Não foi desta vez que a tal grande banda de Rock Brasil tão prometida pelas rádios 89 FM, de São Paulo, e Cidade, do Rio de Janeiro, veio à tona. Também, o que esperar de suas rádios que rigorosamente reproduzem a mentalidade das Jovem Pan 2, Mix FM e Energia 97 da vida?
A "nova" sensação do momento, a banda paulista Malta junta um som "pesado" - mas dentro do padrão "lapidado" aceito por essas "rádios rock" - com letras românticas, em que pese todo o aparato de tatuagens e visual "malvado" que inclui gestos faciais "irados" e até sinal do "demo" com as mãos.
A banda foi lançada no reality show SuperStar, da Rede Globo. Em tese, ser lançado em reality show não é um problema em si, mas na maioria das vezes quem se projeta possui talento duvidoso. Nomes como Grazi Massagera, Jean Willys e Roberta Sá são exceções, até porque eles já tinham trabalhos próprios antes de entrar em programas assim.
Já o Malta, divulgado também na grande mídia, inclusive jornais popularescos e TV aberta, soa como uma imitação brasileira do Nickelback, dentro daquela linha entre o Linkin Park e o Matchbox 20, um tanto "pesado", um tanto "melodioso", mas bastante comercial.
Portanto, não se trata de uma nova Legião Urbana nem de outra banda que criasse um grande impacto e desse novo fôlego ao acomodado Rock Brasil. E nem soa algo que justificasse a existência de duas rádios mofadas, que apesar da alardeada imagem de "roqueiras", não passam de rádios pop comuns com vitrolão "roqueiro" e marketing falsamente rebelde.
O Malta apenas fará sucesso parecendo "novidade", a exemplo do CPM 22 há uns dez anos atrás. O CPM 22 surgiu como imitação do Blink 182, o Malta vem como imitação de Nickelback. Serão apenas grandes sucessos comerciais, mas nada que somasse artisticamente alguma coisa. O rock brasileiro continuará acomodado, limitado a essas fórmulas comerciais.
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