Mais um incidente houve na coleção de incidentes do governo Jair Bolsonaro.
Paulo Guedes até tentou competir com seu chefe com uma enorme grosseria.
O "superministro" da Economia ofendeu a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, dizendo que "ela é feia mesmo, não é mentira", o que causou indignação até em mim.
Afinal, não se pode ofender uma pessoa assim. E, além do mais, Brigitte Macron é linda e muito charmosa. E tem aquele estilo de beleza sexy tipo anos 1970. O presidente Macron é um felizardo.
Indo agora para o chefe do "posto Ipiranga", Bolsonaro ignorou a lista tríplice e escolheu Antônio Augusto Brandão Aras para futuro procurador-geral da República, a substituir Raquel Dodge que, no próximo dia 17, encerrará seu mandato no órgão.
A escolha ainda depende de ser aprovada no Senado Federal, tanto na votação da Comissão de Constituição e Justiça, quanto no plenário da casa legislativa.
A lista tríplice tinha outros nomes: os subprocuradores Mário Bonsaglia e Luíza Frischeisen e o procurador regional Blal Dalloul.
O presidente não é obrigado, segundo a lei, a escolher os três candidatos da lista tríplice para a Procuradoria-Geral da República, mas os procuradores esperam que um nome mais expressivo na carreira fosse escolhido.
Segundo ele, os subprocuradores Paulo Gonet e José Bonifácio Borges de Andrada (descendente do Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva), poderiam ter sido cogitados.
A classe dos procuradores da República, representada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), vai pressionar para o Senado não aprovar a indicação do presidente e, se houver a aprovação, os procuradores boicotarão cargos indicados pelo futuro titular da PGR.
Mas a coisa está tão complicada que Bolsonaro não ouviu o filho Flávio, que queria que o escolhido fosse Antônio Carlos Simões Soares.
A escolha de Antônio Augusto Aras teve como peso o respeito aos chamados produtores rurais.
Mas também essa escolha acabou causando problemas entre Bolsonaro e seu outro "superministro", Sérgio Moro, da Justiça, que já estão com as relações estremecidas.
Isso porque Moro queria que um nome da lista tríplice fosse o escolhido.
Mas a irritação veio mesmo dos bolsonaristas.
Eles acham que Antônio Augusto Aras tem aproximação com as esquerdas, o que é discutível. Mesmo assim, acreditam que, se ele tivesse assumido a Procuradoria-Geral da República em 2014, não haveria a Operação Lava Jato.
Mas também Aras desagradou as forças progressistas, por causa da escolha ter sido feita sem critérios técnicos.
Enfim, é mais um episódio a complicar ainda mais a política e o meio jurídico no Brasil.
Comentários
Postar um comentário