CIRO GOMES E GERALDO ALCKMIN SE CUMPRIMENTAM EM EVENTO DE SINDICALISTAS - SERÁ QUE VAI PEGAR A "SOLUÇÃO PINDAMONHANGABA" PARA O SEGUNDO TURNO?
A situação anda complexa para o país, nesse desenho que se forma na campanha presidencial de 2018.
As esquerdas não conseguem se manter em consenso, apesar do fato do ex-presidente Lula, mesmo preso, se declare candidato a um novo mandato presidencial e é um dos mais ágeis na elaboração de um projeto de governo.
Lula afirmou, entre outras coisas, que vai revogar todas as leis relacionadas aos retrocessos do governo Michel Temer.
Mesmo assim, Lula pode ser banido da corrida eleitoral, se o Tribunal Superior Eleitoral seguir as pressões da plutocracia.
O TSE usará a Lei da Ficha Limpa para impedir o petista de concorrer, e fala-se na opção de Fernando Haddad como "coringa" da competição, embora ele não pareça um dos mais carismáticos nos círculos esquerdistas.
Já se cogitou a possibilidade de Manuela d'Ávila abrir mão de sua intenção presidencial pelo PC do B e se tornar vice de uma possível chapa com Lula.
Mas nada foi acertado.
Enquanto isso, o fato mais conflituoso no chamado "centro" está nas desavenças entre o PMN (Partido da Mobilização Nacional) e a jornalista e ex-modelo Valéria Monteiro.
Ela quer se candidatar à Presidência da República pelo partido em que está filiada, mas a direção do PMN não quer apostar em candidato próprio, preferindo apoiar um outro de partido de maior visibilidade.
Valéria estava indignada e, diante da barulheira, gritava pelo seu direito durante os momentos de tensão na convenção do partido em Brasília, no último dia 21.
Ela havia movido ação na Justiça para que o PMN permitisse seu registro como candidata. Ela acabou sendo expulsa da convenção.
Fora isso, o que temos, depois da debandada de outsiders como Luciano Huck e Joaquim Barbosa, são as dificuldades de Jair Bolsonaro encontrar seu vice.
Nem mesmo sua quase alma-gêmea em reacionarismo, a jurista Janaína Paschoal, co-autora do pedido de impeachment que tirou Dilma Rousseff do poder, topou o convite do "mito", pelo menos de imediato.
Ela disse que "precisa de mais tempo" para pensar no assunto, embora isso seja uma maneira de dizer, já que não há tanto tempo assim para se fechar candidaturas e chapas de presidente e vice-presidente.
Na convenção do PSL que oficializou a candidatura de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, Janaína chegou a irritar os bolsonaristas ao criticar o pensamento uniformizado dos mesmos.
A mídia hegemônica, que atua como dublê de maestro da opinião pública, parece começar a querer se livrar do "mito" Bolsonaro.
A preocupação do "centrão" em se unir em torno de Geraldo Alckmin já começa a se consolidar.
Mas Alckmin não é carismático, soa "paulista demais" e precisa convencer a sociedade conservadora que ele é a "mudança", sob o ponto de vista dos partidários de 2016.
Ele precisa usar uma narrativa do tipo "queríamos um Brasil novo, em 2016, mas sabemos que isso trouxe dificuldades, e é por isso que conto com seu voto para finalmente construirmos um novo país".
Quanto a Ciro Gomes, o aparente isolamento dele, depois que tentou um apoio de partidos liberais, o fez cortejar as esquerdas.
Mas elas o veem com ceticismo, e ele precisa agir rápido para ter maior chance de chegar ao segundo turno.
A disputa Ciro-Alckmin que, pela cidade natal em comum, eu denomino de "solução Pindamonhangaba", pode ser um problema menor diante das pressões da plutocracia para banir Lula e da falta de um nome forte nas esquerdas propriamente ditas.
A "solução Pindamonhangaba" não é o que sonham as classes populares, evidentemente.
Mas diante do efeito "morsas do Alasca" da candidatura Bolsonaro, seria menos mal ver Ciro Gomes e Geraldo Alckmin disputando o segundo turno.
Já bastou o golpe político de 2016, não se quer mais outro golpe político, mesmo sob o aparato do voto livre. Até porque Bolsonaro será, na verdade, a continuação, ainda mais radical, do governo Michel Temer. Bolsonaro será um Temer com mais ódio.
A situação anda complexa para o país, nesse desenho que se forma na campanha presidencial de 2018.
As esquerdas não conseguem se manter em consenso, apesar do fato do ex-presidente Lula, mesmo preso, se declare candidato a um novo mandato presidencial e é um dos mais ágeis na elaboração de um projeto de governo.
Lula afirmou, entre outras coisas, que vai revogar todas as leis relacionadas aos retrocessos do governo Michel Temer.
Mesmo assim, Lula pode ser banido da corrida eleitoral, se o Tribunal Superior Eleitoral seguir as pressões da plutocracia.
O TSE usará a Lei da Ficha Limpa para impedir o petista de concorrer, e fala-se na opção de Fernando Haddad como "coringa" da competição, embora ele não pareça um dos mais carismáticos nos círculos esquerdistas.
Já se cogitou a possibilidade de Manuela d'Ávila abrir mão de sua intenção presidencial pelo PC do B e se tornar vice de uma possível chapa com Lula.
Mas nada foi acertado.
Enquanto isso, o fato mais conflituoso no chamado "centro" está nas desavenças entre o PMN (Partido da Mobilização Nacional) e a jornalista e ex-modelo Valéria Monteiro.
Ela quer se candidatar à Presidência da República pelo partido em que está filiada, mas a direção do PMN não quer apostar em candidato próprio, preferindo apoiar um outro de partido de maior visibilidade.
Valéria estava indignada e, diante da barulheira, gritava pelo seu direito durante os momentos de tensão na convenção do partido em Brasília, no último dia 21.
Ela havia movido ação na Justiça para que o PMN permitisse seu registro como candidata. Ela acabou sendo expulsa da convenção.
Fora isso, o que temos, depois da debandada de outsiders como Luciano Huck e Joaquim Barbosa, são as dificuldades de Jair Bolsonaro encontrar seu vice.
Nem mesmo sua quase alma-gêmea em reacionarismo, a jurista Janaína Paschoal, co-autora do pedido de impeachment que tirou Dilma Rousseff do poder, topou o convite do "mito", pelo menos de imediato.
Ela disse que "precisa de mais tempo" para pensar no assunto, embora isso seja uma maneira de dizer, já que não há tanto tempo assim para se fechar candidaturas e chapas de presidente e vice-presidente.
Na convenção do PSL que oficializou a candidatura de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, Janaína chegou a irritar os bolsonaristas ao criticar o pensamento uniformizado dos mesmos.
A mídia hegemônica, que atua como dublê de maestro da opinião pública, parece começar a querer se livrar do "mito" Bolsonaro.
A preocupação do "centrão" em se unir em torno de Geraldo Alckmin já começa a se consolidar.
Mas Alckmin não é carismático, soa "paulista demais" e precisa convencer a sociedade conservadora que ele é a "mudança", sob o ponto de vista dos partidários de 2016.
Ele precisa usar uma narrativa do tipo "queríamos um Brasil novo, em 2016, mas sabemos que isso trouxe dificuldades, e é por isso que conto com seu voto para finalmente construirmos um novo país".
Quanto a Ciro Gomes, o aparente isolamento dele, depois que tentou um apoio de partidos liberais, o fez cortejar as esquerdas.
Mas elas o veem com ceticismo, e ele precisa agir rápido para ter maior chance de chegar ao segundo turno.
A disputa Ciro-Alckmin que, pela cidade natal em comum, eu denomino de "solução Pindamonhangaba", pode ser um problema menor diante das pressões da plutocracia para banir Lula e da falta de um nome forte nas esquerdas propriamente ditas.
A "solução Pindamonhangaba" não é o que sonham as classes populares, evidentemente.
Mas diante do efeito "morsas do Alasca" da candidatura Bolsonaro, seria menos mal ver Ciro Gomes e Geraldo Alckmin disputando o segundo turno.
Já bastou o golpe político de 2016, não se quer mais outro golpe político, mesmo sob o aparato do voto livre. Até porque Bolsonaro será, na verdade, a continuação, ainda mais radical, do governo Michel Temer. Bolsonaro será um Temer com mais ódio.
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