O MOVIMENTO RENOVA BR, VOLTADO AO NEOLIBERALISMO SOCIAL.
A logística do golpe político de 2016 pode estar fazendo o bolsonarismo se desgastar mas dificilmente deixará as esquerdas retomarem o poder.
Por isso é que a agenda de retrocessos econômicos tem pressa para ser resolvida, para que assim Jair Bolsonaro seja descartado da mesma maneira que foi Michel Temer.
As elites fizeram o golpe para retomar o protagonismo e o poder, não gostando de ver as classes trabalhadoras mandando nos mais ricos.
E aí até parece que o neoliberalismo flexível e a extrema-direita são antagônicos, mas no fundo elas são dois lados de uma mesma moeda.
Primeiro, há a radicalização do golpismo político, impondo retrocessos, destruindo conquistas sociais e trabalhistas históricas.
Depois, com os prejuízos feitos, a hora é das elites mostrarem seu bom mocismo.
Era esse o mote da campanha do "combate ao preconceito" dos intelectuais "bacanas" que queriam promover a degradação da cultura popular, através da bregalização.
Unindo interesses mercadológicos e de depreciação das classes populares, esses intelectuais se infiltravam nas esquerdas para fazer proselitismo e forçá-las a aceitar a causa bregalizadora.
Enquanto se gourmetizava a bregalização cultural, se imobilizava o povo pobre, inventando que seu entretenimento brega-popularesco já era um tipo de "mobilidade social".
Assim, se esvaziaram os movimentos progressistas, os debates das esquerdas ficaram isolados, e criou-se todo um pano de fundo para o golpismo político que hoje vivemos.
Agora o que vamos ter será a intelectualidade "bacana" vigiando as esquerdas, através de um fingido apoio, a conclusão dos planos ultraliberais nas mãos de Paulo Guedes e, em seguida, uma direita "boazinha" promovendo Assistencialismo e outras "agendas positivas".
Não que a sociedade em geral não possa investir em agendas positivas, mas da forma como se apresentará essa tendência, isso é um tanto suspeito.
Será um cenário em que teremos Luciano Huck como símbolo desse ativismo paternalista e do empreendedorismo social de resultados.
No protagonismo religioso, saem as seitas chamadas "neopentecostais" e entram o Espiritismo brasileiro e setores moderadamente conservadores do Catolicismo e do Protestantismo.
Também há o apoio financeiro e logístico do banco Itaú, da família Setubal, e de empresas como a Ambev, de Jorge Paulo Lemann.
Organizações como Renova BR, Agora! e Acredito estão treinando porta-vozes e ativistas nessa causa paternalista, que eu defino como neoliberalismo social.
O Assistencialismo será o princípio, dentro de uma "caridade" que se autoproclama "transformadora", mas só atua de maneira paliativa, mesmo quando vai além das esmolas.
São formas de aparentemente emancipar as classes populares, mas sem representar uma ameaça para os privilégios das elites rentistas.
São, também, formas das elites buscarem o protagonismo através de ações paternalistas, forjando uma suposta generosidade vinda dos mesmos gananciosos de sempre.
Já se tem a supremacia da cultura popularesca, que é uma "cultura popular" privatizada, controlada por agências de entretenimento e patrocinada pela mídia venal e pelas multinacionais.
Tais ações não podem ser confundidas com as agendas progressistas, e aqui as esquerdas devem tomar o maior cuidado, para que não classifique como "herói" o oportunista que surgir com uma criança pobre no colo.
A próxima década promete ser complicada, mesmo quando o bolsonarismo dar lugar a uma direita mais "positiva".
A logística do golpe político de 2016 pode estar fazendo o bolsonarismo se desgastar mas dificilmente deixará as esquerdas retomarem o poder.
Por isso é que a agenda de retrocessos econômicos tem pressa para ser resolvida, para que assim Jair Bolsonaro seja descartado da mesma maneira que foi Michel Temer.
As elites fizeram o golpe para retomar o protagonismo e o poder, não gostando de ver as classes trabalhadoras mandando nos mais ricos.
E aí até parece que o neoliberalismo flexível e a extrema-direita são antagônicos, mas no fundo elas são dois lados de uma mesma moeda.
Primeiro, há a radicalização do golpismo político, impondo retrocessos, destruindo conquistas sociais e trabalhistas históricas.
Depois, com os prejuízos feitos, a hora é das elites mostrarem seu bom mocismo.
Era esse o mote da campanha do "combate ao preconceito" dos intelectuais "bacanas" que queriam promover a degradação da cultura popular, através da bregalização.
Unindo interesses mercadológicos e de depreciação das classes populares, esses intelectuais se infiltravam nas esquerdas para fazer proselitismo e forçá-las a aceitar a causa bregalizadora.
Enquanto se gourmetizava a bregalização cultural, se imobilizava o povo pobre, inventando que seu entretenimento brega-popularesco já era um tipo de "mobilidade social".
Assim, se esvaziaram os movimentos progressistas, os debates das esquerdas ficaram isolados, e criou-se todo um pano de fundo para o golpismo político que hoje vivemos.
Agora o que vamos ter será a intelectualidade "bacana" vigiando as esquerdas, através de um fingido apoio, a conclusão dos planos ultraliberais nas mãos de Paulo Guedes e, em seguida, uma direita "boazinha" promovendo Assistencialismo e outras "agendas positivas".
Não que a sociedade em geral não possa investir em agendas positivas, mas da forma como se apresentará essa tendência, isso é um tanto suspeito.
Será um cenário em que teremos Luciano Huck como símbolo desse ativismo paternalista e do empreendedorismo social de resultados.
No protagonismo religioso, saem as seitas chamadas "neopentecostais" e entram o Espiritismo brasileiro e setores moderadamente conservadores do Catolicismo e do Protestantismo.
Também há o apoio financeiro e logístico do banco Itaú, da família Setubal, e de empresas como a Ambev, de Jorge Paulo Lemann.
Organizações como Renova BR, Agora! e Acredito estão treinando porta-vozes e ativistas nessa causa paternalista, que eu defino como neoliberalismo social.
O Assistencialismo será o princípio, dentro de uma "caridade" que se autoproclama "transformadora", mas só atua de maneira paliativa, mesmo quando vai além das esmolas.
São formas de aparentemente emancipar as classes populares, mas sem representar uma ameaça para os privilégios das elites rentistas.
São, também, formas das elites buscarem o protagonismo através de ações paternalistas, forjando uma suposta generosidade vinda dos mesmos gananciosos de sempre.
Já se tem a supremacia da cultura popularesca, que é uma "cultura popular" privatizada, controlada por agências de entretenimento e patrocinada pela mídia venal e pelas multinacionais.
Tais ações não podem ser confundidas com as agendas progressistas, e aqui as esquerdas devem tomar o maior cuidado, para que não classifique como "herói" o oportunista que surgir com uma criança pobre no colo.
A próxima década promete ser complicada, mesmo quando o bolsonarismo dar lugar a uma direita mais "positiva".
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