SUPOSTA INVESTIGAÇÃO SOBRE DAVID MIRANDA VISA CAUSAR PRESSÃO CONTRA SEU MARIDO, O JORNALISTA DO INTERCEPT GLENN GREENWALD.
O lawfare, ferramenta de ação da Operação Lava Jato, tenta se voltar contra os trabalhos que investigam os crimes cometidos por Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e companhia.
O excelente trabalho de Glenn Greenwald, que com sua equipe realiza uma minuciosa e prudente verificação de material diverso dos bastidores da OLJ é agora alvo de pressão do governo Jair Bolsonaro.
O COAF, Conselho de Controle de Atividades Financeiras, resolveu forjar investigações sobre supostas "movimentações financeiras atípicas" do deputado federal David Miranda, do PSOL fluminense.
David é marido de Glenn e as supostas investigações têm um fim claramente político.
O COAF está ligado a Paulo Guedes, que neste caso está blindando Sérgio Moro.
O órgão também pretendeu investigar as contas de Glenn Greenwald, com o objetivo de forjar acusações infundadas.
Glenn observou bem que o termo "movimentações financeiras atípicas" é justamente o que o COAF, antes de ser totalmente aparelhado pelo governo Bolsonaro, estava fazendo nas contas de Fabrício Queiroz, o BFF do "mito" e quase um "parente" da familia Bolsonaro.
"O que eles estão tentando fazer é criar uma equivalência do caso do Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz e Carlos Bolsonaro, que com certeza são culpados", disse Glenn.
A alegação é tendenciosa, e daqui a pouco vão chamar de "movimentação atípica" até uma simples retirada de dinheiro da poupança para coisas urgentes.
No caso de David Miranda, o que se faz é um vazamento ilegal, invasão de privacidade, e um claro ato de perseguição política, escancarada de tão explícita.
Quem se envolve nessa suposta investigação é que teme, tem a consciência pesada.
Afinal, o que eles querem apenas é desqualificar Glenn Greenwald através do "lofér" contra seu marido, que realiza exemplarmente seu papel parlamentar, substituindo o antigo titular Jean Wyllys, que hoje vive no exterior.
Glenn Greenwald realiza um trabalho altamente responsável, minucioso, cauteloso e com o único objetivo de informar a sociedade sobre a hipocrisia de pretensos combatentes da corrupção.
O trabalho de Glenn e seus parceiros, dentro e fora do The Intercept, é instigante e mostra o quanto Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, a partir de uma promiscuidade ilegal entre juiz e procurador, negociavam ações espúrias sob o verniz do "combate à corrupção".
E o trabalho de Glenn tem um aspecto especial, porque o jornalista, nascido nos EUA, atua em favor do Brasil, preocupado com a deterioração da democracia e do Estado de Direito.
As reportagens da Vaza Jato mostram o quanto a Operação Lava Jato não passou de um movimento de valentões de toga, que não media escrúpulos em desobedecer a lei para atingir seus objetivos.
A prisão de Lula é uma aberração, através da sentença prematura da segunda instância, sem que se permita que fossem continuados os recursos de ampla defesa, que é condição legítima determinada pela Constituição de 1988.
A ideia da prisão precipitada e politiqueira do ex-presidente é evitar que ele, favorito na campanha presidencial de 2018, vencesse as eleições e revertesse todo o golpe político de 2016.
Com Lula num novo mandato, ele reverteria os retrocessos do golpe político de 2016, como a venda de riquezas e empresas públicas brasileiras para os estrangeiros e a degradação do mercado de trabalho.
E aí, vemos o quanto o golpe político de 2016 faz de tudo para manter os retrocessos em andamento, para o bem dos rentistas e dos banqueiros, os maiores beneficiados dessa empulhação toda.
A ação contra David Miranda só vai queimar ainda mais a reputação já desgastada da Operação Lava Jato.
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