Alguém já imaginou na hipótese de remover sua tatuagem um dia?
A mania das tatuagens é um modismo, e um dia irá acabar.
Sabemos que isso vai doer nas pessoas, que irão reagir com indignação, achando que isso não é modismo, é "filosofia de vida", "estilo de personalidade" e outros papos fáceis.
Vão usar a choradeira do "preconceito", desculpa para as pessoas fazerem o que quiserem, criando a "Contracultura do umbigo".
Na "Contracultura do umbigo", as pessoas carregam demais no hedonismo e usam a desculpa do "preconceito" para se acharem acima do tempo, do espaço e dos contextos do momento.
Mas a realidade é que o uso de tatuagens nem de longe significa vanguarda ou atitude de rebeldia.
Pelo contrário, quanto mais tatuada a pessoa for, mais cafona ela acaba sendo.
Além do mais, a tatuagem coloca o Brasil num contexto em que se equipara à virada dos anos 1940 aos 1950 nos EUA.
Nessa época os estadunidenses passaram a gostar mais de tatuagem, e a sociedade estava carregada de conservadorismo. Como no Brasil de hoje.
Era uma época à véspera do macartismo, a campanha de delação anti-esquerdista do senador Joseph MacCarthy.
Pessoas podem fazer papo cabeça nas mídias sociais defendendo o direito de ser tatuado pelo resto da vida, queimando a cabeça e os nervos e teorizando à toa sobre liberdade.
A princípio, não há problema. Mas é impossível que cem por cento das pessoas que falam no "direito de ser tatuado" realmente tenham razões de sobra para isso.
Só vinte por cento realmente quer ser tatuado. Os demais apenas têm preguiça de encarar sessões cirúrgicas muito dolorosas.
As cirurgias são dolorosas, quase sempre deixam cicatrizes e exigiriam plásticas sucessivas.
Sem falar das clínicas cirurgicas clandestinas ou de baixo conceito, que podem trazer até mortes por erros médicos ou contaminação.
Escolher uma boa clínica não é para qualquer um e aquele popularesco que cobriu o corpo de tatuagens é que vai penar mais.
Só que o modismo das tatuagens está acabando e um dia ser tatuado não será o máximo.
Já não está sendo, o diferencial acabou se invertendo para os não-tatuados.
Ou, quando muito, por pessoas que usam tatuagens mais discretas.
O certo é que o modismo vai acabar um dia.
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