar.
Eles tiveram o desejo atendido, da pior maneira. Foram reprimidos pela polícia, com cassetetes e bombas de efeito moral.
Foi uma grande ironia, porque os reaças pensavam que, pedindo a intervenção militar, seu peso só seria sentido pelos outros.
A semana foi marcada pela performance da deputada do PSOL paulista, Isa Penna, que irritou os deputados paulistas apoiadores de Bolsonaro. O linque do poema está aqui.
O poema "Sou puta, Sou mulher" não é uma ode à prostituição, dentro daquele mito da "pobreza linda".
"Puta" é, na verdade, um termo usado numa ironia poética, sobre a emancipação feminina que irrita os homens machistas.
O poema foi lido em sessão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, na última quarta-feira (02 de outubro).
É um poema dramático, de autoria de Helena Ferreira, um doloroso manifesto feminista, feito para chamar atenção da sociedade sobre a violência doméstica.
Isa Penna foi interrompida pela deputada Valéria Bolsonaro (PSL), levou bronca do presidente da ALESP, Cauê Macris (PSDB) e foi ameaçada pelo deputado e delegado Douglas Garcia.
O delegado Garcia protocolou um pedido de cassação da deputada do PSOL, por quebra de decoro parlamentar. Os parlamentares bolsonaristas rejeitaram o uso da palavra por ser de "baixo calão", a partir da repreensão de Macris.
Isa Penna escolheu o poema em reação à hipocrisia manifesta nos debates sobre uma proposta do deputado Altair Moraes (REP - Republicanos, antigo PRB), que prejudica os transgêneros na seleção de jogadores para seleções femininas e masculinas, limitando o critério à natureza biológica.
Os debates pediam para que a proposta fosse votada em regime de urgência.
Outra declaração destacada nesses dias foi a do deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiu que houve golpe político.
Ele complementou a declaração de Michel Temer no Roda Viva da TV Cultura. Temer assumiu que houve golpe contra Dilma Rousseff, mas se recusou a assumir a responsabilidade no processo.
Já Rodrigo Maia afirmou, no último sábado (05 de outubro), que Temer foi um dos principais operadores do golpe político.
"Ela ia cair de qualquer jeito, mas operar o processo pensando em cargos futuros pode gerar um governo com dificuldade", disse Maia.
Maia disse ainda que não quis derrubar Michel Temer por "não achar razoável".
Esse é um Brasil complicado, que ainda prepara o leilão do pré-sal e a reforma da Previdência.
Estas duas medidas seriam o golpe final, e a conclusão dos retrocessos sociais.
Vendendo as riquezas e reduzindo os direitos trabalhistas, seja no emprego, seja na aposentadoria, o Brasil afundará numa decadência.
Enquanto isso, as elites pressionarão que Lula não ganhe o Prêmio Nobel da Paz.
Afinal, dando o Nobel da Paz a Lula, realizando, aliás, uma campanha do ganhador do mesmo prêmio de 1980, o arquiteto e ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, que pede a concessão do título ao ex-presidente, as elites brasileiras ficam desmoralizadas.
Elas veem todo o golpismo político, incluindo o desgaste de Sérgio Moro - capa da revista Veja desta semana (09 de outubro de 2019) - e de Deltan Dallagnol, ruir aos poucos.
Tentam salvar as ruínas desse golpismo político e completar seu legado. Moro, em entrevista a Veja, tenta salvar sua pele, desesperadamente e muito apavorado.
As elites ficarão arrasadas com o Nobel da Paz dado a Lula que preferem que o cacique Raoni, figura também respeitável mas, comparativamente, ameaça menos os interesses elitistas - ganhe o Nobel da Paz.
E o Rock In Rio 2019, para completar o período, veio com uma rasgação de seda do apresentador do Multishow China, ex-Sheik Tosado (banda de pop-rock dos anos 1990) ao "funk".
De forma tardia, o "funk" foi homenageado com uma banda, a Funk Orquestra, numa época em que o ritmo carioca muito tardiamente aceitou a figura do músico.
Afinal, o "funk", durante muito tempo, renegou a figura do músico, não aceitava instrumentistas. Hoje os funqueiros aceitam tocar até com músicos de vanguarda, como todo arrivista dotado de posterior oportunismo.
China, com certo exagero, se comoveu com o "baile funk" no Rock In Rio e disse: "Eu sou um entusiasta da música brasileira, eu sou um entusiasta da cultura brasileira".
Então tá. Se reações assim acontecem com um ritmo comercial, compreende-se o ponto de vista de quem acredita nisso, mas a ideia não tem a menor lógica.
Só que esse pessoal não consegue discernir o que é música comercial e música não-comercial, e para essa gente é necessário explicar com cautela, o que não é o propósito desta postagem.
Porém, essa confusão sinaliza uma coisa: o Brasil ainda vai passar por momentos difíceis, mas espera-se que sejam menos difíceis do que o momento bolsonarista que ainda vivemos.
A notícia de que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva recebeu, na quinta-feira passada (03 de outubro), o título de Cidadão Honorário de Paris, é uma digna homenagem ao grande líder político.
Lula realizou progressos bastante promissores para os brasileiros. Esses progressos estavam no começo, mas se tivessem tido continuidade, teriam colocado o Brasil no time dos desenvolvidos.
Mas aí tivemos o golpe político e sabemos como aconteceu.
A semana em que Lula recebeu o título e alguns dias anteriores e posteriores mostram a crise desse golpe que, no entanto, soa como uma comédia Balança Mas Não Cai da política brasileira.
É crise atrás de crise, mas os políticos golpistas não caem.
Mas há incidentes que mostram que a decadência é uma realidade.
No último 25 de setembro, apoiadores de Jair Bolsonaro pediram a CPI da Lava Toga, indignados com os rumos das investigações do Supremo Tribunal Federal sobre as suspeitas da Operação Lava Jato.
Os bolsomínions se reuniram em Brasília, em quantidade pequena, e pediam intervenção militar.
Eles tiveram o desejo atendido, da pior maneira. Foram reprimidos pela polícia, com cassetetes e bombas de efeito moral.
Foi uma grande ironia, porque os reaças pensavam que, pedindo a intervenção militar, seu peso só seria sentido pelos outros.
A semana foi marcada pela performance da deputada do PSOL paulista, Isa Penna, que irritou os deputados paulistas apoiadores de Bolsonaro. O linque do poema está aqui.
O poema "Sou puta, Sou mulher" não é uma ode à prostituição, dentro daquele mito da "pobreza linda".
"Puta" é, na verdade, um termo usado numa ironia poética, sobre a emancipação feminina que irrita os homens machistas.
O poema foi lido em sessão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, na última quarta-feira (02 de outubro).
É um poema dramático, de autoria de Helena Ferreira, um doloroso manifesto feminista, feito para chamar atenção da sociedade sobre a violência doméstica.
Isa Penna foi interrompida pela deputada Valéria Bolsonaro (PSL), levou bronca do presidente da ALESP, Cauê Macris (PSDB) e foi ameaçada pelo deputado e delegado Douglas Garcia.
O delegado Garcia protocolou um pedido de cassação da deputada do PSOL, por quebra de decoro parlamentar. Os parlamentares bolsonaristas rejeitaram o uso da palavra por ser de "baixo calão", a partir da repreensão de Macris.
Isa Penna escolheu o poema em reação à hipocrisia manifesta nos debates sobre uma proposta do deputado Altair Moraes (REP - Republicanos, antigo PRB), que prejudica os transgêneros na seleção de jogadores para seleções femininas e masculinas, limitando o critério à natureza biológica.
Os debates pediam para que a proposta fosse votada em regime de urgência.
Outra declaração destacada nesses dias foi a do deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiu que houve golpe político.
Ele complementou a declaração de Michel Temer no Roda Viva da TV Cultura. Temer assumiu que houve golpe contra Dilma Rousseff, mas se recusou a assumir a responsabilidade no processo.
Já Rodrigo Maia afirmou, no último sábado (05 de outubro), que Temer foi um dos principais operadores do golpe político.
"Ela ia cair de qualquer jeito, mas operar o processo pensando em cargos futuros pode gerar um governo com dificuldade", disse Maia.
Maia disse ainda que não quis derrubar Michel Temer por "não achar razoável".
Esse é um Brasil complicado, que ainda prepara o leilão do pré-sal e a reforma da Previdência.
Estas duas medidas seriam o golpe final, e a conclusão dos retrocessos sociais.
Vendendo as riquezas e reduzindo os direitos trabalhistas, seja no emprego, seja na aposentadoria, o Brasil afundará numa decadência.
Enquanto isso, as elites pressionarão que Lula não ganhe o Prêmio Nobel da Paz.
Afinal, dando o Nobel da Paz a Lula, realizando, aliás, uma campanha do ganhador do mesmo prêmio de 1980, o arquiteto e ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, que pede a concessão do título ao ex-presidente, as elites brasileiras ficam desmoralizadas.
Elas veem todo o golpismo político, incluindo o desgaste de Sérgio Moro - capa da revista Veja desta semana (09 de outubro de 2019) - e de Deltan Dallagnol, ruir aos poucos.
Tentam salvar as ruínas desse golpismo político e completar seu legado. Moro, em entrevista a Veja, tenta salvar sua pele, desesperadamente e muito apavorado.
As elites ficarão arrasadas com o Nobel da Paz dado a Lula que preferem que o cacique Raoni, figura também respeitável mas, comparativamente, ameaça menos os interesses elitistas - ganhe o Nobel da Paz.
E o Rock In Rio 2019, para completar o período, veio com uma rasgação de seda do apresentador do Multishow China, ex-Sheik Tosado (banda de pop-rock dos anos 1990) ao "funk".
De forma tardia, o "funk" foi homenageado com uma banda, a Funk Orquestra, numa época em que o ritmo carioca muito tardiamente aceitou a figura do músico.
Afinal, o "funk", durante muito tempo, renegou a figura do músico, não aceitava instrumentistas. Hoje os funqueiros aceitam tocar até com músicos de vanguarda, como todo arrivista dotado de posterior oportunismo.
China, com certo exagero, se comoveu com o "baile funk" no Rock In Rio e disse: "Eu sou um entusiasta da música brasileira, eu sou um entusiasta da cultura brasileira".
Então tá. Se reações assim acontecem com um ritmo comercial, compreende-se o ponto de vista de quem acredita nisso, mas a ideia não tem a menor lógica.
Só que esse pessoal não consegue discernir o que é música comercial e música não-comercial, e para essa gente é necessário explicar com cautela, o que não é o propósito desta postagem.
Porém, essa confusão sinaliza uma coisa: o Brasil ainda vai passar por momentos difíceis, mas espera-se que sejam menos difíceis do que o momento bolsonarista que ainda vivemos.
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