AVIÕES DO FORRÓ NA REVISTA CARAS - Só a turma do Farofafá não consegue ver.
A intelectualidade "bacana", aquela que acha que a bregalização irá melhorar o país e que se dá ao luxo de fazer suas pregações na mídia esquerdista graças às "gorjetas" de George Soros - que terá mais grana para dar a eles, depois que deixou o quadro acionário da Petrobras - , continua dando sua choradeira.
Tendenciosamente embarcando nas causas sociais e fazendo ataques ensaiados e falsos aos algozes da moda - Rede Globo, Eduardo Cunha, Silas Malafaia ou mesmo o Geraldo Alckmin que patrocinou um seminário "fora do eixo" - , eles tentam fazer seus apelos usando a Virada Cultural, numa desesperada campanha para usar o brega como a "salvação" da MPB em crise.
Recentemente, Danilo Dunas, em artigo na coluna Farofafá, tentou "filosofar" sobre o brega, num comentário bastante pretensioso e intelectualoide: "Mais do que um gênero musical homogêneo com algumas variações, o “brega” é fruto de lutas simbólicas que definem, por meio de complexos processos de legitimação, o que é de bom gosto e o que é de mau gosto".
Com sua choradeira pró-funqueiros, pró-bregas etc, esse pessoal finge que a "ditabranda do mau gosto" do brega não tem a ver com o mercado e a grande mídia, como se a indústria fonográfica, a Rede Globo, a revista Caras e a Folha de São Paulo hostilizassem o brega. Até a revista Veja, hostil a todo mundo, é muitíssimo gentil ao brega.
Mas aí os neurônios soros-positivos dos farofafeiros os fazem tapar os ouvidos e os olhos. Esperneiam como crianças malcriadas, acreditando que o brega combate a grande mídia e que a revista Caras é um mero mausoléu de "dinossauros" da MPB jobiniana-buarqueana, hostilizada pelos intelectuais "tão bacanas".
Pois a virada lacrimal da "intelligentzia mais legal do país", que jura afirmar que até o Aviões do Forró e Calcinha Preta possuem "indiscutível valor artístico", desconhece a realidade, preferindo despejar, nos arquivos HTM do portal de Carta Capital - ou da revista Fórum e da Caros Amigos - , o caráter falsamente subversivo dos bregas.
Enquanto eles juram que a Caras virou um mausoléu de "emepebistas caretas", a realidade mostra que o portal virou, sim, um reduto de bregas triunfantes ou mesmo emergentes. Valesca Popozuda, Banda Calypso, Zezé di Camargo & Luciano, Waldick Soriano, todos os heróis dos "bacanas" intelectualoides estão na Caras, como estão na Globo e na Folha de São Paulo, recebendo carinho até na ranzinza Veja.
Queiram ou não queiram, é isso que acontece. Mas o próprio Danilo Dunas foi acariciado pela hidrófoba Folha de São Paulo. Mesmo o ortodoxo Estadão dá boa conta aos bregas. É essa a realidade que passa longe das mentes fantasiosas de esquerdistas-profissionais como Pedro Alexandre Sanches, que parece medir seus falsos ataques aos barões da mídia à grana que George Soros deposita em sua conta bancária.
Eles, tão informados, alguns engajados no #JornalistasLivres, não conseguem ver que a mídia reacionária, que eles tentam combater com suas luvas de pelica, divulga, com gosto, os mesmos ídolos "populares" que eles pensam ser "libertários". Danilo Dunas, de tanto cafuné recebido pela FSP, deve ter se esquecido do reacionarismo marcofelicianiano de Joelma do Calypso.
Falam que Chico Buarque é hipócrita ao expressar defesa das classes populares mas vive em apartamento "de luxo", mas esses jornalistas culturais, cientistas sociais e ativistas que querem a bregalização do país se acham "arautos das periferias", mas vivem em condomínios ainda mais luxuosos.
Eles pensam que a verdadeira cultura popular se manifesta em termos quantitativos. Lotou plateia, é "verdadeira MPB". Criam um falso maniqueísmo no qual o "mau gosto" popular, muitas vezes fruto de estereótipos trabalhados pela mídia coronelista do interior do país, é visto como "causa libertária", ignorando que por trás dessa causa existe uma exploração caricatural das classes populares.
A intelectualidade ainda insiste nessa combinação simplória
entre causas ativistas espetacularizadas - como o movimento LGBT, por exemplo - e sucessos caricaturalmente populares como se isso representasse a "revolução social" do país. Mas não são.
Só que eles repetem a mesma choradeira, trazendo os mesmos preconceitos "desprovidos de preconceito" que conhecemos, nos quais vale a preconceituosa tese de "ruptura do preconceito" como uma aceitação gratuita ao "mau gosto", mesmo que seja de forma pré-concebida.
Com seu elitismo "nada elitista", a intelectualidade "bacana", com seus farofafeiros e similares, só conseguem se afirmar como uma classe aristocrática, com suas visões pequeno-burguesas que escondem aqui e ali conceitos abertamente neoliberais.
Com toda a certeza, se a cultura popular está em crise, não serão os intelectuais "bacanas" pró-brega, com suas viradas lacrimais falsamente em prol das classes populares, que irão resolvê-la.
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