PARA OS CONSUMISTAS, O TURISMO NÃO É UM MEIO DE CONHECER UM NOVO LUGAR, MAS DE INTRODUZI-LOS NAS PAISAGENS DOS LUGARES DA MODA PARA IMPRESSIONAR AMIGOS.
Os "animais consumistas" são uma espécie voraz de pessoas bem de vida que não possuem desejos nem vontades próprias, se sentindo apenas como "objetos" que só fazem sentido quando possuem muito dinheiro e bens que simbolizam alguma prosperidade social.
Para essa espécie, o que importa é "ter" e não "ser". Dinheiro e bens são "seres", os animais consumistas é que são "coisas". Eles só "são" quando "têm", e vemos que, mesmo nas loterias populares, os ex-pobres são contaminados de um sentimento de avareza que os faz investir todo fim de semana em "festas de aniversário" com "pagode romântico", "funk" e trap. Como se sempre houvessem 52 ou 104 familiares para fazer aniversário todo fim de semana nas chamadas "periferias".
Mas a obsessão pela opulência, que transforma as mãos humanas em "mãos de vaca", se recusando a ajudar o próximo enquanto reserva a grana para coisas "importantes" como carrões, cerveja e cigarros ou as desnecessárias viagens para Bariloche, Barcelona, Cancun, Paris e Orlando, feitas mais para inserir as famílias prósperas em paisagens consagradas pelo grande público, continua contagiando a classe média abastada, a burguesia de chinelos que se acha "pobre" porque fala português errado.
A pandemia do egoísmo humano tornou-se um fenômeno que se deu ainda no ocaso do bolsonarismo e no declínio de outra pandemia, a da Covid-19. As pessoas ficaram loucas, resolveram investir em festa, hedonismo, fantasia. Resolveram consumir o que seus instintos exigem, pouco importando se suas consciências se tornam escravizadas por essa obsessão do prazer tóxico. Pouco importa se a prioridade são os supérfluos e não a qualidade de vida.
E aí, infelizmente, os ventos políticos da chamada "democracia" - a "democracia de um homem só" comandada por Lula - priorizaram o atendimento aos interesses dessa "frente ampla" social que inclui ex-pobres que viraram novos ricos, a pequena burguesia, a rica burguesia "legal" - dos CEOs que viram dublês de intelectuais investindo no entretenimento dos jovens ou atuando como coaches - e os famosos que, com grana em excesso no bolso, ainda não alcançaram o poder decisório de banqueiros e juristas.
Esse é o "povo brasileiro" das narrativas que prevalecem nas redes sociais. Um "povo único", herdeiro das gerações que derrubaram João Goulart em 1964 e foram premiadas pelas benesses do "milagre brasileiro", e que agora se converteu na "sociedade legal e democrática", defendendo uma "democracia" só para eles, como foi a "democracia" privativa de seus avós entre 1964 e 1985.
São essas pessoas que atuam como animais consumistas, sempre obsessivas em entrar nas festas da moda, ter dinheiro para comparecer sempre aos eventos de entretenimento, pouco importando se é um desfigurado Lollapalooza Brasil ou ao concerto de Paul McCartney, neste caso menos para ouvir as músicas do mestre beatle do que para "marcar presença" num evento bastante comentado.
E aí vemos o quanto esse pessoal se converteu no "Clube de Assinantes VIP" do lulismo, embora essa classe se divida entre esquerdistas absorvidos pela burguesia ou pseudo-esquerdistas oriundos da direita moderada social. Infelizmente, essas pessoas privatizaram o bom senso, só as visões delas é que são "verdadeiras", a realidade é que se dane, o Brasil sem condições de aparecer no Instagram, no Facebook, no WhatsApp e no Tik Tok simplesmente "não existe".
E aí vemos que mentiras agradáveis se tornam "verdades indiscutíveis" quando sã compartilhadas por centenas de pessoas. Pouco importa. Os animais consumistas não são humanos, são desumanos, e por isso a realidade lhes tem importância secundária, quando essas pessoas estão mais preocupadas com o consumismo e o atendimento de seus instintos hedonistas.
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