DEMI LOVATO DEITADA NA CAMA E DOIS DANÇARINOS EM AÇÃO - CADÊ A MÚSICA?
O que deu nos chamados "concertos musicais" dos últimos anos?
O chamado pop juvenil atual, que seus fãs defendem com unhas e dentes e ninguém pode criticar sequer um espirro de seu ídolo, anda muito, muito esquisito.
As apresentações ao vivo são um espetáculo mais de encenação musical, coreografia, lembrando um teatro de revista sem esquetes cômicas.
A música é artificial. Os discos atiram para todos os lados, entre um pop rock guitarrístico mas convencional e um pop latino com naipe de metais.
Junto a isso, muito pop dançante eletrônico e muito hip hop.
O que mais indigna é que há um monte de dançarinos nessas apresentações.
Mas o pior está no J-Pop e no K-Pop, cenários de pop duvidoso do Japão e da Coreia do Sul, respectivamente.
Lá há grupos com centenas de dançarinos, sem um único instrumentista, apesar do cacoete existente no Brasil em chamar grupos vocais de "bandas", apostando no falso cognato do sentido de band de boyband ou girlband.
Nestes casos, band não quer dizer "banda" (conjunto de músicos) mas "bando" (agrupamento de pessoas).
Só que não se pode criticar esses grupos nas redes sociais porque fã de pop comercial, dos anos 1990 para cá, tornou-se mais agressivo e temperamental do que fãs de punk hardcore.
O pop comercial contemporâneo chega a ser extremamente confuso, mas, ainda assim, impositor.
Para piorar, alguns desses nomes pop até começaram bem.
Rihanna começou no dance hall, Taylor Swift num country folk suave, Selena Gomez e Demi Lovato num quase rock (dizer "pop rock" é clichê demais) esforçado e Shakira fazia também um quase rock no idioma natal, o espanhol falado na Colômbia.
Depois, todas foram fazer um pop dançante mais padronizado, presas aos paradigmas ditados pelas populares Jennifer Lopez, Britney Spears e Beyoncé Knowles.
Não são músicas para ouvir e elas nem diferem muito umas às outras. Pouca coisa salva.
Mas o problema maior é que se investe fortunas para apresentações ao vivo com muitos cenários, muitos dançarinos e muita encenação.
Como havia dito, lembra mais teatro de revista e esquetes humorísticas. E olha que um Justin Timberlake e uma Britney Spears poderiam muito bem fazer esquetes humorísticas divertidas.
Em todo caso, a pompa dessas apresentações lembra o que o Brasil já teve nos anos 1950-1960: "Tem Bububu no Bobobó", "Eu Te Futuco, Num Futuca", "Teu Negócio é Mulher" e o carnavalesco "Skindô".
Mas falar isso para os mileniais que curtem o pop comercial de hoje em dia é complicado. Imagine uma associação a espetáculos do tempo da vovó...
O que se pode afirmar, no entanto, é que o pop comercial deixa muito a desejar como música e precisa de toda essa embalagem visual para esconder a mediocridade sonora de suas canções.
O que deu nos chamados "concertos musicais" dos últimos anos?
O chamado pop juvenil atual, que seus fãs defendem com unhas e dentes e ninguém pode criticar sequer um espirro de seu ídolo, anda muito, muito esquisito.
As apresentações ao vivo são um espetáculo mais de encenação musical, coreografia, lembrando um teatro de revista sem esquetes cômicas.
A música é artificial. Os discos atiram para todos os lados, entre um pop rock guitarrístico mas convencional e um pop latino com naipe de metais.
Junto a isso, muito pop dançante eletrônico e muito hip hop.
O que mais indigna é que há um monte de dançarinos nessas apresentações.
Mas o pior está no J-Pop e no K-Pop, cenários de pop duvidoso do Japão e da Coreia do Sul, respectivamente.
Lá há grupos com centenas de dançarinos, sem um único instrumentista, apesar do cacoete existente no Brasil em chamar grupos vocais de "bandas", apostando no falso cognato do sentido de band de boyband ou girlband.
Nestes casos, band não quer dizer "banda" (conjunto de músicos) mas "bando" (agrupamento de pessoas).
Só que não se pode criticar esses grupos nas redes sociais porque fã de pop comercial, dos anos 1990 para cá, tornou-se mais agressivo e temperamental do que fãs de punk hardcore.
O pop comercial contemporâneo chega a ser extremamente confuso, mas, ainda assim, impositor.
Para piorar, alguns desses nomes pop até começaram bem.
Rihanna começou no dance hall, Taylor Swift num country folk suave, Selena Gomez e Demi Lovato num quase rock (dizer "pop rock" é clichê demais) esforçado e Shakira fazia também um quase rock no idioma natal, o espanhol falado na Colômbia.
Depois, todas foram fazer um pop dançante mais padronizado, presas aos paradigmas ditados pelas populares Jennifer Lopez, Britney Spears e Beyoncé Knowles.
Não são músicas para ouvir e elas nem diferem muito umas às outras. Pouca coisa salva.
Mas o problema maior é que se investe fortunas para apresentações ao vivo com muitos cenários, muitos dançarinos e muita encenação.
Como havia dito, lembra mais teatro de revista e esquetes humorísticas. E olha que um Justin Timberlake e uma Britney Spears poderiam muito bem fazer esquetes humorísticas divertidas.
Em todo caso, a pompa dessas apresentações lembra o que o Brasil já teve nos anos 1950-1960: "Tem Bububu no Bobobó", "Eu Te Futuco, Num Futuca", "Teu Negócio é Mulher" e o carnavalesco "Skindô".
Mas falar isso para os mileniais que curtem o pop comercial de hoje em dia é complicado. Imagine uma associação a espetáculos do tempo da vovó...
O que se pode afirmar, no entanto, é que o pop comercial deixa muito a desejar como música e precisa de toda essa embalagem visual para esconder a mediocridade sonora de suas canções.
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