ENQUANTO OS BRASILEIROS COMEMORAVAM OS GOLS DA SELEÇÃO BRASILEIRA NA COPA DO MUNDO 2018...
Até que ponto uma vitória da Seleção Brasileira de Futebol irá refletir na melhoria do país?
Certamente, uma vitória no futebol não influi positiva nem negativamente na vida do povo brasileiro.
É apenas um lazer, uma animação, e o máximo que acontece é apenas trazer alegria para os torcedores.
Nada demais.
No entanto, a grande mídia e o mercado supervalorizam o futebol, a ponto de uma simples vitória parecer uma questão de vida ou morte.
É uma manipulação ideológica, uma jogada (desculpe o trocadilho) de marketing, mas isso acaba sendo levado muito a sério.
Agora dependemos da vitória do time brasileiro na Copa da Rússia para não esperarmos o pior.
Se houver uma derrota, a população ficará em baixo astral e, daí para a extrema-direita chegar ao poder, é um pulo.
Infelizmente, estamos vivendo um período muito delicado.
As forças progressistas mereceriam voltar ao poder, mas elas andam muito castradas, pela pressão da plutocracia e pela falta de pressão da população.
E se a plutocracia ficou (discretamente, para não "queimar" nas redes sociais) feliz com a prisão do ex-presidente Lula, ela pode ser reforçada com mais uma sentença do juiz Sérgio Moro.
...O SÍTIO DE ATIBAIA SE TORNA MAIS UM "BEM" USADO POR SÉRGIO MORO PARA BANIR DEFINITIVAMENTE LULA DA CAMPANHA ELEITORAL DE 2018.
Desta vez, o inquérito envolve o sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, propriedade supostamente atribuída a Lula pelos delatores da Lava Jato.
A exemplo do triplex do Guarujá, as delações não vieram acompanhadas de provas consistentes, tudo ficando no disse-me-disse.
Mesmo assim, Moro acatou e, a exemplo de várias ocorrências da Lava Jato e do Judiciário associado (alguns ministros do Supremo Tribunal Federal como Luís Roberto Barroso, Carmen Lúcia e Alexandre de Moraes), usa-se a "coincidência" de tempo para fins oportunistas.
Assim como se aproveitou períodos de folga do Judiciário para adiar o julgamento do pedido de libertação do ex-presidente, Moro deixou para o período eleitoral a divulgação da sentença contra Lula no caso do sítio.
A "coincidência", desta vez, está no roteiro de depoimentos, que incluem duas testemunhas de defesa: o ex-ministros Dilma Rousseff, também sucessora de Lula, e o cantor e compositor Gilberto Gil, que durante anos exerceu a pasta da Cultura.
Entre outros depoentes, desta vez de acusação, estão os executivos de empreiteiras Emílio e Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, e o dono do sítio, Fernando Bittar.
A propaganda eleitoral começará em 31 de agosto, e a manutenção da prisão de Lula, que o julgamento daquele mês poderá ou não confirmar (mas, pelo comportamento do Judiciário, tende à confirmação), ainda pode incluir avaliação da Lei da Ficha Limpa.
Além disso, a própria influência da mídia e do mercado, com a vitória da Seleção Brasileira de Futebol e, provavelmente, com a conquista do hexa, tende a trabalhar num candidato neoliberal.
Até agora não houve um consenso, mas a ameaça extremo-direitista, pelo menos, também é repudiada pelo mercado, que vê no fascismo um provocador de desordem e caos, potencialmente causador de crises econômicas gravíssimas.
O mercado quer um líder submisso a seus interesses e não um aventureiro que, por mais que combata o esquerdismo, também pode ir longe demais e botar tudo a perder, tornando-se um perigo até para quem defende o fascismo e para quem o vê como um "mal necessário".
Daí que andam ventilando vários nomes de "centro" (ou centro-direita), dos quais se destacam Marina Silva, Geraldo Alckmin, Álvaro Dias, Henrique Meirelles e, de maneira um tanto dissimulada, Ciro Gomes.
E isso quando a hottie Valéria Monteiro também entrou em processo para poder concorrer à Presidência da República.
A situação tende a uma capitalização da mídia e do mercado, que talvez possam tomar uma posição oficial para que candidato neoliberal tendem a lançar como "favorito".
Vai depender de como se vai trabalhar a agenda positiva, na hipótese do hexa ser conquistado pelo futebol brasileiro na Rússia, aproveitando o alto astral da população.
Será uma espécie de "engenharia publicitária", que possa também aproveitar o rótulo de "novo" da perspectiva política que predomina desde 2016.
A má imagem das camisetas da CBF, trazida pelos manifestoches, se arrefeceu e, no último jogo entre as seleções brasileira e mexicana, os brasileiros voltaram a vestir verde e amarelo com orgulho.
Mas talvez a mídia hegemônica e o mercado possam aproveitar isso para darem continuidade ao "espírito de 2016", desta vez num contexto mais positivo e alegre.
Devem aparecer os "coxinhas do bem" para impedir a volta das forças progressistas, mas também para evitar a ascensão dos extremo-direitistas.
A plutocracia quer isso e as esquerdas deveriam se unir e aumentar a carga de pressão, se quiserem voltar ao poder.
Diante das estruturas de poder que envolvem a plutocracia hoje, a volta das esquerdas será muito difícil, o que fará o Brasil obrigado a aguentar os retrocessos políticos dos últimos anos.
A diferença é que o golpe político de 2016 tende a ficar mais açucarado.
Até que ponto uma vitória da Seleção Brasileira de Futebol irá refletir na melhoria do país?
Certamente, uma vitória no futebol não influi positiva nem negativamente na vida do povo brasileiro.
É apenas um lazer, uma animação, e o máximo que acontece é apenas trazer alegria para os torcedores.
Nada demais.
No entanto, a grande mídia e o mercado supervalorizam o futebol, a ponto de uma simples vitória parecer uma questão de vida ou morte.
É uma manipulação ideológica, uma jogada (desculpe o trocadilho) de marketing, mas isso acaba sendo levado muito a sério.
Agora dependemos da vitória do time brasileiro na Copa da Rússia para não esperarmos o pior.
Se houver uma derrota, a população ficará em baixo astral e, daí para a extrema-direita chegar ao poder, é um pulo.
Infelizmente, estamos vivendo um período muito delicado.
As forças progressistas mereceriam voltar ao poder, mas elas andam muito castradas, pela pressão da plutocracia e pela falta de pressão da população.
E se a plutocracia ficou (discretamente, para não "queimar" nas redes sociais) feliz com a prisão do ex-presidente Lula, ela pode ser reforçada com mais uma sentença do juiz Sérgio Moro.
...O SÍTIO DE ATIBAIA SE TORNA MAIS UM "BEM" USADO POR SÉRGIO MORO PARA BANIR DEFINITIVAMENTE LULA DA CAMPANHA ELEITORAL DE 2018.
Desta vez, o inquérito envolve o sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, propriedade supostamente atribuída a Lula pelos delatores da Lava Jato.
A exemplo do triplex do Guarujá, as delações não vieram acompanhadas de provas consistentes, tudo ficando no disse-me-disse.
Mesmo assim, Moro acatou e, a exemplo de várias ocorrências da Lava Jato e do Judiciário associado (alguns ministros do Supremo Tribunal Federal como Luís Roberto Barroso, Carmen Lúcia e Alexandre de Moraes), usa-se a "coincidência" de tempo para fins oportunistas.
Assim como se aproveitou períodos de folga do Judiciário para adiar o julgamento do pedido de libertação do ex-presidente, Moro deixou para o período eleitoral a divulgação da sentença contra Lula no caso do sítio.
A "coincidência", desta vez, está no roteiro de depoimentos, que incluem duas testemunhas de defesa: o ex-ministros Dilma Rousseff, também sucessora de Lula, e o cantor e compositor Gilberto Gil, que durante anos exerceu a pasta da Cultura.
Entre outros depoentes, desta vez de acusação, estão os executivos de empreiteiras Emílio e Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, e o dono do sítio, Fernando Bittar.
A propaganda eleitoral começará em 31 de agosto, e a manutenção da prisão de Lula, que o julgamento daquele mês poderá ou não confirmar (mas, pelo comportamento do Judiciário, tende à confirmação), ainda pode incluir avaliação da Lei da Ficha Limpa.
Além disso, a própria influência da mídia e do mercado, com a vitória da Seleção Brasileira de Futebol e, provavelmente, com a conquista do hexa, tende a trabalhar num candidato neoliberal.
Até agora não houve um consenso, mas a ameaça extremo-direitista, pelo menos, também é repudiada pelo mercado, que vê no fascismo um provocador de desordem e caos, potencialmente causador de crises econômicas gravíssimas.
O mercado quer um líder submisso a seus interesses e não um aventureiro que, por mais que combata o esquerdismo, também pode ir longe demais e botar tudo a perder, tornando-se um perigo até para quem defende o fascismo e para quem o vê como um "mal necessário".
Daí que andam ventilando vários nomes de "centro" (ou centro-direita), dos quais se destacam Marina Silva, Geraldo Alckmin, Álvaro Dias, Henrique Meirelles e, de maneira um tanto dissimulada, Ciro Gomes.
E isso quando a hottie Valéria Monteiro também entrou em processo para poder concorrer à Presidência da República.
A situação tende a uma capitalização da mídia e do mercado, que talvez possam tomar uma posição oficial para que candidato neoliberal tendem a lançar como "favorito".
Vai depender de como se vai trabalhar a agenda positiva, na hipótese do hexa ser conquistado pelo futebol brasileiro na Rússia, aproveitando o alto astral da população.
Será uma espécie de "engenharia publicitária", que possa também aproveitar o rótulo de "novo" da perspectiva política que predomina desde 2016.
A má imagem das camisetas da CBF, trazida pelos manifestoches, se arrefeceu e, no último jogo entre as seleções brasileira e mexicana, os brasileiros voltaram a vestir verde e amarelo com orgulho.
Mas talvez a mídia hegemônica e o mercado possam aproveitar isso para darem continuidade ao "espírito de 2016", desta vez num contexto mais positivo e alegre.
Devem aparecer os "coxinhas do bem" para impedir a volta das forças progressistas, mas também para evitar a ascensão dos extremo-direitistas.
A plutocracia quer isso e as esquerdas deveriam se unir e aumentar a carga de pressão, se quiserem voltar ao poder.
Diante das estruturas de poder que envolvem a plutocracia hoje, a volta das esquerdas será muito difícil, o que fará o Brasil obrigado a aguentar os retrocessos políticos dos últimos anos.
A diferença é que o golpe político de 2016 tende a ficar mais açucarado.
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