O cantor Latino cometeu mais uma de suas inúmeras gafes, não bastasse a maior delas, que é ser bolsonarista.
Durante um passeio no litoral paulista, com sua atual noiva, Latino postou uma foto na Ilha Porchat, creditando o local como parte do município de Santos.
"Dominguei com a família em Santos. A emoção que eu estou sentindo é de muita gratidão espiritual. Obrigado meu todo poderoso", escreveu o funqueiro.
Com toda razão, a Internet desabou em cima dele, com muita gente criticando e lembrando que a Ilha Porchat fica em São Vicente (uma das cidades mais antigas do Brasil), não em Santos.
Com certeza, é uma gafe vergonhosa, um vexame muito grande.
Teve até ironia do ator Oscar Magrini, natural de Santos: "São Vicente, Latino? Nós santistas somos bairristas. Aí é a Ilha Porchat. Sorry".
Latino realmente é o tipo de pessoa que não merece credibilidade. Até porque, como cantor e compositor, é tão medíocre que anda pegando carona em sucessos estrangeiros.
Um deles é "Festa no Apê", versão de um pop dançante já bem rasteiro - bem ao gosto das Jovem Pan da vida - , "Dragostea Din Tei", do grupo (não banda!) romeno O-Zone.
E imaginar que a intelectualidade "bacana" do Farofafá tentou "guevarizar" Latino, ao mencionar seu antigo sucesso "Me Leva" como destaque no cardápio de um grupelho popularesco chamado "Superpopular".
Quanto à confusão, é correto se preocupar com a confusão entre Santos e São Vicente. Corretíssimo.
Mas tem outra confusão que ninguém dá bola: a de creditar Niterói como um "puxadinho" do município do Rio de Janeiro.
Já vi um monte de telejornal sério mostrando matérias de Niterói e colocando no crédito "Rio de Janeiro-RJ" e ninguém deu a mínima.
Já vi o UOL colocando notícias de Niterói e creditando "Rio de Janeiro", como se não houvesse diferença entre Icaraí e Ipanema.
Está certo que os niteroienses médios de hoje em dia estão tão provincianos que hoje eles aceitam numa boa fazerem papel de capachos da famosa cidade vizinha.
Vale lembrar que, quando chamo "niteroiense médio", NÃO falo de TODOS os niteroienses.
Falo "niteroiense médio" quando me refiro àquele niteroiense dito "formador de opinião", que não se importa com os horrorosos parquiletes que poluem o entorno de várias ruas da cidade e aceitam que a Rodovia RJ-106 faça papel de "avenida de bairro" entre Rio do Ouro e Várzea das Moças.
É aquele "niteroiense feliz" que parece estar mais com os olhos no Maracanã do que na sua cidade e só entende da "mobilidade urbana" de duas formas: a "mobilidade" de sua mão para levar o copo de cerveja para a boca e a "mobilidade" do artilheiro do futebol carioca em levar a bola para o gol.
Esse nem se importa se Niterói virou um quintalzinho do Rio de Janeiro.
Já os bons niteroienses, que se sentem abandonados até por seus conterrâneos, quanto mais do prefeito da cidade (que parece não existir), esses não aceitam humilhação.
Mas, fazer o quê? O bom niteroiense não é ouvido sequer pelo jornalista de Internet que mais parece "correspondente da Rua Ator Paulo Gustavo", que mal consegue ver o parquilete da rua atrapalhando o trânsito, enquanto há um calçadão enorme para botar cadeiras.
Esse jornalista de Internet mais parece preocupado em publicar só coisas óbvias, embora necessárias, como tiroteios e congestionamentos, mas problemas mais complexos, nem suplicando.
Se falar que a "avenida de bairro" da RJ-106 causa congestionamentos e atrapalha o trândito de quem vai e vem da Região dos Lagos - Rio do Ouro e Várzea das Moças que criem avenida para eles, tem até terreno para isso! - , o jornalista da Internet de Niterói nem dá bola.
A postagem sobre o assunto nem entra na sua página, não repercute, não apita. O "niteroiense médio" não vai para a Região dos Lagos, nas férias vai para a Barra da Tijuca ou Angra dos Reis.
E esse provincianismo está bem de acordo com essa ideia de que Niterói é um puxadinho do Rio de Janeiro. E pensar que Niterói já foi capital do Estado do Rio de Janeiro e era considerada um Eldorado para muitos fluminenses do interior.
Mas, hoje em dia, rolam "festas no apê" nos edifícios chiques dos "niteroiense médio", sobretudo depois de cumprida a tarefa de assistir ao futebol carioca pela televisão.
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