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UM SEGUNDO OITO DE JANEIRO?

A EXPLOSÃO EM BRASÍLIA E O BOLSONARISTA FRANCISCO WANDERLEY LUIZ, CANDIDATO DERROTADO A VEREADOR EM 2020, QUE MORREU NO ATENTADO.

Os bolsonaristas não se sentem intimidados com o cenário político atual. São atrapalhados, embora também estrategistas que não devem ser subestimados. Até fracassam em vários atos, como na bravataria de Oito de Janeiro, mas seus atos e sua raiva exigem cautela.

Mais um ato bolsonarista ocorreu ontem, às 19h30, em Brasília. O ato até agora não tem uma explicação decisiva, pois foi um ato isolado. Um carro explodiu em frente aos prédios do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, e no seu porta-malas foram encontrados tijolos e fogos de artifício. O automóvel tinha placa de Rio do Sul, no interior de Santa Catarina.

Antes da explosão, viu-se um homem tentando entrar no prédio do STF com explosivos no corpo, jogou um outro explosivo para a área da marquise do edifício e, depois, se exibiu a um vigilante. O homem deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo na nuca, morrendo em seguida.

O homem foi depois identificado como Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato derrotado a vereador pelo PL de Santa Catarina, e tudo indica que o ato teria sido isolado. A polícia, logo após a explosão, iniciou uma perícia para ver se havia outros explosivos no local.

As atividades das duas casas do Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, foram suspensas. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), autora da PEC pelo fim da escala trabalhista 6x1, estava no plenário. Os prédios próximos ao local do atentado tiveram que ser evacuados. 

O presidente Lula havia deixado bem antes o Palácio do Planalto, mas depois foi se reunir com ministros do STF, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, e com o chefe da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Eles estavam reunidos pouco antes da explosão, mas decidiram discutir o processo de investigação do caso.

A polarização entre lulistas e bolsonaristas está causando tensão no Brasil, embora o legado político do golpe de 2016 seja subestimado e restrito ao bolsonarismo. Mas até agora não se sabe o motivo do atentado, que apenas pode ser provavelmente um ato isolado de um fascista ressentido.

Sabe-se que Francisco Wanderley postava mensagens de ódio na Internet, e numa delas ele pedia aos militares se mobilizarem para aquilo que os bolsonaristas reconhecem como "intervenção militar". E a certeza é de que o ato mostra que os bolsonaristas se sentiram entusiasmados com a vitória de Donald Trump nos EUA e buscam reagir para que o "Efeito Trump" se reflita no Brasil.

Mais uma vez, nosso país se encontra muito frágil. E Lula querendo reconstruir o país com festa.

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