O Brasil está sem governo. Afinal, o presidente Jair Bolsonaro não consegue controlar a crise que atinge seu governo e decepciona até seus aliados mais fervorosos.
Vemos Olavo de Carvalho se desentendendo com políticos do PSL, políticos do PSL se desentendendo entre si, e até o Arthur do Val, o "Mamãe Falei", que posou com uma arma ao lado de Eduardo Bolsonaro, falou mal do irmão deste.
"É urgente que Flávio Bolsonaro tome a única atitude honrosa possível: RENUNCIE ou, no mínimo, se licencie e vá cuidar de sua defesa", disse o deputado estadual pelo DEM paulista e ativista direitista ligado ao Movimento Brasil Livre (isto é, Movimento Me Livre do Brasil).
"Mamãe Falei", um dos críticos ferozes do esquerdismo e bolsonarista entusiasmado, se sentiu decepcionado com Flávio Bolsonaro, acusado de ser um dos beneficiados das movimentações financeiras "atípicas" de Fabrício Queiroz.
Consta-se que Fabrício teria movimentado mais dinheiro. Fala-se em R$ 7 milhões.
Em entrevista à Record TV, no último domingo, Flávio Bolsonaro disse que o dinheiro recebido seria para "compra e venda de um apartamento".
A desculpa é comparável com a do próprio ex-motorista do senador, que havia dito que movimentava dinheiro para "compra e venda de carros".
Tudo isso parece engraçado, é verdade, porque há muita coisa ridícula nesse festival de escândalos do governo de Jair Bolsonaro.
Mas a pergunta que se tem é essa, além da questão de que o governo Jair Bolsonaro caminha para o fim, com precocidade surpreendente.
É a de que como vai ser o Brasil depois de Bolsonaro. O sonho anti-petista de muitos reaças, que já gerou na confusão do governo Temer, agora é o pesadelo bolsonarista que nem seus adeptos estão gostando.
Já foram colocados nada menos que 21 militares em vários cargos do governo Bolsonaro. Em maioria, generais.
O que será que isso significa? Espero que não seja o pior...
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