OS INTELECTUAIS PRÓ-BREGA MAL SABEM QUE EDUARDO CUNHA ESTÁ COM ELES.
A intelectualidade pró-brega queria a terceirização cultural. Esse papo de "cultura transbrasileira" e a exaltação do "mau gosto popular", mito construído a partir de estereótipos academicistas, tem muito a ver com a terceirização profissional que havia sido proposta tempos atrás pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Dá pena a intelectualidade "mais legal do país", reunida em espaços como o Farofafá, falar mal de Eduardo Cunha, como da Globo, Folha, PSDB. Em dado momento, esses intelectuais "bacanas" comungam com os interesses dos reaças que eles combatem com luvas de pelica e imitando feito papagaios as críticas feitas pelos ativistas de esquerda sérios.
Pouco importa se a choradeira desses intelectualoides dispara com mimetismos discursivos uma falsa oposição a Eduardo Cunha, só porque ele vai contra a causa LGBT defendida (em causa própria) por esses intelectuais "bacanas". A terceirização profissional vai de acordo com a terceirização cultural que a nossa intelligentzia defende com muito orgulho.
A bregalização cultural é, em si, a terceirização aplicada à cultura popular. O povo deixa de ter seus próprios valores culturais. "Seus valores" agora são transmitidos pelas rádios ditas "populares", mas abertamente controladas por oligarquias regionais vinculadas ao coronelismo local.
O povo não pode mais ter em mãos seu próprio patrimônio cultural. Tem que se contentar com a ideologia do "mau gosto" empurrada pelo coronelismo midiático, que fez o "milagre" de fazer o povo se tornar mais caricatural do que a imagem que as chanchadas dos anos 1940-1950 faziam contra ele.
A própria terceirização profissional já se reflete na terceirização cultural do brega. Há focos de precarização do mercado de trabalho no forró-brega e no "funk". Integrantes de grupos de forró-brega ou "forró eletrônico" chegam a trabalhar numa semi-escravidão.
Por outro lado, funqueiros incapazes de compor um verso recebem as canções dos produtores, mas leva sozinho o crédito da autoria porque sabe que não receberá outros encargos profissionais, se contentando em receber em direitos autorais por aquilo que ele não fez.
Os "artistas populares" agora precisam se afirmar pelos seus defeitos, criando uma "música" a mais tosca possível. Terão que se promover às custas deles, lotar plateias, vender discos, repercutir na mídia com suas porcarias, até tardiamente terem uma "oportunidade" de "progresso cultural", às custas do bom paternalismo de "provocativos" intelectuais solidários.
Essa manobra ninguém percebe, como poucos percebem que os intelectuais pró-brega correspondem à mesma direita ideológica que, no âmbito político, tentava pegar carona na base de apoio do PT (um dos maiores erros do petismo foi acolher tantos direitistas).
Poucos percebem que a base aliada do PT contou com figuras como Jair Bolsonaro, Marco Feliciano, Eduardo Cunha, Eduardo Paes, fora um Paulo Maluf que militou no antigo IPES e virou um dos mais entusiasmados políticos da ditadura militar. Fora a ultradireita internauta, de ultrarreacionários que disparam agressões nas mídias sociais e se autoproclamavam "esquerdistas".
O brega é a terceirização cultural pelo simples aspecto de que o povo não pode mais manifestar culturalmente de forma altiva, criativa e vibrante. Ele precisa primeiro fazer sucesso com suas piores qualidades, fazendo papel de ridículo, para depois, sendo o último a saber (ser brega é sempre ser o "último a saber"), tentar alguma "melhoria", de maneira sempre tendenciosa.
O povo é sempre visto como uma classe presa nos paradigmas de subemprego, como o comércio informal, a prostituição, a submissão aos sucessos radiofônicos etc. Os intelectuais pró-brega, tidos como "sem preconceitos", mostram esse preconceito perverso e não-assumido, para o qual eles mesmos, paternalistas, se definem como "salvação" pelo "reconhecimento dessa classe sofrida".
E aí a armadilha discursiva dos intelectuais se revela, porque ninguém faz música de qualidade por conta própria nas classes populares. É preciso primeiro fazer sucesso expressando o mau gosto e, depois, cortejado pelas elites, forjar uma "música de melhor qualidade" às custas de uma ampla cosmética técnica, visual e artística.
JAGUNCISMO MIDIÁTICO-CULTURAL
Ou seja, o "artista" só encontra o "progresso artístico" quando fica rico ou quando têm o respaldo das elites, sejam elas empresariais, técnicas, acadêmicas ou midiáticas. O povo pobre é sempre associado às qualidades negativas, ao que tem de ruim, aberrante, ridículo ou exagerado. As classes populares são sempre a "ralé", embora "positivamente" apreciada pelos intelectuais.
É aí que entra o paternalismo intelectual. A imagem das classes populares continua sendo sempre negativa, os intelectuais é que são "bonzinhos" e apreciam esse "povo inocente", sem preceber que o "mau gosto popular" é um repertório de símbolos, signos e condições trabalhado pelo poder midiático regional.
Não adianta relativizar as coisas, definir o "mau gosto" como causa libertária e fazer de conta que os gerentes artísticos de rádios FM e TVs "populares" são "militantes bolivarianos", "humildes batalhadores" daquilo que o elitismo intelectual "sem preconceitos" mas muito preconceituoso define como "cultura popular".
O que esses gerentes artísticos fazem é jaguncismo midiático-cultural, a serviço do poderio midiático e coronelista local. O mesmo em relação aos empresários de entretenimento, como os "donos" dos grupos de forró-brega, "pagodão" baiano ou de "funk", que se equiparam socialmente aos capatazes de latifundiários. Mas a intelectualidade também os define como "humildes batalhadores".
A intelectualidade pró-brega maquia seus discursos e tenta fazer de tudo para que seja vista como uma força progressista. Mas essa intelectualidade quer mesmo é o enfraquecimento cultural das classes populares pela supremacia do "mau gosto", enquanto essa mesma elite "pensante" surge como pretensa heroína do "reconhecimento popular", como se as elites fossem tudo e o povo, nada.
A intelectualidade pró-brega queria a terceirização cultural. Esse papo de "cultura transbrasileira" e a exaltação do "mau gosto popular", mito construído a partir de estereótipos academicistas, tem muito a ver com a terceirização profissional que havia sido proposta tempos atrás pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Dá pena a intelectualidade "mais legal do país", reunida em espaços como o Farofafá, falar mal de Eduardo Cunha, como da Globo, Folha, PSDB. Em dado momento, esses intelectuais "bacanas" comungam com os interesses dos reaças que eles combatem com luvas de pelica e imitando feito papagaios as críticas feitas pelos ativistas de esquerda sérios.
Pouco importa se a choradeira desses intelectualoides dispara com mimetismos discursivos uma falsa oposição a Eduardo Cunha, só porque ele vai contra a causa LGBT defendida (em causa própria) por esses intelectuais "bacanas". A terceirização profissional vai de acordo com a terceirização cultural que a nossa intelligentzia defende com muito orgulho.
A bregalização cultural é, em si, a terceirização aplicada à cultura popular. O povo deixa de ter seus próprios valores culturais. "Seus valores" agora são transmitidos pelas rádios ditas "populares", mas abertamente controladas por oligarquias regionais vinculadas ao coronelismo local.
O povo não pode mais ter em mãos seu próprio patrimônio cultural. Tem que se contentar com a ideologia do "mau gosto" empurrada pelo coronelismo midiático, que fez o "milagre" de fazer o povo se tornar mais caricatural do que a imagem que as chanchadas dos anos 1940-1950 faziam contra ele.
A própria terceirização profissional já se reflete na terceirização cultural do brega. Há focos de precarização do mercado de trabalho no forró-brega e no "funk". Integrantes de grupos de forró-brega ou "forró eletrônico" chegam a trabalhar numa semi-escravidão.
Por outro lado, funqueiros incapazes de compor um verso recebem as canções dos produtores, mas leva sozinho o crédito da autoria porque sabe que não receberá outros encargos profissionais, se contentando em receber em direitos autorais por aquilo que ele não fez.
Os "artistas populares" agora precisam se afirmar pelos seus defeitos, criando uma "música" a mais tosca possível. Terão que se promover às custas deles, lotar plateias, vender discos, repercutir na mídia com suas porcarias, até tardiamente terem uma "oportunidade" de "progresso cultural", às custas do bom paternalismo de "provocativos" intelectuais solidários.
Essa manobra ninguém percebe, como poucos percebem que os intelectuais pró-brega correspondem à mesma direita ideológica que, no âmbito político, tentava pegar carona na base de apoio do PT (um dos maiores erros do petismo foi acolher tantos direitistas).
Poucos percebem que a base aliada do PT contou com figuras como Jair Bolsonaro, Marco Feliciano, Eduardo Cunha, Eduardo Paes, fora um Paulo Maluf que militou no antigo IPES e virou um dos mais entusiasmados políticos da ditadura militar. Fora a ultradireita internauta, de ultrarreacionários que disparam agressões nas mídias sociais e se autoproclamavam "esquerdistas".
O brega é a terceirização cultural pelo simples aspecto de que o povo não pode mais manifestar culturalmente de forma altiva, criativa e vibrante. Ele precisa primeiro fazer sucesso com suas piores qualidades, fazendo papel de ridículo, para depois, sendo o último a saber (ser brega é sempre ser o "último a saber"), tentar alguma "melhoria", de maneira sempre tendenciosa.
O povo é sempre visto como uma classe presa nos paradigmas de subemprego, como o comércio informal, a prostituição, a submissão aos sucessos radiofônicos etc. Os intelectuais pró-brega, tidos como "sem preconceitos", mostram esse preconceito perverso e não-assumido, para o qual eles mesmos, paternalistas, se definem como "salvação" pelo "reconhecimento dessa classe sofrida".
E aí a armadilha discursiva dos intelectuais se revela, porque ninguém faz música de qualidade por conta própria nas classes populares. É preciso primeiro fazer sucesso expressando o mau gosto e, depois, cortejado pelas elites, forjar uma "música de melhor qualidade" às custas de uma ampla cosmética técnica, visual e artística.
JAGUNCISMO MIDIÁTICO-CULTURAL
Ou seja, o "artista" só encontra o "progresso artístico" quando fica rico ou quando têm o respaldo das elites, sejam elas empresariais, técnicas, acadêmicas ou midiáticas. O povo pobre é sempre associado às qualidades negativas, ao que tem de ruim, aberrante, ridículo ou exagerado. As classes populares são sempre a "ralé", embora "positivamente" apreciada pelos intelectuais.
É aí que entra o paternalismo intelectual. A imagem das classes populares continua sendo sempre negativa, os intelectuais é que são "bonzinhos" e apreciam esse "povo inocente", sem preceber que o "mau gosto popular" é um repertório de símbolos, signos e condições trabalhado pelo poder midiático regional.
Não adianta relativizar as coisas, definir o "mau gosto" como causa libertária e fazer de conta que os gerentes artísticos de rádios FM e TVs "populares" são "militantes bolivarianos", "humildes batalhadores" daquilo que o elitismo intelectual "sem preconceitos" mas muito preconceituoso define como "cultura popular".
O que esses gerentes artísticos fazem é jaguncismo midiático-cultural, a serviço do poderio midiático e coronelista local. O mesmo em relação aos empresários de entretenimento, como os "donos" dos grupos de forró-brega, "pagodão" baiano ou de "funk", que se equiparam socialmente aos capatazes de latifundiários. Mas a intelectualidade também os define como "humildes batalhadores".
A intelectualidade pró-brega maquia seus discursos e tenta fazer de tudo para que seja vista como uma força progressista. Mas essa intelectualidade quer mesmo é o enfraquecimento cultural das classes populares pela supremacia do "mau gosto", enquanto essa mesma elite "pensante" surge como pretensa heroína do "reconhecimento popular", como se as elites fossem tudo e o povo, nada.
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