POPULAÇÃO DE RUA MOSTRA O LADO OBSCURO DO BRASIL QUE NÃO APARECE NA FESTA IDENTITÁRIA DO LULISMO.
A derrota das esquerdas nas recentes eleições para prefeitos em todo o Brasil está sendo abastada pelas esquerdas médias, que agora tentam investir nos mesmos apelos de sempre, os "relatórios" que mostram supostos "recordes históricos" do governo Lula e, também, supostas pesquisas de opinião alegando 60% de aprovação do atual presidente da República.
Por sorte, a burguesia de chinelos que apoia Lula tenta convencer, através de sua canastrice ideológica expressa nas redes sociais, de que, só porque tem dinheiro e conseguem lacrar na Internet, está sempre com a razão, e tudo que não corresponder à sua atrofiada visão de mundo não tem sentido. A realidade não importa, os fatos não têm valor, e a visão realista do cotidiano nas ruas vale muito menos do que as narrativas distorcidas compartilhadas nas redes sociais.
Por isso, não faz sentido Lula ter 60% de aprovação conforme divulgou a suposta pesquisa do instituto Quaest, porque o recado das urnas diz o contrário. Lula se vendendo para a burguesia, como um pelego convencido, fez as classes populares se afastarem do petista e não há narrativas nem textões que possam desmentir isso. Afinal, se as narrativas fantasiosas são dominantes nas redes sociais, elas valem somente para as redes sociais e não pelos excluídos da vida real sem condições de usar a Internet.
Hoje temos uma realidade muito mais complexa. O mito do "pobre de direita" tem que ser analisado com muita objetividade, pois não se trata de um pobre remediado que passou a gostar de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro e Pablo Marçal, mas do pobre real que se sente traído com Lula que, abraçado ao empresariado em nome da "democracia", dá aumentos salariais pífios enquanto investe fortunas para deputados votarem a favor do governo.
Portanto, temos um cenário muito complicado que é efeito dos ventos golpistas de 2016. A volta de Lula não conseguiu apreciar essa realidade e o presidente demonstra uma performance política das mais medíocres, que só é exaltada pelo "povo" cheio da grana que tem tempo de sobra para ver as redes sociais e que trocaram a leitura de notícias pelos reels engraçados ou piegas do Instagram e do Tik Tok.
Fora da bolha lulista, vemos miseráveis catando latas de bebidas e caixas de papelão para obter uma renda pífia que possa, ao menos, comprar alguma comida barata. Vemos gente vivendo nas ruas em profundo descrédito com a vida. Vemos camponeses e proletários falando para as paredes, homens solteiros e caseiros sendo ridicularizados e intelectuais sérios sendo esnobados por duvidar da "maravilhosa festa da democracia" lulista.
Só que esse pessoal que, geralmente, está invisível nas redes sociais, deu o recado nas urnas. E aí vemos o quanto o bacanal lulista só tem sentido quando controla as narrativas nas redes sociais, mas fora dela o buraco é mais embaixo e a revolta popular contra o presidente traidor é muito grande e ultrapassa os clichês do fascismo-pastelão do bolso-lajajato-marçalismo.
O Brasil real está mais para Vidas Secas e Eles Não Usam Black Tie do que para Ó Paí Ó e Vai Que Cola. E não adianta um lulista cheio da grana, de boa aparência e bem de vida, escrever textão para impor seus pontos de vista, porque a realidade está muito acima e alheia ao mundo ilustrado da burguesia de chinelos. Que essa classe fale consigo mesma e que, pelo menos, não se atreva a querer ser mais povo do que o povo brasileiro da vida real.
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