A linha 917M-10 de São Paulo, que liga o Morro Grande ao Metrô Ana Rosa, tem um gravissimo problema. Para quem vive na região da Casa Verde, que já não dá aos seus moradores o direito à cidade - os únicos destinos regulares, para todos os dias e todas as áreas, são apenas Santana, Barra Funda e Praça do Correio / Anhangabaú - , a 917M-10 até leva para a Avenida Paulista, mas não permite voltar.
A linha comete o erro grosseiro de descer direto para a Marginal do Tietê, numa rampa de acesso que nem abrigo possui. Em tese, a pessoa que mora no Jardim Laranjeiras tem que andar 11 minutos desse local para voltar para casa. Mas se pegar a 175P-10 Metrô Santana / Metrô Ana Rosa, também tem que andar, pois terá que saltar no alto, nos entornos da Av. Casa Verde e Vila Baruel.
Só que há sérios problemas na 917M-10, muito mais graves do que se pode imaginar.
Estão chegando os tempos de trovoadas e chuvas intensas, o que é perigoso para o sujeito que mora em locais como a Rua Reims e tem direito de passar a tarde e a noite na Avenida Paulista. Nem todo mundo vai voltar de Uber. Dinheiro não é capim.
Imagine saltar no referido ponto no momento de uma trovoada. O risco de morrer eletrocutado é alto. Se chover intensamente, a pessoa ficará encharcada e terá um retorno mais demorado do que os 11 minutos estimados pela SPTrans.
Se a pessoa é gestante, idosa ou portadora de alguma limitação física, terá também mais dificuldades para retornar para casa. Na noite, o entorno da Avenida Ordem e Progresso é ermo, havendo risco de assaltos, o que também piora as coisas.
Propusemos que a linha 917M-10, em vez de descer a rampa após atravessar a Ponte do Limão, seguisse a Avenida Ordem e Progresso, Praça Delegado Amoroso Neto, Rua Reims, Rua Domingos Torres, Av. Engenheiro Caetano Alvares (sentido Estadão) e daí para a Marginal do Tietê e Avenida Professor Celestino Bourrol. Nem perde muito tempo percorrendo este percurso proposto.
As pessoas devem se preocupar com esta situação. Se as pessoas ficarem indiferentes a esse problema, ainda mais vivendo em São Paulo, das duas, uma: ou o pessoal é egoísta ou está bitolado nas zonas de conforto do seu solipsismo, que não faz enxergar a realidade do outro.
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