MARCO RICCA (D), AO LADO DE ANDRÉA BELTRÃO, FAZ O PAPEL DO "VELHO CAPITÃO".
Depois de 20 anos em andamento, com um polêmico histórico de acusação de desvio de verbas, o filme Chatô - O Rei do Brasil, que conta a história de Assis Chateaubriand, está finalmente pronto, e seu primeiro trailer, ainda com edição não finalizada, foi lançado no último fim de semana.
A surpresa, que poderia parecer um boato, foi divulgada na Internet pelo próprio escritor Fernando Morais, cujo homônimo livro - que eu li, creio que em 2003 - inspirou a adaptação para o filme pelo ator e cineasta estreante Guilherme Fontes, responsável pela direção. Eu também vi o escritor numa palestra realizada no Centro Cultural Banco do Brasil, no Centro carioca, em 2009.
"Tenho más notícias para os coleguinhas que urubuzaram o Guilherme Fontes nos últimos anos: o filme 'Chatô, o Rei do Brasil', está pronto. Quem viu disse que é o máximo, Para quem não viu, aqui vai, com exclusividade e em primeiríssima mão (com cacófato), o trailer ainda sem finalização", escreveu o jornalista e escritor, no Facebook.
Guilherme Fontes foi duramente criticado por ser aparentemente "alguém de fora" que decidiu dirigir um filme e os problemas de investimentos fizeram com que ele fosse acusado de improbidade administrativa e por isso fosse espinafrado por ser um "mau cineasta".
Contraditoriamente, é um Brasil em que muitos cineastas de carreira e com fama de "pegadores" - chamam mais a atenção por serem maridos de belas atrizes - que, salvo honrosas e admiráveis exceções, se perdem em produzir comédias insossas, algumas com suas belíssimas esposas fazendo o papel de solteironas incuráveis.
Não vi o filme e não tenho ainda uma posição definida sobre o caso de Guilherme. Creio que ele enfrentou dificuldades, e recentemente ele deu uma declaração: "Eu durmo tranquilo porque nunca desviei um real. Essas duas condenações são uma piada. O que captei de fato foram R$ 12 milhões. Recebi 8,6 milhões, que investi integralmente no projeto. O Brasil é fake! É uma história complicada".
O empresário que o jornalista David Nasser apelidou de "Velho Capitão" é interpretado por Marco Ricca, e o filme tem muita gente conhecida: Gabriel Braga Nunes, Andréa Beltrão, Letícia Sabatella, entre tantos outros. Pelo filme publicitário de divulgação, a adaptação é instigante e as atuações impecáveis.
Esse filme vem a calhar justamente na época em que a televisão irá comemorar 65 anos de existência. Afinal, foi o próprio Chatô que decidiu pôr a TV no ar, depois de tantos testes e o fracasso de inaugurar a televisão no RJ (problemas técnicos obrigaram o surgimento da TV Tupi em São Paulo e só no ano seguinte veio a afiliada carioca), em 18 de setembro de 1950.
Daí que muito da carreira de atores, roteiristas, produtores e diretores que hoje estão em evidência se deve a Assis Chateaubriand, o dono dos Diários Associados (empresa que continua existindo, sem a imponência de antes). Embora hoje em crise de conteúdo e mentalidade, a televisão é o meio que garante visibilidade a esses profissionais. O filme veio em boa hora.
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