A atriz inglesa Emma Watson deu uma boa lição de como é uma verdadeira visão feminista, o que faz corar de vergonha as provincianas e grotescas funqueiras brasileiras, que se acham detentoras de uma visão falsamente moderna do feminismo.
Emma Watson, em um discurso recente na ONU, afirmou que questiona o mito feminista do "ódio aos homens", preferindo pensar o feminismo como uma luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.
"Eu fui nomeada (para o posto de Embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas) há seis meses e o que mais falei a respeito de feminismo, o que mais percebi é que a luta pelos direitos das mulheres é frequentemente vista como sinônimo de ódio aos homens. Se existe alguma coisa que eu sei com certeza, é que isto tem que parar", diz a atriz, famosa pelos filmes de Harry Potter.
Isso é muito diferente da visão "moderna" que se faz do feminismo brasileiro, em que o rebolar de glúteos siloconados, associado a um pretexto "popular", sustenta uma visão falsamente independente da mulher, forçosamente celibatária e fundamentada numa aversão aos homens.
A "liberdade do sexo" vira uma desculpa esfarrapada, tal qual a "liberdade de expressão" dos jornalistas mais reacionários, e a vulgaridade feminina trouxe até episódios constrangedores, como Solange Gomes vestindo pouca roupa num frio de dez graus e a Mulher Filé rebolando depois de sofrer uma queda.
É evidente que isso não é feminismo, porque as musas siliconadas se baseiam em estereótipos machistas, e elas mesmas são sustentadas por empresários "artísticos" e patrocinadas por dirigentes esportivos e carnavalescos para exibir a imagem de "objetos sexuais" enquanto usam a aparente solteirice para forjar uma postura pseudo-feminista.
Essas "feministas" deveriam lavar suas bocas com sabão, assim como as mulheres intelectuais que deveriam contestar a vulgaridade feminina, mas se tornam complacentes e corroboram o falso feminismo dessas "musas populares".
A lição de Emma Watson terá que ser considerada por nossas cientistas sociais, cineastas, jornalistas e ativistas dos movimentos sociais que ainda acreditam no "feminismo de glúteos" das "musas populares".
Porque, lá fora, não tem essa conversa de que o grotesco das mulheres-objetos é feminismo só porque é "popular" e elas não se projetam sob a sombra do cônjuge masculino. Esse circo das mulheres siliconadas é visto como machismo puro, pior até do que o feminismo "anti-homem" que Emma questionou em seu discurso.
Realmente, Emma Watson deu seu grande exemplo de classe e coerência. Parabéns a ela.
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