RAUL JUNGMANN E MICHEL TEMER - SAUDADES DE 1964.
A saída do chefe da Polícia Federal, Fernando Segóvia, da chefia da Polícia Federal, foi um fato recente e menor.
Segóvia não foi um membro influente do governo Temer e parecia apto a falar dos escândalos de propina no porto de Santos, reduto do temeroso Michel Temer.
Segóvia se expôs demais ao pedir o arquivamento do processo contra o presidente relacionado ao caso, alegando que "não há indícios de crime" e depois de, em outro inquérito, perguntar se uma "única mala" seria suficiente para acusar Temer de envolvimento.
O esquema se refere à favorecimento de uma empresa nos contratos operacionais no porto de Santos.
Aparentemente, Raquel Dodge dispensou o depoimento de Segóvia e o Supremo Tribunal Federal leva o processo contra Temer adiante, sob os cuidados do relator Luís Roberto Barroso.
Pelo andar da carruagem, é um processo que vai dar em nada, mas que se seguirá apenas para "mostrar serviço".
Enquanto isso, Segóvia, que ficou no cargo apenas 99 dias, foi substituído pelo secretário Robério Galloro, um braço-direito de Raul Jungmann.
Este parece ter aumentado o poder após a decisão da intervenção militar no Rio de Janeiro.
Tanto que deixou o Ministério da Defesa para assumir a pasta do recém-criado Ministério da Segurança Nacional.
A Defesa, pela primeira vez em 20 anos de criação da pasta, está agora sob responsabilidade do general da reserva, Joaquim de Silva e Luna, especialista em combate em áreas urbanas.
Tanto as escolhas de Silva e Luna quanto de Galloro para os respectivos cargos foram defendidas pelo general Sérgio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Temer.
O sobrenome Etchegoyen é conhecido. O membro do Clube Militar, Alcides Etchegoyen, que atuou no Estado Novo no gabinete do ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, é avó de Sérgio.
O Clube Militar era conhecido pelo seu poder de influência na opinião pública, quando reagia contra governos progressistas.
Em 1964, era voz ativa na defesa da queda de João Goulart.
Hoje, Sérgio Etchegoyen segue o mesmo ímpeto, em outra função, mas empenhado em endurecer o cenário político nacional.
À primeira vista - leia-se através dos noticiários oficiais da mídia hegemônica - , os militares só atuarão no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro e nas fronteiras deste Estado.
O general Braga Neto, interventor fluminense, disse que "não está prevista" uma ação permanente do Exército em comunidades.
Mas observa-se, todavia, que o clima está muitíssimo pesado.
Até crianças estão sendo revistadas e os moradores estão sendo fichados como se fossem suspeitos.
Muita gente de bem, comprovadamente honesta pelo convívio cotidiano, está sendo tratada como se fosse acusada de um suposto crime.
A humilhação e o medo está generalizado, as classes populares vivem um clima de apreensão.
E isso num contexto em que a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, vive uma situação delicada.
Ela terá que marcar para esta semana a votação da prisão em segunda instância pedida por Edson Facchin para poder julgar o habeas-corpus pró-Lula.
Caso Carmen não votar, o processo que dará na prisão do ex-presidente Lula terá mais um passo quando o Ministério Público Federal enviará seu parecer contra o recurso movido pela defesa do petista.
Carmen tende a se influenciar pela grande mídia, sobretudo a Rede Globo, desprezando a Constituição.
Ela pode permanecer em silêncio e deixar o MPF avançar com suas manobras contra Lula.
O Brasil vive um pesadelo político que muitos não conseguem perceber.
A decadência do governo Michel Temer, o tendenciosismo do Judiciário e similares, o arbítrio das Forças Armadas.
Será um reboot da ditadura militar a caminho?
A saída do chefe da Polícia Federal, Fernando Segóvia, da chefia da Polícia Federal, foi um fato recente e menor.
Segóvia não foi um membro influente do governo Temer e parecia apto a falar dos escândalos de propina no porto de Santos, reduto do temeroso Michel Temer.
Segóvia se expôs demais ao pedir o arquivamento do processo contra o presidente relacionado ao caso, alegando que "não há indícios de crime" e depois de, em outro inquérito, perguntar se uma "única mala" seria suficiente para acusar Temer de envolvimento.
O esquema se refere à favorecimento de uma empresa nos contratos operacionais no porto de Santos.
Aparentemente, Raquel Dodge dispensou o depoimento de Segóvia e o Supremo Tribunal Federal leva o processo contra Temer adiante, sob os cuidados do relator Luís Roberto Barroso.
Pelo andar da carruagem, é um processo que vai dar em nada, mas que se seguirá apenas para "mostrar serviço".
Enquanto isso, Segóvia, que ficou no cargo apenas 99 dias, foi substituído pelo secretário Robério Galloro, um braço-direito de Raul Jungmann.
Este parece ter aumentado o poder após a decisão da intervenção militar no Rio de Janeiro.
Tanto que deixou o Ministério da Defesa para assumir a pasta do recém-criado Ministério da Segurança Nacional.
A Defesa, pela primeira vez em 20 anos de criação da pasta, está agora sob responsabilidade do general da reserva, Joaquim de Silva e Luna, especialista em combate em áreas urbanas.
Tanto as escolhas de Silva e Luna quanto de Galloro para os respectivos cargos foram defendidas pelo general Sérgio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Temer.
O sobrenome Etchegoyen é conhecido. O membro do Clube Militar, Alcides Etchegoyen, que atuou no Estado Novo no gabinete do ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, é avó de Sérgio.
O Clube Militar era conhecido pelo seu poder de influência na opinião pública, quando reagia contra governos progressistas.
Em 1964, era voz ativa na defesa da queda de João Goulart.
Hoje, Sérgio Etchegoyen segue o mesmo ímpeto, em outra função, mas empenhado em endurecer o cenário político nacional.
À primeira vista - leia-se através dos noticiários oficiais da mídia hegemônica - , os militares só atuarão no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro e nas fronteiras deste Estado.
O general Braga Neto, interventor fluminense, disse que "não está prevista" uma ação permanente do Exército em comunidades.
Mas observa-se, todavia, que o clima está muitíssimo pesado.
Até crianças estão sendo revistadas e os moradores estão sendo fichados como se fossem suspeitos.
Muita gente de bem, comprovadamente honesta pelo convívio cotidiano, está sendo tratada como se fosse acusada de um suposto crime.
A humilhação e o medo está generalizado, as classes populares vivem um clima de apreensão.
E isso num contexto em que a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, vive uma situação delicada.
Ela terá que marcar para esta semana a votação da prisão em segunda instância pedida por Edson Facchin para poder julgar o habeas-corpus pró-Lula.
Caso Carmen não votar, o processo que dará na prisão do ex-presidente Lula terá mais um passo quando o Ministério Público Federal enviará seu parecer contra o recurso movido pela defesa do petista.
Carmen tende a se influenciar pela grande mídia, sobretudo a Rede Globo, desprezando a Constituição.
Ela pode permanecer em silêncio e deixar o MPF avançar com suas manobras contra Lula.
O Brasil vive um pesadelo político que muitos não conseguem perceber.
A decadência do governo Michel Temer, o tendenciosismo do Judiciário e similares, o arbítrio das Forças Armadas.
Será um reboot da ditadura militar a caminho?
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