A última premiação da Mega Sena, na quarta-feira passada, deu o que falar.
Seus premiados foram assessores do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados que participaram de um bolão.
O prêmio total, de R$ 120 milhões, foi dividido pelos assessores, que apostaram um bolão de 49 cotas.
Os anti-petistas caíram na gozação, na maior grosseria.
O lunático (e terraplanista) ministro da Educação, Abraham Weintraub, fez um comentário irônico.
"Dois eventos praticamente impossíveis na mesma notícia: ganhar sozinho na Mega-Sena e petista ficar milionário sem roubar... estou com medo de ver um Saci Pererê hoje", disse.
Mas uma montagem de muitíssimo mau gosto foi publicada pelo jornal O Dia, do Rio de Janeiro.
Nela, dois engravatados aparecem segurando o cartaz que informa o valor da premiação.
Nos dois foram inseridos os rostos de Jair Bolsonaro preocupado e o ex-presidente Lula fazendo expressão de gozador, botando língua para fora.
Embora, aparentemente, O Dia tenha mostrado a foto para informar os memes produzidos devido ao episódio da Mega Sena, considerou-se o apelo psicológico da imagem na escolha da edição.
A ideia é mostrar o Lula como um suposto cínico, e a imagem vem primeiro na percepção do anti-petista, que só depois vai ler o texto, que não contraria sua histeria anti-PT.
Ou seja, pouco importa o sentido "informativo" e "imparcial" que, em tese, O Dia considerou ao publicar a imagem.
Mesmo de maneira subliminar, a publicação da montagem revela o cinismo da mídia hegemônica contra Lula, que é preso político.
E, além disso, na montagem Lula e Jair Bolsonaro aparecem "juntos", o que significa o interesse da sociedade golpista de 2016 querer se livrar dos dois.
Jair Bolsonaro já está avançando com seu pacote de maldades. Na semana que se encerrou, o presidente que havia se recuperado de uma cirurgia veio com duas maldades.
Uma é a aprovação da "minirreforma trabalhista", que dá sinal verde para o abuso do patronato contra os trabalhadores.
Aparentemente, a proposta favorece a desburocratização em ações como abertura de empresas, mas traz outros prejuízos para os trabalhadores.
A flexibilização da dispensa do registro de cartão de ponto, do mínimo de dez funcionários por empresa para vinte, pode favorecer irregularidades dos patrões no que se diz ao registro de horários, podendo assim burlar compromissos trabalhistas.
Outra maldade é o plano de permitir a destruição da Amazônia para que, depois, ela seja explorada por empresas estrangeiras, por finalidades que distanciem das caraterísticas ambientais da grande floresta.
Não dá para pôr Bolsonaro e Lula, este um grande humanista, em pesos iguais na balança ideológica.
Bolsonaro quer destruir o Brasil, Lula, pelo contrário, desejaria recuperar a liberdade e os direitos políticos para melhorar o país em todos os aspectos.
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