Pular para o conteúdo principal

GLOBO DEIXA CAIR A MÁSCARA DA ESPETACULARIZAÇÃO DAS CAUSAS IDENTITÁRIAS


PARADA LGBTQ EM COPACABANA, EM 2012 - ESPETACULARIZAÇÃO DA CAUSA IDENTITÁRIA.

Nas últimas semanas, intelectuais progressistas passaram a se preocupar com a banalização das causas identitárias, antes definidas como o suprassumo do esquerdismo social.

Dois textos, um no Jornal GGN, outro no Cinegnose, mostram essa nova preocupação.

As queixas a respeito de funqueiros promovendo atos LGBTQ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e queer) em apresentações ou clipes revela a nova atitude dos progressistas, "abandonados" pelos antes (supostamente) solidários das causas identitárias.

As causas identitárias não são um problema, em si, e em certo ponto até poderiam se encaixar em pautas esquerdistas.

Define-se como causa identitária aquela que envolve questões étnicas, comportamentais, sexuais etc.

O grande problema é a espetacularização das mesmas, que escapa de qualquer causa progressista.

A nova preocupação a respeito dessa espetacularização é que faz questionar por que funqueiros forçam tanto a barra no homossexualismo ou na negritude.

Ou então como o feminismo abraça como positivas práticas que são negativas às mulheres, como a prostituição e a objetificação, vistas erroneamente como formas de empoderamento.

Causas válidas como a negritude e a liberdade sexual e afetiva (como a causa LGBTQ) se juntam, nesse processo ideológico, a tantas outras que confundem condições e vítimas.

É o caso da favela e da prostituição, na qual se comete o erro de defender a favela e a prostituição, sob o pretexto de defender favelados e prostitutas.

Coloca-se as vítimas como reféns das condições negativas que se representam construções habitacionais irregulares e a comercialização do corpo feminino.

Criava-se um contraste quando ex-prostitutas estrangeiras narram seus dramas, com muitos lances trágicos, e as brasileiras que acham maravilhoso vender o corpo para homens afoitos e não raro violentos.

Tentou-se até criar sindicatos de prostitutas, como se, fixando elas nesse ofício, resolvesse alguma coisa na condição opressiva da mulher na sociedade machista.

O maior problema é que as causas identitárias, ainda que possam ser inseridas no contexto esquerdista, independem dele.

Além disso, estranhezas como Inês Brasil e Nego do Borel aparecendo ao lado do extremo-direitista Jair Bolsonaro são coisas que deixam os esquerdistas com a cabeça confusa.

O paraíso de aparentes provocatividade, empoderamento e autoafirmação do "popular demais" e das causas identitárias começa a ser questionado.

E aí surgem subsídios para entender o caráter oportunista da Furacão 2000 naquele protesto anti-impeachment no 17 de abril de 2016.

Aquilo foi o marco da despolitização e, enquanto as esquerdas, ingenuamente, pareciam felizes naquele "baile funk" em Copacabana, os deputados federais não se sentiram incomodados em votar a abertura do processo que, em etapas, ceifou o governo Dilma Rousseff.

Custou-se a entender por que não deu certo a "triunfante" manifestação em Copacabana.

Nas imagens estrangeiras, como eu vi no Getty Images, se enfatizava a dança e a festa, e o protesto político foi simplesmente minimizado, para não dizer anulado.

Quatro magistrados que fizeram seus discursos foram alvo de um processo de Justiça movido pela presidente do Conselho Nacional de Justiça, a mesma Carmen Lúcia que preside também o Supremo Tribunal Federal.

Acusados de "abuso de liberdade de expressão", os juízes André Nicolitt, Cristiana Cordeiro, Rubens Casara e Simone Nacif, conhecidos como os "Quatro de Copacabana", haviam sido "apagados" pela "alegre manifestação".

Eles denunciavam o golpe político em andamento e os funqueiros fingiram que concordavam.

Cerca de um mês antes deste ato, a Liga do Funk, entidade funqueira de São Paulo, participou de um protesto contra a Rede Globo, na capital paulista.

Mas, poucos meses depois, a mesma entidade já gravava programa para o Fantástico, da mesma Rede Globo que fingiram combater.

O "funk" usou a causa identitária para entrar nos movimentos de esquerda pela porta dos fundos, mas sempre esteve de mãos dadas com as Organizações Globo.

Como um "Cabo Anselmo" dos períodos de Lula e Dilma, o "funk" era bombardeado em tudo quanto era produto (revistas Época, Quem Acontece), canal (Futura, Globo News) e atração (Caldeirão do Huck, Casseta & Planeta) da corporação dos Marinho.

Isso entre 2003 e 2005, quando a atuação foi mais intensa. Daí uma gafe de uma jornalista de Caros Amigos que disse que Mr. Catra "seguia invisível aos olhos das corporações da mídia". Em rede nacional, ele já havia aparecido cumprimentando Luciano Huck!

A espetacularização das causas identitárias apresenta diversos problemas.

O maior deles é a glamourização da pobreza, trazida pelo ufanismo das favelas com aquele discurso que diz "a favela é meu lugar", que contradiz até mesmo o que a imprensa conservadora admitia no passado.

É só ver a grande imprensa nos anos 1950 e 1960 e se verá que mesmo um jornalista conservador admitia que a favela era um problema habitacional grave, fruto da exclusão social consequente pelo descaso das autoridades.

Nada a ver com as Disneylândias suburbanas a que as favelas se reduziram, mesmo em páginas de Carta Capital, Caros Amigos e Revista Fórum.

Durante anos, todo esse coquetel irregular que junta negritude e feminismo com ufanismo das favelas, glamourização da pobreza e apologia da prostituição era pauta dominante nas esquerdas, sob o rótulo de "combate ao preconceito".

Só que, em muitas vezes, esse "combate ao preconceito" fazia agravar os preconceitos, de tal forma que, da maneira que eram trabalhados os ditos movimentos sociais envolvidos em causas identitárias, havia mais rejeição e intolerância do que antes.

Além disso, mesmo os pobres envolvidos nos fenômenos "populares demais" (brega-popularesco) se mostravam, num momento ou em outro, bastante conservadores.

Num primeiro instante, as causas identitárias, na sua forma espetacularizada, tentam se sobrepôr até mesmo a causas prioritárias das esquerdas, como a reforma agrária e a garantia dos direitos trabalhistas.

Cria-se uma falsa solidariedade e um falso vínculo. O "filho da Folha" Pedro Alexandre Sanches forçou a barra ao associar o "funk" ao Movimento dos Sem-Terra.

Essa ação, feita por um dos astros da intelectualidade "bacana", mostra o quanto armadilhas são jogadas dentro dos meios esquerdistas.

Com essa associação, empurra-se, aos poucos, para fora da pauta esquerdista as verdadeiras causas de esquerda, relacionadas à qualidade de vida e a superação dos prejuízos causados pela luta de classes.

As causas prioritárias (como os direitos trabalhistas) aos poucos saem de cena, virando coadjuvantes e, depois, figurantes do discurso progressista que sucumbe ao hedonismo e à manutenção das desigualdades sociais.

A ideia é isolar as chamadas "minorias" num contexto unificado, como favelados, prostitutas, maconheiros, LGBTQs, mulheres-objetos, entre outros, dentro da espetacularização das causas identitárias.

Embora se faça um discurso "positivo", de aparente autoafirmação e empoderamento, ele dá margens à réplica negativa de duas formas.

Primeiro, porque causas assim também se encontram nos cenários de centro-direita.

"Identitários" como Fernando Gabeira, José Júnior (Afroreggae), ou mesmo a veterana atriz Susana Vieira aparecem na mídia hegemônica.

Segundo, porque esse espetáculo, que reduz as causas sociais a mercadorias e ao consumo comportamental, pode estimular a réplica fascista, já que a espetacularização, em muitos momentos, sucumbe à idiotização do povo pobre, das mulheres, dos negros e da comunidade LGBTQ.

Nas redes sociais, o "funk" e o "sertanejo", entre outros fenômenos supostamente "identitários", são apreciados majoritariamente por jovens reacionários.

A ultrarreaça Day McCarthy, famosa por comentários depreciativos e racistas, havia dançado "Tapinha Não Dói", um sucesso do "funk carioca".

O dono da Furacão 2000, Rômulo Costa, é amigo de Luciano Huck e tem relações com políticos dos partidos que comandaram o golpe de 2016, o atual MDB e o PSD.

Mas a ilusão do falso empoderamento já vem desde o É O Tchan (agora promovido, pela mídia venal, a suposta "relíquia cult"), falsamente feminista pela presença de mulheres provocantes, e expressando uma falsa negritude com seu arremedo de samba de gafieira (mas tido como "samba-de-roda").

E o apoio da Rede Globo a tudo isso, a essa espetacularização toda, revela o vazio que as esquerdas deixaram aumentar e crescer, acreditando que os glúteos das funqueiras iriam trazer a reforma agrária.

Agora, os intelectuais realmente de esquerda (não confundi-los com os intelectuais vindos da mídia venal para defender um Brasil mais brega) tentam recuperar o tempo perdido com a supervalorização da espetacularização das causas identitárias.

Foi esse problema que fez as esquerdas ficarem perguntando a si mesmas sobre o que houve de errado na "vitoriosa" manifestação de Copacabana, naquele 17 de abril.

O falso triunfo sob a suposta solidariedade de um ritmo sonoro blindado pela Rede Globo, o "funk", é agora destrinchado pelo conflito entre os movimentos sociais e a espetacularização das causas identitária (incluindo formas contraditórias como a glamourização da pobreza).

Agora é preciso uma análise mais cuidadosa e intensa sobre o assunto, antes que se deixe a extrema-direita conquistar o Executivo federal e for lançado um holocausto à brasileira que tornará explícitos os extermínios de "minorias" que já acontece no submundo dos subúrbios e roças de todo o país.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESQUISISMO E RELATORISMO

As mais recentes queixas a respeito do governo Lula ficam por conta do “pesquisismo”, a mania de fazer avaliações precipitadas do atual mandato do presidente brasileiro, toda quinzena, por vários institutos amigos do petista. O pesquisismo são avaliações constantes, frequentes e que servem mais de propaganda do governo do que de diagnóstico. Pesquisas de avaliação a todo momento, em muitos casos antecipando prematuramente a reeleição de Lula, com projeções de concorrentes aqui e ali, indo de Michelle Bolsonaro a Ciro Gomes. Somente de um mês para cá, as supostas pesquisas de opinião apontavam queda de popularidade de Lula, e isso se deu porque os próprios institutos foram criticados por serem “chapa branca” e deles se foi cobrada alguma objetividade na abordagem, mesmo diante de métodos e processos de pesquisa bastante duvidosos. Mas temos também outro vício do governo Lula, que ninguém fala: o “relatorismo”. Chama-se de relatorismo essa mania de divulgar relatórios fantásticos sobre s...

BRASIL PASSOU POR SEIS DÉCADAS DE RETROCESSOS SOCIOCULTURAIS

ANTES RECONHECIDA COMO SÉRIO PROBLEMA HABITACIONAL, A FAVELA (NA FOTO, A ROCINHA NO RIO DE JANEIRO) TORNOU-SE OBJETO DA GLAMOURIZAÇÃO DA POBREZA FEITA PELAS ELITES INTELECTUAIS BRASILEIRAS. A ideia, desagradável para muitos, de que o Brasil não tem condições para se tornar um país desenvolvido está na deterioração sociocultural que atingiu o Brasil a partir de 1964. O próprio fato de muitos brasileiros se sentirem mal acostumados com essa deterioração de valores não significa que possamos entrar no clube de países prósperos diante dessa resignação compartilhada por milhares de pessoas. Não existe essa tese de o Brasil primeiro chegar ao Primeiro Mundo e depois “arrumar a casa”, como também se tornou inútil gourmetizar a decadência cultural sob a desculpa de “combater o preconceito”. Botar a sujeira debaixo do tapete não limpa o ambiente. Nosso país discrimina o senso crítico, abrindo caminho para os “novos normais” que acumulamos, precarizando nosso cotidiano na medida em que nos resig...

“ROCK PADRÃO 89 FM” PERMITE CULTUAR BANDAS FICTÍCIAS COMO O VELVET SUNDOWN

Antes de irmos a este texto, um aviso. Esqueçamos os Archies e os Monkees, bandas de proveta que, no fundo, eram muito boas. Principalmente os Monkees, dos quais resta vivo o baterista e cantor Micky Dolenz, também dublador de desenhos animados da Hanna-Barbera (também função original de Mark Hamill, antes da saga Guerra nas Estrelas).  Essa parcela do suposto “rock de mentira” até que é admirável, despretensiosa e suas músicas são muito legais e bem feitas. E esqueçamos também o eclético grupo Gorillaz, influenciado por hip hop, dub e funk autêntico, porque na prática é um projeto solo de Damon Albarn, do Blur, com vários convidados. Aqui falaremos de bandas farsantes mesmo, sejam bandas de empresários da Faria Lima, como havíamos descrito antes, seja o recente fenômeno do Velvet Sundown, grupo de hard rock gerado totalmente pela Inteligência Artificial.  O Velvet Sundown é um quarteto imaginário que foi gerado pela combinação de algoritmos que produziram todos os elementos d...

“GALERA”: OUTRA GÍRIA BEM AO GOSTO DA FARIA LIMA

Além da gíria “balada” - uma gíria que é uma droga, tanto no sentido literal como no sentido figurado - , outra gíria estúpida com pretensões de ser “acima dos tempos e das tribos” é “galera”, uma expressão que chega a complicar até a nossa língua coloquial. A origem da palavra “galera” está no pavimento principal de um navio. Em seguida, tornou-se um termo ligado à tripulação de um navio, geralmente gente que, entre outras atividades, faz a faxina no convés. Em seguida, o termo passou a ser adotado pelo jornalismo esportivo porque o formato dos estádios se assemelhava ao de navios. A expressão passou a ser usada, também no jornalismo esportivo, para definir o conjunto de torcedores de futebol, sendo praticamente sinônimo de “torcida”. Depois o termo passou a ser usado pelo vocabulário bicho-grilo brasileiro, numa época em que havia, também, as sessões de cinema mostrando notícias do futebol pelo Canal 100 e também a espetacularização dos campeonatos regionais de futebol que preparavam...

LULA DEVERIA SE APOSENTAR E DESISTIR DA REELEIÇÃO

Com o anúncio recente do ator estadunidense Michael Douglas de que iria se aposentar, com quase 81 anos de idade, eu fico imaginando se não seria a hora do presidente Lula também parar. O marido de Catherine Zeta-Jones ainda está na sua boa saúde física e mental, melhor do que Lula, mas o astro do filme Dia de Fúria (Falling Down) , de 1993, decidiu que só vai voltar a atuar se o roteiro do filme valer realmente a pena  Lula, que apresenta sérios problemas de saúde, com suspeitas de estar enfrentando um câncer, enlouqueceu de vez. Sério. Persegue a consagração pessoal e pensa que o mundo é uma pequena esfera a seus pés. Seu governo parece brincadeira de criança e Lula dá sinais de senilidade quando, ao opinar, comete gafes grotescas. No fim da vida, o empresário e animador Sílvio Santos também cometeu gafes similares. Lula ao menos deveria saber a hora de parar. O atual mandato de Lula foi uma decepção sem fim. Lula apenas vive à sombra dos mandatos anteriores e transforma o seu at...

A FALSA RECUPERAÇÃO DA POPULARIDADE DE LULA

LULA EMPOLGA A BURGUESIA FANTASIADA DE POVO QUE DITA AS NARRATIVAS NAS REDES SOCIAIS. O título faz ficar revoltado o negacionista factual, voando em nuvens de sonhos do lulismo nas redes sociais. Mas a verdade é que a aparente recuperação da popularidade de Lula foi somente uma jogada de marketing , sem reflexão na realidade concreta do povo brasileiro. A suposta pesquisa Atlas-Bloomberg apontou um crescimento para 49,7%, considerado a "melhor" aprovação do presidente desde outubro de 2024. Vamos questionar as coisas, saindo da euforia do pesquisismo. Em primeiro lugar, devemos pensar nas supostas pesquisas de opinião, levantamentos que parecem objetivos e técnicos e que juram trazer um recorte preciso da sociedade, com pequenas margens de erros. Alguém de fato foi entrevistado por alguma dessas pesquisas? Em segundo lugar, a motivação soa superficial, mais voltada ao espetáculo do que ao realismo. A recuperação da popularidade soa uma farsa por apenas envolver a bolha lulist...

ATÉ PARECE BRIGUINHA DE ESCOLA

A guerra do tarifaço, o conflito fiscal movido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, leva ao paroxismo a polarização política que aflige principalmente o Brasil e que acaba envolvendo algumas autoridades estrangeiras, diante desse cenário marcado por profundo sensacionalismo ideológico. Com o "ativismo de resultados" pop das esquerdas woke  sequestrando a agenda esquerdista, refém do vício procrastinador das esquerdas médias, que deixam as verdadeiras rupturas para depois - vide a má vontade em protestar contra Michel Temer e Jair Bolsonaro, acreditando que as instituições, em si, iriam tirá-los de cena - , e agora esperam a escala 6x1 desgastar as mentes e os corpos das classes trabalhadoras para depois encerrar com essa triste rotina de trabalho. A procrastinação atinge tanto as esquerdas médias que contagiaram o Lula, ele mesmo pouco agindo no terceiro mandato, a não ser na produção de meros fatos políticos, tão tendenciosos que parecem mais factoides. Lula transforma seu...

NEM SEMPRE OS BACANINHAS TÊM RAZÃO

Nesta suposta recuperação da popularidade de Lula, alimentada pelo pesquisismo e sustentada pelos “pobres de novela” - a parcela “limpinha” de pessoas oriundas de subúrbios, roças e sertões - , o faz-de-conta é o que impera, com o lulismo se demonstrando um absolutismo marcado pela “democracia de um homem só”. Se impondo como candidato único, Lula quer exercer monopólio no jogo político, se recusando a aceitar que a democracia não está dentro dele, mas acima dele. Em um discurso recente, Lula demoniza os concorrentes, dizendo para a população “se preparar” porque “tem um monte de candidato na praça”. Tão “democrático”, o presidente Lula demoniza a concorrência, humilhando e depreciando os rivais. Os lulistas fazem o jogo sujo do valentonismo ( bullying ), agredindo e esnobando os outros, sem respeitar a diversidade democrática. Lula e seus seguidores deixam bem claro que o petista se acha dono da democracia. Não podemos ser reféns do lulismo. Lula decepcionou muito, mas não podemos ape...

RADIALISMO ROCK: FOMOS ENGANADOS DURANTE 35 ANOS!!

LOCUTORES MAURICINHOS, SEM VIVÊNCIA COM ROCK, DOMINAVAM A PROGRAMAÇÃO DAS DITAS "RÁDIOS ROCK" A PARTIR DOS ANOS 1990. Como o público jovem foi enganado durante três décadas e meia. A onda das “rádios rock” lançada no fim dos anos 1980 e fortalecida nos anos 1990 e 2000, não passou de um grande blefe, de uma grande conversa para búfalos e cavalos doidos dormirem. O que se vendeu durante muito tempo como “rádios rock” não passavam de rádios pop comuns e convencionais, que apenas selecionavam o que havia de rock nas paradas de sucesso e jogavam na programação diária. O estilo de locução, a linguagem e a mentalidade eram iguaizinhos a qualquer rádio que tocasse o mais tolo pop adolescente e o mais gosmento pop dançante. Só mudava o som que era tocado. Não adiantava boa parte dos locutores pop que atuavam nas “rádios rock” ficarem presos aos textos, como era inútil eles terem uma boa pronúncia de inglês. O ranço pop era notório e eles continuavam anunciando bandas como Pearl Jam e...

A CORTINA DE FUMAÇA DA "SOBERANIA" DO GOVERNO LULA

LULISTAS ALEGAM QUE O PRESIDENTE LULA "RECUPEROU" A POPULARIDADE, MAS OS FATOS DIZEM QUE NÃO. O triunfalismo cego dos lulistas teve mais um impulso diante dos tarifaços do presidente dos EUA, Donald Trump, que pelo jeito transferiu a sua esfera de reality show  para a polarização política. Lula, supostamente vitorioso no episódio, havia se reunido ontem com o empresariado para responder à medida lançada pelo empresário-presidente na pátria de Titio Samuca. Essa suposta vitória se deu pela campanha que os lulistas - que, na prática, são a maior e principal corrente dos movimentos identitários brasileiros - estão lançando, a partir do próprio Governo Federal, defendendo a "soberania" brasileira, em tese insubmissa aos EUA. Lula também anunciou a criação de dois comitês para reagir ao tarifaço do presidente estadunidense. Dizemos em tese, porque nosso culturalismo brasileiro - que vai além das pautas politicistas do "jornalismo da OTAN" - se vale por uma músi...