NUVENS COBREM A PAISAGEM DO RIO DE JANEIRO.
O inverno, oficialmente, começou ontem, mas dias antes já estava fazendo frio no Rio de Janeiro. No entanto, o que se observa é que as chamadas "musas populares" continuam apelando com seus "corpões" como se estivessem num verão de 40 graus.
As "musas" que "mostram demais" até quando o contexto não permite - nem velório serve de impedimento para elas "sensualizarem" - continuam postando novas fotos, muitas de biquíni, e a indústria de "boazudas" chegou a fazer uma paraguaia posar de madrugada num Rio de Janeiro com temperatura despencando.
E lembremos o caso de uma quarentona, que havia participado da Banheira do Gugu, que usou um top (blusa curtinha) e calça apertada durante um evento em uma outra cidade, com uma temperatura de dez graus (!). Sim, uma quarentona, com filha crescida, que a mídia popularesca continua vendendo a imagem de "sensual".
Que "liberdade do corpo" é essa? Esse falso feminismo das mulheres que tratam o corpo feito uma mercadoria usa desculpas como "liberdade do corpo", "direito ao desejo", "expressão da sensualidade" para exibir seus corpos de maneira descontrolada, obsessiva e sem medir qualquer contexto ou situação.
No entanto, as mulheres trabalham uma imagem machista de sensualidade, obsessiva e vazia, ao mesmo tempo persistente e desprovida de um motivo lógico. Na era em que as mulheres precisam se proteger contra assédios machistas, que finalidade tem um bando de "musas" ficar mostrando o corpo o tempo todo?
Se é auto-estima que essas mulheres querem expressar, por que não a fazem na intimidade? É contraditório que elas façam esse exibicionismo de corpos siliconados que é justamente que impulsiona as taras dos mesmos homens cujos assédios agressivos as mulheres querem combater com a campanha "Chega de Fiu-fiu".
O CASO ESTRANGEIRO
Existe um parâmetro equilibrado de sensualidade, que faz com que as mulheres mostrem suas formas físicas sem ter que usar pouca roupa ou "sensualizar demais". Atrizes como Letícia Spiller e Giovanna Antonelli são exemplos disso. Elas são sexy, mas nem por isso se atrevem ao "mico" de se "mostrarem demais" sem contexto nem pretexto nem motivação.
E agora, no inverno, refletimos o caso dos EUA. No inverno não há essa obsessão pelo erotismo doentio como se observa hoje. Lá existem as "musas vulgares", como as ring girls do UFC, mas a influência que elas têm no imaginário masculino é secundária, já que mesmo atrizes de comédias teen são muito mais desejadas pelos homens do que as "garotas do octágono".
E lá as atrizes que valorizam sua sensualidade na medida certa, quando chega o inverno, procuram se vestir de maneira discreta. Não há clima para a sensualidade. Ou então a sensualidade tem que se manifestar pela valorização das formas pelos casacos e suéteres e jeans justos, mas sem fazer muita apelação.
E no Brasil? As "musas populares" ignoram o frio e vão mostrar, nas mídias sociais e mesmo nos veículos da chamada "mídia popular", seus corpões quase nus, sem medir escrúpulos de suportarem o frio e correrem o risco de uma séria pneumonia. Como sub-celebridades que se julgam "eternas", elas pensam que são "duras na queda" para enfrentar até o frio polar com seus trajes sumários.
"FEMINISMO DE RESULTADOS"
No Rio de Janeiro, tomado de um surto provinciano de impressionar até matuto do Acre, vivemos o maniqueísmo entre o obscurantismo festivo do deputado Eduardo Cunha e do pastor Silas Malafaia (que levou um puxão de orelha de Ricardo Boechat, da Band News FM) e o "feminismo de resultados" de Valesca Popozuda e Mulher Melão, num medieval duelo entre o pretensamente tradicional e o falsamente moderno.
De um lado, temos o horror fundamentalista de controle social extremo, por parte sobretudo de Eduardo Cunha e suas propostas legislativas antipopulares, que prejudicam o povo brasileiro dos "8 aos 80" querendo botar crianças na cadeia e fazer os idosos trabalharem mais tempo.
De outro, temos o falso feminismo de mulheres que, na verdade, trabalham um estereótipo sensual machista, tentando nos convencer da falsa noção de que, só porque elas não aparecem sob a sombra de um homem, expressam uma oposição ao ideário machista.
O que as pessoas não entendem, porém, é que esse "feminismo" de resultados é sustentado pelos empresários dessas "musas", ávidos por vender a sensualidade como mercadoria, promover o consumismo do sexo, principalmente para o público de baixo poder aquisitivo.
Isso nada tem a ver com feminismo. Até porque o "feminismo" dessas "musas" é aquele do ódio simbólico à imagem masculina, ainda que esse ódio seja falso e apenas virtual, ou ainda que Valesca tente adotar uma postura mais "politicamente correta" em relação ao seu suposto feminismo.
O corpo vira um produto e desculpas como "liberdade do corpo", "liberdade do desejo" e "direito à sensualidade" só servem para tentar justificar, em vão, o exibicionismo obsessivo de corpos siliconados, um exibicionismo que em nada valoriza a verdadeira sensualidade feminina e só faz mais afoitos os mesmos homens que abusam dos assédios às mulheres.
E aí vem o frio no Brasil e as "musas populares" não querem saber. Vão bombardear a Internet e a imprensa com suas fotos "mostrando demais" e "sensualizando" na marra, sem qualquer motivo lógico. Um "produto" pronto, que não permite aos homens comuns sequer fantasiarem, e que só faz baixar o termômetro diante de apelação tão grosseira, caricatural e...brochante.
Por outro lado, esse erotismo obsessivo só faz com que os homens mais afoitos, que sentem excitação por qualquer coisa, até por bola entrando no gol, tenham suas taras sexuais estimuladas e sejam induzidos ao desejo desenfreado que os faz abusar no assédio às mulheres.
Daí que o mal não é cortado pela raiz. Se as mulheres, com a campanha "Chega de Fiu-fiu", querem se afastar dos homens mais afoitos, melhor seria que a mídia também estimulasse um controle dos impulsos sexuais deles, abrindo mão do espetáculo grotesco das siliconadas que "mostram demais". O inverno é uma boa estação para repensar o fim desse "calor".
O inverno, oficialmente, começou ontem, mas dias antes já estava fazendo frio no Rio de Janeiro. No entanto, o que se observa é que as chamadas "musas populares" continuam apelando com seus "corpões" como se estivessem num verão de 40 graus.
As "musas" que "mostram demais" até quando o contexto não permite - nem velório serve de impedimento para elas "sensualizarem" - continuam postando novas fotos, muitas de biquíni, e a indústria de "boazudas" chegou a fazer uma paraguaia posar de madrugada num Rio de Janeiro com temperatura despencando.
E lembremos o caso de uma quarentona, que havia participado da Banheira do Gugu, que usou um top (blusa curtinha) e calça apertada durante um evento em uma outra cidade, com uma temperatura de dez graus (!). Sim, uma quarentona, com filha crescida, que a mídia popularesca continua vendendo a imagem de "sensual".
Que "liberdade do corpo" é essa? Esse falso feminismo das mulheres que tratam o corpo feito uma mercadoria usa desculpas como "liberdade do corpo", "direito ao desejo", "expressão da sensualidade" para exibir seus corpos de maneira descontrolada, obsessiva e sem medir qualquer contexto ou situação.
No entanto, as mulheres trabalham uma imagem machista de sensualidade, obsessiva e vazia, ao mesmo tempo persistente e desprovida de um motivo lógico. Na era em que as mulheres precisam se proteger contra assédios machistas, que finalidade tem um bando de "musas" ficar mostrando o corpo o tempo todo?
Se é auto-estima que essas mulheres querem expressar, por que não a fazem na intimidade? É contraditório que elas façam esse exibicionismo de corpos siliconados que é justamente que impulsiona as taras dos mesmos homens cujos assédios agressivos as mulheres querem combater com a campanha "Chega de Fiu-fiu".
O CASO ESTRANGEIRO
Existe um parâmetro equilibrado de sensualidade, que faz com que as mulheres mostrem suas formas físicas sem ter que usar pouca roupa ou "sensualizar demais". Atrizes como Letícia Spiller e Giovanna Antonelli são exemplos disso. Elas são sexy, mas nem por isso se atrevem ao "mico" de se "mostrarem demais" sem contexto nem pretexto nem motivação.
E agora, no inverno, refletimos o caso dos EUA. No inverno não há essa obsessão pelo erotismo doentio como se observa hoje. Lá existem as "musas vulgares", como as ring girls do UFC, mas a influência que elas têm no imaginário masculino é secundária, já que mesmo atrizes de comédias teen são muito mais desejadas pelos homens do que as "garotas do octágono".
E lá as atrizes que valorizam sua sensualidade na medida certa, quando chega o inverno, procuram se vestir de maneira discreta. Não há clima para a sensualidade. Ou então a sensualidade tem que se manifestar pela valorização das formas pelos casacos e suéteres e jeans justos, mas sem fazer muita apelação.
E no Brasil? As "musas populares" ignoram o frio e vão mostrar, nas mídias sociais e mesmo nos veículos da chamada "mídia popular", seus corpões quase nus, sem medir escrúpulos de suportarem o frio e correrem o risco de uma séria pneumonia. Como sub-celebridades que se julgam "eternas", elas pensam que são "duras na queda" para enfrentar até o frio polar com seus trajes sumários.
"FEMINISMO DE RESULTADOS"
No Rio de Janeiro, tomado de um surto provinciano de impressionar até matuto do Acre, vivemos o maniqueísmo entre o obscurantismo festivo do deputado Eduardo Cunha e do pastor Silas Malafaia (que levou um puxão de orelha de Ricardo Boechat, da Band News FM) e o "feminismo de resultados" de Valesca Popozuda e Mulher Melão, num medieval duelo entre o pretensamente tradicional e o falsamente moderno.
De um lado, temos o horror fundamentalista de controle social extremo, por parte sobretudo de Eduardo Cunha e suas propostas legislativas antipopulares, que prejudicam o povo brasileiro dos "8 aos 80" querendo botar crianças na cadeia e fazer os idosos trabalharem mais tempo.
De outro, temos o falso feminismo de mulheres que, na verdade, trabalham um estereótipo sensual machista, tentando nos convencer da falsa noção de que, só porque elas não aparecem sob a sombra de um homem, expressam uma oposição ao ideário machista.
O que as pessoas não entendem, porém, é que esse "feminismo" de resultados é sustentado pelos empresários dessas "musas", ávidos por vender a sensualidade como mercadoria, promover o consumismo do sexo, principalmente para o público de baixo poder aquisitivo.
Isso nada tem a ver com feminismo. Até porque o "feminismo" dessas "musas" é aquele do ódio simbólico à imagem masculina, ainda que esse ódio seja falso e apenas virtual, ou ainda que Valesca tente adotar uma postura mais "politicamente correta" em relação ao seu suposto feminismo.
O corpo vira um produto e desculpas como "liberdade do corpo", "liberdade do desejo" e "direito à sensualidade" só servem para tentar justificar, em vão, o exibicionismo obsessivo de corpos siliconados, um exibicionismo que em nada valoriza a verdadeira sensualidade feminina e só faz mais afoitos os mesmos homens que abusam dos assédios às mulheres.
E aí vem o frio no Brasil e as "musas populares" não querem saber. Vão bombardear a Internet e a imprensa com suas fotos "mostrando demais" e "sensualizando" na marra, sem qualquer motivo lógico. Um "produto" pronto, que não permite aos homens comuns sequer fantasiarem, e que só faz baixar o termômetro diante de apelação tão grosseira, caricatural e...brochante.
Por outro lado, esse erotismo obsessivo só faz com que os homens mais afoitos, que sentem excitação por qualquer coisa, até por bola entrando no gol, tenham suas taras sexuais estimuladas e sejam induzidos ao desejo desenfreado que os faz abusar no assédio às mulheres.
Daí que o mal não é cortado pela raiz. Se as mulheres, com a campanha "Chega de Fiu-fiu", querem se afastar dos homens mais afoitos, melhor seria que a mídia também estimulasse um controle dos impulsos sexuais deles, abrindo mão do espetáculo grotesco das siliconadas que "mostram demais". O inverno é uma boa estação para repensar o fim desse "calor".
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