MÉDICOS SOCORREM FERIDOS NO TRÁGICO ATENTADO A UM HOSPITAL EM GAZA.
Ontem um ataque das tropas israelenses em um hospital de Gaza matou 500 pessoas, em represália do governo de Benjamin Netanyahu aos ataques do grupo terrorista Hamas. A tragédia se soma a de outros dias, totalizando pelo menos 4.400 mortos desde que o Hamas atingiu Gaza há quase duas semanas.
Ontem um ataque das tropas israelenses em um hospital de Gaza matou 500 pessoas, em represália do governo de Benjamin Netanyahu aos ataques do grupo terrorista Hamas. A tragédia se soma a de outros dias, totalizando pelo menos 4.400 mortos desde que o Hamas atingiu Gaza há quase duas semanas.
As questões são muito complicadas, pois envolvem fundamentalismo religioso por parte de grupos terroristas dos dois lados - vamos combinar que Netanyahu tem também seus terroristas - , e Israel, a tão sonhada "nação prometida" de milênios atrás, hoje é um país-cliente dos EUA. Enquanto isso, o povo palestino, que sonha com uma nação própria para professar suas tradições socioculturais, nunca tem essa reivindicação atendida.
Nada se resolve no Oriente Médio e o fundamentalismo dos conservadores de Israel, além do desprezo de grupos como o Hamas, o Hezbollah e outros, de resolver as coisas pelo diálogo e não por ações terroristas, mostra um cenário de mais de 55 anos de horror, com tantos mortos inocentes, na ironia da região ter sido, segundo a tradição, ter sido o lugar da vida de Jesus Cristo, a personalidade religiosa mais adorada pelo Ocidente.
Esse cenário de pesadelo atingiu até mesmo o festival Universo Paralello, uma tragédia irônica no contexto de que uma elite brasileira, de classe média abastada, goza de aparente protagonismo mundial, ignorando a necessidade que o Brasil teria de viver um período sabático em relação à projeção mundial visando a reconstrução do país. A situação do nosso país é mais complexa do que se imagina.
Para se ter uma ideia, na Primeira Guerra Mundial, a Rússia deixou o campo de batalha para resolver suas crises internas, o que deu origem à Revolução Russa de 1917. Mas o governo Lula, em vez de se concentrar quase que exclusivamente no Brasil, se aventurou numa precipitada, desnecessária e atrapalhada política externa, dotada de muita pretensão e grandiloquência que só empolga a classe média abastada, pois fora da bolha o povo pobre se sente abandonado por Lula.
A classe média abastada vive bem com seus privilégios, mas anda com muito medo, não suportando ler textos com senso crítico, tão traumatizada com a campanha lavajatista que gerou o pesadelo bolsonarista. Mas vamos combinar que a classe média abastada, que consiste na elite do bom atraso, nunca foi realmente prejudicada pelo bolsonarismo, apenas se sentia incomodada com ele. Mas não a ponto de lutar para ceifar o mandato dele.
Reconstruir o Brasil rejeitando o senso crítico e o debate traz um forte risco de futuros fundamentalismos. Um dia não se tem vontade de ler textos questionadores, noutro dia não se tem vontade de aceitar a realidade desagradável. Em nome das convicções, o Oriente Médio vive em guerras permanentes. Espera-se que o Brasil evite isso e retome o debate aprofundado e aceite o pensamento crítico na sua integral visceralidade.
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