Meu ritmo de produção do blogue diminuiu por diversas razões.
Estou com dificuldades, procurando emprego e investindo em várias tentativas de produzir renda.
Falo que preciso vender meus livros e ninguém leva a sério.
Paciência, é o Brasil-Instagram, em que os brasileiros médios preferem, em bloco (ou em gado?) financiarem as mansões dos já milionários autores de ficções medievais, dramalhões adolescentes, livros de vanpiros estudantis, "livros para colorir" e as auto-ajudas de sempre.
Não foi o Fausto Silva, nos últimos dias de seu programa na Rede Globo, que recomendou o meu livro Esses Intelectuais Pertinentes... para a "galera" ler.
Também, o livro vai contra o popularesco gourmet do brega-vintage (Michael Sullivan, Art Popular, Chitãozinho & Xororó, Raça Negra, Alexandre Pires etc) que o Faustão tanto divulgava e que terá seu espaço garantido no atual Domingão do Huck.
Os meus livros não são flanelas digitais ou impressas para ficar passando pano nisso e naquilo e, infelizmente, o "maravilhoso" mercado literário da atualidade tem mais panos para se passar por aí do que muitas sessões de material de limpeza dos supermercados.
Ando produzindo um livro que, pelo menos, deve interessar ao setor vintage da sociedade cultural brasileira.
O livro 1961 - O Ano Que Havíamos Esquecido, começou a ser escrito há dez anos e meio, por volta de março ou abril de 2011, e as pesquisas haviam sido feitas dez anos antes, em 2001.
É, portanto, um trabalho de vinte anos de pesquisas intensas, que está em fase de finalização.
Pelo menos o público médio verá um trabalho que dá uma folga no senso crítico afiado que embrulha os estômagos frágeis do Brasil-Instagram. Dou uma pausa no meu passatempo de atirar nuvens cinzas para o "céu de brigadeiro" do universo Teletubbies das redes sociais.
Eu escrevo sobre um período passado, focalizando a abordagem historiográfica, com temas diversificados que envolvem até mesmo setores em que não sou especialista, como esportes e música clássica, mas que descrevi da melhor forma, como um narrador jornalístico.
Foi um grande prazer escrever o livro, juntar material e colocar um monte de informação que faz de 1961 um ano esquecido, mas muito importante do século XX.
A década de 1960 começou em 1961. Se houve transformações em torno dos impactantes anos 1960, as condições foram inevitavelmente oferecidas por 1961.
Que, como em 2021, contou com confusões políticas (só que com Jânio Quadros, em vez de Jair Bolsonaro) e perspectivas de um governo progressista de poderes limitados (com João Goulart "parlamentarista" no lugar de Lula "abraçado com a frente ampla demais").
Sem 1961, não teríamos 1968. E muita surpresa de verdade mostrarei no livro, que será um pouco mais caro, pela quantidade de páginas e capítulos que mostram uma década dinâmica.
Em breve o livro será lançado. Falta pouco. Estou na fase final de acabamento.
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