O presidente Michel Temer está cometendo imoralidade para se manter no poder.
Compra deputados, transforma ministros em parlamentares provisórios para votar a favor do presidente, dá dinheiro para quem quiser ou puder mantê-lo no poder.
O governo está se tornando mesquinho, não bastasse o carisma nulo de Temer e sua indiferença quanto à impopularidade de sua pessoa.
O Brasil está há tempos desgovernado, e é preocupante a despreocupação de muitos brasileiros.
Pelo menos da classe média que antes batia panelas e ia para as ruas teleguiados por um pato de borracha.
Manifestações contra Temer existem, mas ainda é muito pouco.
Ontem, houve manifestações em várias capitais do país, sendo a principal em São Paulo, que contou com vários políticos do Partido dos Trabalhadores e membros de vários movimentos sociais.
Embora em quantidade significativa, ainda não é decisiva para derrubar o temeroso governo.
Deveria haver mais e sair um pouco do ideologismo petista.
Não que Lula não mereça solidariedade, a essas alturas condenado pelo disse-me-disse sem provas reais, além de um apartamento de classe média e um sítio com tamanho de um modesto albergue.
Mas é porque o PT anda sendo muito desgastado pela grande mídia, que as esquerdas deveriam adotar protestos que ultrapassassem esse limite partidário.
Isso é complicado? É, sim, e sabemos o quanto as esquerdas, desalojadas do poder, têm dificuldade para se articular contra os assaltantes políticos no comando.
Eu não tenho a receita definitiva, afinal sou apenas uma pessoa, mediante tantas, e eu mesmo não sei o que poderia ser realmente eficaz para derrubar os plutocratas.
Mas creio não ser adequado a espetacularização nem a assimilação de tendências oriundas da mídia venal, como o "funk".
Não tenho condições de dizer até que ponto, por exemplo, o senso de humor pode dar efeito nas manifestações, se elas podem ser menos panfletárias, a que ponto valem os discursos políticos etc.
Enquanto isso, Temer arruma até um jeito para abafar vazamentos de gravações.
O Palácio do Planalto instalou um "misturador de vozes", que produz ruídos que "escondem" as conversas de Temer com seus aliados.
Isso numa época em que o temeroso presidente começa a se desentender com o presidente da Câmara dos Deputados e seu vice na linha sucessória, Rodrigo Maia.
Um desentendimento disfarçado de entendimento, por conta das conveniências.
Uma falsa troca de elogios, enquanto Temer tenta se manter no poder e Maia articula um virtual novo governo.
Outro ato de Temer é aumentar o preço da gasolina, sob o pretexto de aumentar a arrecadação de impostos, até porque o aumento se dará através da porcentagem do tributo sobre o combustível.
O aumento vai de R$ 0,38 para R$ 0,79, ou seja, uma soma de R$ 0,41 sobre o valor atual.
Temer descumpriu a promessa de aumentar impostos.
Aliás, que garantia Temer tinha dado em favor dos brasileiros?
Nenhuma.
Ele cairá de podre, mas é preciso mais manifestações e mais pressão para que a plutocracia não se consolide arrumando outro temeroso presidente de plantão.
Porque o que está em jogo não é o governo Temer em si, mas o projeto ultraliberal que sempre arrumará outro chefe de plantão para implantar seu programa por meio do Governo Federal.
Um programa que é de agrado de certo tio. O nome Samuel dá a dica.
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