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JAIR BOLSONARO SAI PERIGOSAMENTE FORTALECIDO NO SETE DE SETEMBRO

JAIR BOLSONARO CHEGANDO A BRASÍLIA PARA UM ATO DE APOIO A ELE.

Mais uma vez, a ameaça de golpe de Jair Bolsonaro não se consumou. Previa-se a invasão do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, mas tudo não passou de provocação.

O certo é que as manifestações pró-Bolsonaro no Sete de Setembro, infelizmente, cumpriram seu êxito, em que pese a maior parte dos manifestantes ter sido paga para participar.

Me lembro de um vídeo que eu fiz para o TV Linhaça, que parodia a "gratuidade voluntária" dos bolsonaristas: "Eu vim de graça / Eu vim de graça, sim! / O empresariado / Pagou as contas todas para mim".

O grande problema é que, com as esquerdas enclausuradas na "bolha" das redes sociais, o que fez o grito de "Fora Temer" ser inócuo e, hoje, mal faz cócegas no atual presidente da República, este saiu bastante fortalecido.

E isso é horrível, porque Jair Bolsonaro, em seu discurso, reafirmou suas ameaças contra o STF e a pessoa de Alexandre de Moraes, hoje mudado e empenhado corretamente no inquérito das fake news que ameaça resultar na prisão dos bolsonaristas.

Já houve até ensaios, como a prisão, depois revogada mas agora recogitada, de Osvaldo Eustáquio, influenciador bolsonarista, e na determinação para que os provedores de redes sociais retirem do ar canais de fake news.

Jair prega a desobediência civil e, diante de um grande público que, independente de ter sido pago, foi ver e aplaudir seu "mito" e se oferecer para defendê-lo no que for preciso, seu ato pode representar um golpe que não se deu hoje, mas se dará em breve.

As manifestações foram numerosas, diferente do que havia sido antes. E desmentem a ideia de que o Rio de Janeiro é a "capital bolivariana" do Brasil.

Infelizmente, apesar do cenário festivo que mistura, simbolicamente, as praias da Zona Sul, o Sambódromo e o Maracanã sob um céu ensolarado, a cidade do Rio de Janeiro e seu Estado homônimo se consolidam como o maior reduto bolsonarista do Sudeste.

Isso se deve tanto pelo Rio de Janeiro ser o berço político de Bolsonaro, reduto de maioria dos internautas mais reacionários - que promovem linchamento digital contra quem discordar de valores do "estabelecido" - e de milicianos que controlam 57% das áreas do Estado.

Aliás, a manifestação na Praia de Copacabana, que surpreendentemente ocupou a maior parte de seu entorno, teve a participação do ex-assessor da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz. Sim, o "sumido" Queiroz apareceu lá e recebeu afagos dos eufóricos manifestantes.

GRANDE QUANTIDADE DE BOLSONARISTAS EM COPACABANA CONFIRMA A REPUTAÇÃO DO RIO DE JANEIRO COMO O ESTADO MAIS REACIONÁRIO DA REGIÃO SUDESTE.

As esquerdas, agora para recuperar o tempo perdido, também fizeram manifestações, em lugares distantes dos bolsonaristas. 

Temia-se que cada um dos lugares fosse invadido por algum opositor do grupo participante, mas felizmente isso não ocorreu.

Para o Sete de Setembro, já fiquei tremendo de medo diante do risco de algum grande massacre, porque os bolsonaristas foram aconselhados nas redes sociais a irem armados.

Na véspera, procurei ficar calmo, e vi o discurso de Lula nas mídias progressistas com certo ceticismo, porque ando decepcionado com a forma com que o petista anda retomando sua projeção social.

Ele disse coisas óbvias e generalidades. Disse que vai promover um governo de paz, estimular o emprego e recuperar o país. Mas sem qualquer menção de alguma atitude concreta, só promessas mesmo.

Animadas com a 18ª anulação das acusações contra Lula na Operação Lava Jato, as esquerdas se confundem com os fatos.

Receber anulação da Justiça por acusações infundadas, agora canceladas, é algo comparável ao do resultado negativo de um exame anti-doping. Mas ter a acusação de doping rejeitada pelo exame não é o mesmo que ganhar medalha de ouro.

Lula não é vencedor de coisa alguma hoje em dia. Suas vantagens nas pesquisas de intenção de voto são apenas especulações. Ainda mais porque a campanha presidencial ainda não começou.

E fico apreensivo quando vejo que Lula está fazendo alianças com neoliberais. 

Ver que, na antes hidrófoba revista Veja - que chegou a inventar um suposto plano de fuga de Lula para a Itália, informação que sempre foi falsa - , Mateus Leitão, filho de Miriam Leitão, elogiar o petista é estranho.

Ninguém, entre os neoliberais que haviam sido neuroticamente antipetistas entre 2002 e 2018, passou a apoiar Lula porque gostou do "corpo sarado" do ex-presidente e atual presidenciável.

Lula deve ter cortado, às escondidas, muitos pontos de seu programa de governo, embora, na aparência, fique espalhando por aí que vai cometer ousadias quando voltar a presidir o país.

Não são pessoas como Fernando Henrique Cardoso e Tasso Jereissati, ou os "coronéis" do rádio de Salvador, como Marcos Medrado e Mário Kertèsz, que irão ceder às causas avançadas do petista.

Essas pessoas, que sentem horror a pautas como o cancelamento da reforma trabalhista e a regulação da mídia, é que querem que Lula abra mão de tudo isso.

Lula tem um projeto político próprio, mas o meu medo é que ele faça o papel de "moderado" nos moldes que Luciano Huck faria, se não tivesse desistido da candidatura presidencial para comandar o Domingão, que ele reinaugurou domingo passado.

Ver Lula fazendo o papel de "terceira via" é constrangedor. Sendo assim, seria melhor a terceira via propriamente dita, porque Lula não irá colocar seu projeto político em paz ou então terá que agir de maneira limitada, pressionado pelas alianças.

E um fato que se nota é que o bolsonarismo, bem ou mal, se fortaleceu, por culpa das esquerdas que, em vez de lutar por algo melhor, preferem imaginar que esse algo melhor já existe, quando a realidade desmente completamente.

Perdidos na memecracia, os esquerdistas achavam que era suficiente disputar com os bolsonaristas na produção de memes e tuitaços.

Erraram de estratégia. As esquerdas se isolaram nas redes sociais e passaram a tricotar entre si, e Bolsonaro saiu das "bolhas digitais" e está agindo de maneira mais versátil e habilidosa possível.

Pouco importa se os bolsonaristas exibiram um objeto inflável verde-amarelo cujo formato lembrava um pênis, o que causou risadas até em mim e no meu irmão.

Os bolsonaristas estão pouco ligando se estão fazendo gafes ou se estão burros. Estando armados e podendo fechar o STF, eles já se acharão vitoriosos.

As esquerdas, se tivessem, desde maio, feito protestos de ruas todos os dias ou, pelo menos, com uma frequência maior se não diária, Bolsonaro teria caído.

Dependendo do caso, nós teríamos chegado ao Sete de Setembro sob o governo do general Mourão ou do deputado Arthur Lira, no caso da chapa Bolsonaro-Mourão ter sido cancelada.

Seria um quadro político insosso, mas muito menos tenso e, por isso, mais tranquilizador.

Por um grande erro estratégico, as esquerdas querem "segurar" Bolsonaro achando que o melhor seria ele "levar uma surra" nas urnas em 2022, transformando a disputa presidencial num espetáculo sensacionalista da polarização.

Outro erro estratégico. Bolsonaro está crescendo e o risco de não termos eleições é alto.

As esquerdas, fechadas na sua "bolha digital", ficam fazendo chacotas contra o bolsonarismo e a terceira via, mas não metem a cara para pedir um Brasil mais justo. E ainda não gostam quando são criticadas por ter criado intervalos enormes entre um protesto e outro.

Jair Bolsonaro pode ter cometido pelo menos mais dois crimes, estimulando a desobediência civil dos seus apoiadores e ameaçando o equilíbrio dos Três Poderes, fator indispensável e essencial para a democracia.

Mas ele se fortaleceu, diante das instituições que se limitaram a fazer notas de repúdio ou promessas de punição criminal e das esquerdas que pensam que memecracia derruba presidentes tiranos.

E o presidente saiu perigosamente fortalecido. Esquerdas e forças isentas de centro podem duvidar disso, mas o otimismo dos bolsonaristas pode ser surreal, mas é extremamente perigoso para a vida do povo brasileiro.

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