JAIR BOLSONARO AO LADO DE POLICIAIS, NA CIDADE DE DEUS, ZONA OESTE DO RJ.
O pragmatismo de uma parcela considerável de cariocas e fluminenses foi longe demais.
Mostrou seu grau de intolerância, violência e desrespeito, nas redes sociais, não apenas no Facebook ou no WhatsApp, mas também desde os tempos do Orkut.
Eram pessoas que defendiam retrocessos vendidos como "novidades".
Sejam mulheres-frutas, rádios pseudo-roqueiras, ônibus padronizados e o que viesse sob o rótulo de "onda do momento".
Quem fosse contra a "onda do momento" nas redes sociais recebia ataques coletivos de valentonismo digital (cyberbullying), blogues "especializados" em difamação ou, em casos extremos, sua cidade é visitada pelo valentão de plantão.
No começo, pessoas anônimas eram atingidas, mas depois os valentões e seu "gado" de seguidores passaram a agredir pessoas famosas, geralmente blogueiros de esquerda e celebridades negras femininas.
Embora esses ataques viessem de várias partes do país, a maioria e as ações mais influentes vieram de pessoas residentes na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Embora, pelo menos entre 2005 e 2007, eles adotassem postura falsamente esquerdistas - eu os definia como "marx-cartistas", "esquerdistas" com QI macartista - , eles foram o núcleo-raiz do bolsonarismo.
O pseudo-esquerdismo era apenas uma forma de atrair gente de esquerda para fazer proselitismo poucos anos depois.
Com o tempo, esses grupos de agressores passaram a brigar entre si, viraram "vidraça" nas redes sociais, eram até hackeados e, em certos casos, ganhavam até ficha criminal.
Isso, no entanto, ocorreu depois que eles deixaram suas marcas, patrulhando os retrocessos que eram implantados no Rio de Janeiro.
Esse exemplo é apenas uma demonstração mais agressiva da visão pragmática que está estragando o Rio de Janeiro.
A degradação cultural da ex-Cidade Maravilhosa, que virou reduto do crime organizado (tráfico, contravenção e milícias), derrubou a reputação do Rio de Janeiro no resto do país, de tal forma que a capital fluminense perdeu até o status de "cidade-modelo" para o Brasil.
Há também o exemplo do "voto podre" que cariocas e fluminenses passaram a dar, visando realizações pragmáticas, para políticos que depois virariam "vidraças" ao deixarem o poder.
Núcleo-raiz do bolsonarismo, por ser o domicílio político do presidente da República e de ter votado nele e em Eduardo Cunha, mentor do golpe político que resultou ao quadro que hoje vemos, o Rio de Janeiro agora tenta se desvincular do bolsonarismo.
Segundo o Datafolha, a reprovação a Jair Bolsonaro chega a 41% dos cariocas pesquisados e a aprovação está em 29%. Bolsonaro foi eleito no Grande Rio com uma média de 66% dos votos.
Bolsonaro também está com relações estremecidas com outro político de extrema-direita, o governador fluminense Wilson Witzel, que foi eleito por impulso do bolsonarismo.
O próprio Jair Bolsonaro afirmou que não vai dar apoio para candidato algum para a Prefeitura do Rio de Janeiro, ao menos de forma explícita, com propaganda aberta.
As denúncias envolvendo o caso dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, do domínio das milícias em diversas atividades econômicas nas periferias e as acusações de envolvimento da família Bolsonaro com esses criminosos está desgastando o bolsonarismo no RJ.
Isso está trazendo insegurança, assim como a fama de ultraconservador, que transformou o Rio de Janeiro numa "Calibama" (mistura de Califórnia com Alabama).
É verdade que essa realidade não foi devidamente reconhecida e o Rio de Janeiro, associado a praia, verão, calor e festividade, fazia muitos se incomodarem em vê-lo associado a essa imagem reacionária e conservadora que o cotidiano mostra.
Daí que agora as pessoas se preocupam em tentar recuperar, no Rio de Janeiro, o glamour perdido e também buscar criar uma imagem progressista, se não de esquerda, mas pelo menos dentro de uma aparente "diversidade identitária".
Isso é crucial para recuperar o turismo, que será sem dúvida alguma afetado se o Rio de Janeiro deixar de resolver o seu conservadorismo social.
A grande dificuldade será desfazer do antigo pragmatismo que causou um mau costume em muitos cariocas e fluminenses desde os anos 1990, conformados em se contentar com pouco e com "o que vier".
O pragmatismo de uma parcela considerável de cariocas e fluminenses foi longe demais.
Mostrou seu grau de intolerância, violência e desrespeito, nas redes sociais, não apenas no Facebook ou no WhatsApp, mas também desde os tempos do Orkut.
Eram pessoas que defendiam retrocessos vendidos como "novidades".
Sejam mulheres-frutas, rádios pseudo-roqueiras, ônibus padronizados e o que viesse sob o rótulo de "onda do momento".
Quem fosse contra a "onda do momento" nas redes sociais recebia ataques coletivos de valentonismo digital (cyberbullying), blogues "especializados" em difamação ou, em casos extremos, sua cidade é visitada pelo valentão de plantão.
No começo, pessoas anônimas eram atingidas, mas depois os valentões e seu "gado" de seguidores passaram a agredir pessoas famosas, geralmente blogueiros de esquerda e celebridades negras femininas.
Embora esses ataques viessem de várias partes do país, a maioria e as ações mais influentes vieram de pessoas residentes na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Embora, pelo menos entre 2005 e 2007, eles adotassem postura falsamente esquerdistas - eu os definia como "marx-cartistas", "esquerdistas" com QI macartista - , eles foram o núcleo-raiz do bolsonarismo.
O pseudo-esquerdismo era apenas uma forma de atrair gente de esquerda para fazer proselitismo poucos anos depois.
Com o tempo, esses grupos de agressores passaram a brigar entre si, viraram "vidraça" nas redes sociais, eram até hackeados e, em certos casos, ganhavam até ficha criminal.
Isso, no entanto, ocorreu depois que eles deixaram suas marcas, patrulhando os retrocessos que eram implantados no Rio de Janeiro.
Esse exemplo é apenas uma demonstração mais agressiva da visão pragmática que está estragando o Rio de Janeiro.
A degradação cultural da ex-Cidade Maravilhosa, que virou reduto do crime organizado (tráfico, contravenção e milícias), derrubou a reputação do Rio de Janeiro no resto do país, de tal forma que a capital fluminense perdeu até o status de "cidade-modelo" para o Brasil.
Há também o exemplo do "voto podre" que cariocas e fluminenses passaram a dar, visando realizações pragmáticas, para políticos que depois virariam "vidraças" ao deixarem o poder.
Núcleo-raiz do bolsonarismo, por ser o domicílio político do presidente da República e de ter votado nele e em Eduardo Cunha, mentor do golpe político que resultou ao quadro que hoje vemos, o Rio de Janeiro agora tenta se desvincular do bolsonarismo.
Segundo o Datafolha, a reprovação a Jair Bolsonaro chega a 41% dos cariocas pesquisados e a aprovação está em 29%. Bolsonaro foi eleito no Grande Rio com uma média de 66% dos votos.
Bolsonaro também está com relações estremecidas com outro político de extrema-direita, o governador fluminense Wilson Witzel, que foi eleito por impulso do bolsonarismo.
O próprio Jair Bolsonaro afirmou que não vai dar apoio para candidato algum para a Prefeitura do Rio de Janeiro, ao menos de forma explícita, com propaganda aberta.
As denúncias envolvendo o caso dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, do domínio das milícias em diversas atividades econômicas nas periferias e as acusações de envolvimento da família Bolsonaro com esses criminosos está desgastando o bolsonarismo no RJ.
Isso está trazendo insegurança, assim como a fama de ultraconservador, que transformou o Rio de Janeiro numa "Calibama" (mistura de Califórnia com Alabama).
É verdade que essa realidade não foi devidamente reconhecida e o Rio de Janeiro, associado a praia, verão, calor e festividade, fazia muitos se incomodarem em vê-lo associado a essa imagem reacionária e conservadora que o cotidiano mostra.
Daí que agora as pessoas se preocupam em tentar recuperar, no Rio de Janeiro, o glamour perdido e também buscar criar uma imagem progressista, se não de esquerda, mas pelo menos dentro de uma aparente "diversidade identitária".
Isso é crucial para recuperar o turismo, que será sem dúvida alguma afetado se o Rio de Janeiro deixar de resolver o seu conservadorismo social.
A grande dificuldade será desfazer do antigo pragmatismo que causou um mau costume em muitos cariocas e fluminenses desde os anos 1990, conformados em se contentar com pouco e com "o que vier".
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