A obsessão de Lula pela política externa em vez da real reconstrução do Brasil pode causar sérios problemas, inclusive diplomáticos, na medida em que o presidente brasileiro fala demais e se meteem polêmicas não apenas desnecessárias, mas perigosas para a segurança nacional do Brasil.
Ontem, no discurso feito na reunião de cúpula da União Africana, Lula criticou o genocídio em Gaza, comparando esta violência com o holocausto nazista. Independente de realmente o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu realmente agir como um tirano, a declaração de Lula pode ser descontextualizada e já criou um conflito diplomático entre Brasil e Israel.
A Confederação Israelita do Brasil (CONIB) enviou um comunicado repudiando a declaração de Lula, dizendo que o presidente brasileiro distorceu de forma perversa os fatos, pois a comparação não pode ser assim jogada ao vento. Falar numa cúpula internacional não é igual a falar opiniões num botequim do ABC Paulista. Lula acaba sendo interpretado como alguém que atacou o judaísmo e oferece munição para bolsonaristas atacarem o presidente do Brasil.
Em seu pior mandato como presidente do Brasil, Lula deveria ter priorizado a política interna e cuidado melhor do povo brasileiro, em vez de viajar pelo mundo depois de criar um estranho clima de festa no Brasil.
No exterior, Lula, como se estivesse numa lavanderia, falou demais nos discursos que deu, principalmente quando, mesmo na condição de convidado ouvinte na reunião do G-7 no Japão, Lula tentou roubar protagonismo falando, na cara do presidente dos EUA, Joe Biden - com o qual negociou um programa para favorecer sindicatos pelegos dos dois países - , contra a política imperialista estadunidense.
Lula não só não deveria ter viajado para o exterior, como deveria evitar tais discursos, porque isso provoca polêmicas não apenas desnecessárias, mas que são até necessárias de serem evitadas, devido ao risco que poderia trazer para nosso país.
Pouco importa se a mídia progressista adorou o discurso "desafiador" de Lula. Não se trata de dizer que o imperialismo dos EUA junto a seus países clientes, como Israel, esteja correto, mas não é ocasião para Lula, que se contradiz entre o conciliador de alguns momentos e o provocador de outros, sair pir aí plantando controvérsia.
Atitudes assim podem impulsionar conflitos bélicos e trazer insegurança para os brasileiros. A situação pode complicar para nosso país. Lula, querendo falar demais, erra de maneira mais grave e perigosa quando se expõe no exterior, querendo se intrometer em assuntos alheios e falando o que não se deve falar.
Com muito menos, João Goulart foi deposto por um golpe militar. Embora aparentemente os tempos mudaram, tudo pode acontecer. Lula vai acabar trazendo prejuízos para o Brasil, na sua obsessão na sua promoção pessoal e na grandiloquência que mascara seu governo medíocre.
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