Depois da onda das "solteiras" popularescas, entre subcelebridades hedonistas e festeiras e mulheres vulgares de "corpos turbinados", o meio social das vida de solteiro vem com outro fenômeno estranho.
São as "solteiras espiritualizadas", que, mesmo sem seguir uma determinada religião, sentem algum apreço ao obscurantismo representado pela "religião espírita" ou por crenças similares.
O aspecto estranho começa quando se vê que são mulheres lindíssimas, relativamente cultas e de boa aparência, mas que vivem como "solteironas incuráveis" num contexto em que isso, no Brasil, não é uma tendência corrente.
Elas estão entre professoras, socialites, psicólogas, advogadas e outras bonitonas que parecem viver uma vida comum e até difundir coisas interessantes. Há também atrizes famosas nesse meio.
Essas "encalhadas" geralmente ouvem MPB e pop adulto em geral, às vezes gostando também de Beatles e a fase progressiva do Pink Floyd.
Elas são admiráveis até o momento em que elas participam de alguma atividade "espírita" ou publicam frases de "médiuns" picaretas fundamentadas na Teologia do Sofrimento ou em algum apelo de positividade tóxica.
Ou então oferecendo canais nas redes sociais para dar voz, em lives (altera de dialeto portinglês) com aproveitadores de pretensas e ridículas "profecias" como uma tal "data-limite" cheia de erros grotescos de Geologia e Sociologia, entre outras áreas do Conhecimento.
Das atrizes, temos caso de uma que emendava um casamento atrás de outro e casou jovem pela primeira vez, mas hoje fica apenas a viajar com dois filhos do último casamento desfeito.
Temos também uma atriz que foi namoradeira nos anos 1990, foi considerada símbolo sexual e parece viver atualmente em celibato.
Outra atriz foi estrela-mirim e hoje trata o ex-marido, um cantor de "pagode romântico", como um "simpático amiguinho".
O mais esquisito é que existem atrizes que parecem menos bonitas que as "espiritualizadas" - digo isso dentro do padrão estético dominante, porque as "menos bonitas" são até muito atraentes - e que estão muito bem casadas com seus maridos empresários ou cineastas.
Numa época em que mulheres consideradas atraentes quase sempre engatam algum namoro, é estranho haver tantas bonitonas "espiritualizadas" assim tão solitárias.
Num contexto em que famosas até problemáticas por conta de declarações ou posicionamentos controversos - como atacar o comunismo e forjar "representatividade" sem contexto - ficam casadas ou namorando, a gente não entende por que as "espiritualizadas" não arrumam namorado.
Nos perfis do Instagram, as "espiritualizadas" se limitam a mostrar fotos de viagens turísticas, receitas de bolo, ou às vezes alguma postagem sobre um tema cotidiano. Se descasadas, mostram fotos de passeios no bosque ou no parque de diversões com seus filhinhos.
E tem fotos de reflexões diante de pôr-do-sol, vídeos brincando com cães e gatos, fotos banais com familiares e amigos etc. Nada da "foto rara" ao lado de um marido ou namorado que essas moças aparentemente têm dificuldade ou desinteresse em ter.
O problema não é elas ficarem ou não solteiras em si, mas o contexto em que mulheres parecidas com elas têm facilidade de arrumarem namorados e as "espiritualizadas", vestindo as mesmas roupas e usando os mesmos produtos cosméticos das casadonas, permanecem "encalhadas".
Ou, por outro lado, as bonitonas "espiritualistas" perderem para mulheres que parecem "menos bonitas" mas que têm mais facilidade para engatar namoros ou manter casamentos.
E por que justamente as solteiras são as que mostram algum envolvimento com atividades "espíritas" ou "espiritualistas", de forma direta ou indireta?
Elas viraram garotas-propagandas de um movimento "espírita" ou "gnóstico" da hora? Viraram "musas" a atrair os chamados Incels para alguma conversão mística ou religiosa?
Ou elas serviriam de algum chamariz para solitários em geral recorrerem à fé religiosa como um socorro na situação de desespero?
Ou será que crenças assim são azarentas de forma que nem se uma atriz se tornar modelo de uma famosa grife de moda feminina consegue atrair aquele rapagão que está próximo dela nos eventos sociais relacionados?
Há também uma contradição, no caso da religião "espírita", que apesar da fachada do "livre arbítrio", defende valores como o Casamento e a Família, apresentar um número estranhamente grande de simpatizantes bonitas mas celibatárias.
O que se sabe é que é um fenômeno muito estranho o dessas solteiras "espiritualizadas". Talvez elas precisem ver algum filme estrelado pelo George Clooney. Ele se tornou um cupido acidental, porque toda mulher que aparece ao lado dele acaba sempre arrumando algum namorado ou marido.
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